JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

sábado, 5 de janeiro de 2008

AGORA É GUERRA TOTAL ATÉ A VITÓRIA!!!


EDIÇÃO DE HOJE, sábado, dia 05 de janeiro de 2007

Caríssimos(as) amigos (as)

Durante todo esse período de final de ano, mesmo diante do recesso do judiciário, continuamos ativos. Não foi só o blog que funcionou. As atividades programadas ou até não programadas foram desenvolvidas.

É evidente que estamos vivendo uma situação limite. O governo usa de recursos jurídicos legais e manobras subreptícias indignas de quem se arvora de ético.

Entre elas está o descumprimento, em outubro, da decisão de implantação determinada pela digna Juiza da Quarta Vara da Justiça do Trabalho.

Um outro aspecto a considerar é a "petição" encaminhada ao TRT gestada na procuradoria geral do estado e assinada pelo subprocurador, que por falta de argumentação jurídica competente, se limita a fazer ataques a Mma. Juíza da Quarta vara da Justiça do Trabalho.

Aquela "petição" é uma peça medíocre, que envergonha a classe dos procuradores, ditada pela insensatez, e tem como único escopo estabelecer a cizânia entre os membros do judiciário da 1a. e 2a. instâncias e desqualificar a competência e a coragem da dra. Milena que merece,de nossa parte, o aplauso e a solidariedade.

O que nos causa perplexidade é que a inusitada, intempestiva e descabida petição tenha sido acolhida liminarmente na 2a. instância parando totalmente uma ordem de execução já em curso na quarta vara da Justiça do Trabalho

Causa-nos maior perplexidade ainda a demora na elaboração de um parecer da parte do Mmo. Sr. Desembargador relator, que detém o processo desde o dia 18 de outubro de 2007 e também a falta de agendamento de seu julgamento pelo pleno do TRT.

Parece até que o processo, que se arrasta há mais de quinze anos, já julgado pelo Supremo Tribunal Federal, com decisão favorável a nossa causa, sacramentado no seu trânsito em julgado há quase um ano, é apenas uma querela trabalhista de somenos importância, daquelas que todos os dias chegam às varas ou juntas da Justiça do Trabalho.

Parece até que a decisão do Supremo Tribunal Federal está eivada de erros e pode ser reparada por uma instância inferior. Parece até que durante quinze anos os relatores do processos, em suas várias fases, e os juízes e ministros que proclamaram seu voto favorável são todos mentecaptos ou incompetentes.

O sr. procurador geral do estado confessou para nós, durante audiência em setembro, que tinhamos ganho a questão mas ele estava com uma dúvida.A dúvida era quanto à interpretação que está sendo forjada pela PGE. Indagado se conhecia o processo na sua essência ele nos afirmou, na ocasião, que não conhecia. Como pode alguém que confessadamente desconhece o processo e tem dúvidas expender algum juízo sobre a sentença do Supremo Tribunal Federal? Na verdade o maestro nos pareceu não conhecer a partitura e estar tocando "de ouvido".

O subprocurador, que na ocasião permaneceu o tempo inteiro calado durante a nossa audiência, talvez seja o detentor da clarividência que tenta sepultar na vala comum da incompetência, relatores, juizes e ministros de todas as instâncias desse pais: quarta vara, Tribunal Regional do Trabalho, Tribunal Superior do Trabalho e Supremo Tribunal Federal. É um iluminado!!!

Essa não é mais uma querela trabalhista envolvendo um trabalhador anônimo e impotente e um patrão de pequenas posses que não recolheu as contribuições sociais ou que dispensou sem justa causa seu empregado.

Essa questão, sabe de cátedra o desembargador relator, se diferencia de tantas outras, por muitos motivos que ele conhece sobejamente porque, em outra ocasião, já foi relator desse processo e se manifestou favoravelmente aos direitos dos professores das Universidades Estaduais.

Essa questão, envolve professores que, ao longo de mais de trinta anos, contra todas as adversidades, contra a mal disfarçada indisposição de tantos governos, segurou nos próprios ombros as instituições de ensino superior vinculadas à SECITECE.

Essa questão envolve 117 companheiros que já deixaram o nosso convívio e que, como nós, não construiram patrimônio, deixando para suas companheiras e descendentes, como únicos e insuficientes legados, a honra, a dignidade e a esperança. Ninguém paga a escola dos filhos, o plano de saúde, as compras de medicamentos e alimentos com moedas simbólicas de honra, dignidade e esperança.

Essa questão é uma questão de honra para os sobreviventes que somos nós, pela nossa dignidade e pela dignidade de nossas instituições, pela sobrevivência de nossos familiares, pelo legado que deixaremos aos nossos colegas mais novos, recém contratados e aos nossos alunos que esperam de nós um exemplo de coragem.

Essa questão já dura mais de quinze anos e comprova, de modo eloqüente, o desrespeito e afronta aos direitos humanos de trabalhadores qualificados que dedicaram toda a sua existência à causa sagrada da educação.
O governo, seus prepostos e aqueles que, de por atos e omissões, contribuem para o prolongamento do nosso sofrimento merecem o nosso mais veemente repúdio.
Essa questão é uma luta contra a truculência do governo, a subserviência e a total ignorância ou má-fé de seus serviçais da PGE, da SEPLAG e da SECITECE.
Estamos chegando a uma situação limite.

O governo, seus prepostos, seus aliados e todos os que participam do jogo sórdido que nos agride estão no limite do cinismo ao tentar ignorar, fazer letra morta e distorcer a decisão definitiva da suprema corte desse país.

Nós também estamos no limite de nossa paciência, de nossa tolerância. Até agora, não queimamos etapas. Não radicalizamos de maneira inconseqüente.

Cessadas todas as possibilidades da implantação pacífica de nosso PISO SALARIAL, não há mais o que esperar. NADA MAIS TEMOS A TEMER!

Vamos reunir forças e avançar em novas estratégias para obrigar o governo e seus serviçais a cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal.

Se estamos no estado democrático de direito, se vivemos no regime republicano, vamos cobrar do governo, de seus prepostos e eventuais aliados, posturas éticas, pudor. Vamos cobrar o respeito à independência entre os poderes executivo e judiciário. O Ceará faz parte de uma federação. Não é um feudo independente, uma capitania que o atual governador gostaria que fosse.

Estamos no limite de nossa paciência, mas não ainda no limite de nossas forças. Temos ainda muita energia e muita disposição de luta. Quem apostar o contrário vai perder feio.

Por todas as motivações acima é que vamos permanecer na arena enfrentando o governo do estado do Ceará e seus aliados em um combate duro, efetivo e frontal até a vitória definitiva.

O governo do estado sinalizou a possibilidade de uma conversa com o presidente do SINDESP, prof. Luiz Boaventura, nos próximos dias.

Na reunião de ontem no SINDESP, através das falas do prof. Nazareno, do prof. Jacinto Luciano e da profa. Zaneir ficou muito claro para todos os presentes e para o próprio presidente do SINDESP que não temos nada a negociar com o governo antes da implantação do PISO SALARIAL, nos termos definidos pelos Supremo Tribunal Federal.

Não aceitamos migalhas! Não aceitamos barganhas! Não dobraremos nem a coluna vertebral nem o joelho diante daqueles que nos oprimem!

O governo, esse sim, deveria dobrar-se ante a decisão do Supremo, sem mais protelações, sem mais subterfúgios, sem barganhas inconfessáveis. O governo precisa ter um mínimo de pudor e se dar a respeito, respeitando as decisões da corte suprema do país.

Nós vamos continuar lutando na crença inabalável de que a FORÇA DO DIREITO PREVALECERÁ SOBRE O DIREITO DA FORÇA!!!

Nossa homenagem especial e nossas saudades do exemplar e dedicado prof. Raimundo Alberto Normando, falecido em 31.12.2006. Nosso abraço solidário para a sua companheira, profa. Meiricele.

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