Um compromisso solene
Vicente Martins.
No último dia 21 de novembro, fui o único docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA) a defender, na assembléia dos professores, a inoportunidade da deflagração da grave dos docentes naquele momento. Minha proposta foi rejeitada pela maioria dos docentes. Estamos, agora, todos, em fraterna e solidária greve: Uece, Urca e e UVA. Respeito a vontade soberana dos docentes e, por isso, estou, também, em greve. Minha posição de apresentar uma proposta de estado de greve foi em decorrência de um fato novo: a publicação da Nota do Governo, em jornais de grande circulação (O POVO), 16/11/2007), em que se compromete com o envio do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos, reivindicação dos docentes, à Assembléia Legislativa Alguns articulistas, só viram o lado de embuste da nota.Todavia, vi boa-fé na nota de Governo. Pela primeira vez, nos últimos meses, o Governo se posiciona oficial e publicamente sobre as reivindicações dos docentes, em tom de compromisso. Isso é válido como ponto de partida para cobrança, inclusive judicial, dos compromissos assumidos, publicamente, pelo Executivo. A nota governamental não nos intimida. O Governo usa o verbo conclamar e não convocar, que daria, no meu entender, data venia, muito mais um caráter coercitivo para o retorno dos mestres às atividades acadêmicas. Conclamar é convocar de forma oficial, dialógica e serena, todos os docentes, para o trabalho. Sem retomada às atividades acadêmicas, o embate, entre governo e docentes, persistirá por alguns meses, porque, como sabemos, o processo legislativo, até a aprovação de uma lei, é exaustivamente discutido nas reuniões e chamadas audiências públicas das comissões técnicas. Grifei na nota governamental a palavra compromisso. Por compromisso, entendo, juridicamente, a obrigação solene assumida pelo governo de abrir negociação com os docentes da UVA, Urca e Uece. Vi também na palavra compromisso, por várias vezes repetidas na curta nota governamental, uma obrigação de cunho social do governo perante a sociedade cearense. Por pensar assim, isso me faz cidadão, governista ou inocente útil?
COMPROMISSO SOLENE RIMA COM RASTEIRA SOLENE NA JUSTIÇA DO TRABALHO.
Alberto Dias Gadanha
Professor, o sr é ou não é? Foi ou não foi? Ou vai ou não vai? Compromisso Solene rimou, neste início de governo, com solene rasteira política na justiça trabalhista. Acorde professor, esses escribas de notas oficiais são igualmente preparados para engabelar autoridades da justiça. Por isso seja mais cauteloso em se fiar nessa sua cobrança judicial. Saiba colega e companheiro, que já recomendei aqui em comentários anteriores que os empresários da Indústria e do Comércio do Ceará, com dívidas trabalhistas podem contratar os especialistas jurídicos da procuradoria do Estado e a da Secretária de Administração, como consultores altamente qualificados em dar o Calote em seus trabalhadores. Ora veja professor, sua capacidade caloteira é exemplar porque estão conseguindo deixar de pagar o nosso Piso Salarial do ano de 2007, porque se não houver a implementação imediata do Piso, o Calote será um sucesso, só faltam uns dez dias para consumar o plano do Governador. Qual empresário consegue tal proeza, de deixar de pagar durante um ano um salário ordenado por decisão do Supremo Tribunal Federal? Recomendo que quem quiser burlar a justiça trabalhista aqui no Estado, sabe onde contratar profissionais de gabarito. Cuidado professor, nós professores já temos 20 anos de depredação de nossas vidas. Conclamação oficial, dialógica e serena, pode-lhe custar mais 20 anos de depressão econômica, social e psicológica. É com professores públicos deprimidos profundamente que os incentivadores das empresas privadas vendedoras de diplomas contam para espalhar por todo o Estado a Ideologia, destino do Ceará, de que o bem público só interessa como meio para obter sucesso na riqueza privada, preste atenção, privada!
APREÇO PELA EDUCAÇÃO DE CID, SEGUNDO sr. TEODORO. FICOU AÍ EM SOBRAL.
Ana Maria Cordeiro Teixeira
Caro professor, por suas colocações, penso que é preciso um pouco mais de reflexão da sua parte para que você possa saber quem você é e saber posicionar-se diante de si e da sociedade. Se decidir pelo cidadão creio que não vai poder aceitar que você ou seus familiares possam ser servidos por professores acharcados e tratados como aqueles operários que por motivos alheios não puderam especializar-se e são denominados de peões. Se decidir aceitar a postura de governista, meus pêsames, porque um professor que aceita ser tratado como um medíocre e aceita um governo caloteiro e irresponsável, o que pode-se dizer, que você seja tão igual ou pior que o governo, desculpe a franqueza. Se decidir por inocente útil pior ainda, por que nem aqueles que não puderam ter acesso a educação não tem mais em si esse tipo de inocência. Ora professor, que esperar de um governo que não respeita sua própria constituição e nem a corte suprema do país? Que crédito pode ter a palavra de alguém com esse comportamento? Talvez o sr. se encontre em crise de identidade por pensar e concordar com o nobre deputado Teodoro que no seu artigo neste jornal no dia 01-12-07, diz o seguinte:É UMA VERDADEIRA LIÇÃO DE CIDADANIA DO GOVERNO DO ESTADO. SOU TESTEMUNHO DO APREÇO QUE O GOVERNADOR CID GOMES TEM PELA EDUCAÇÃO. NÃO SÓ PELO QUE FEZ NA REDE DE ENSINO PÚBLICO DE SOBRAL, ASSIM COMO NAS PARCERIAS COM A UNIVERSIDADE DO VALE DO ACARAU ? UVA...
Ana Maria Cordeiro Teixeira
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