EDIÇÃO DE HOJE, QUARTA FEIRA, DIA 15 DE OUTUBRO DE 2008 - DIA DO PROFESSOR
"Uma sociedade onde caibam todos só será possível num mundo no qual caibam muitos mundos. A educação se confronta com essa apaixonante tarefa: formar seres humanos para os quais a criatividade, a ternura sejam necessidades vivenciadas em elementos definidores dos sonhos de felicidade individual e social” (Assmann).
Homenagem da Universidade Estadual do Ceará, ao Dia do Professor
- 15 de Outubro de 2008 –
(Retirada do outdoor que está exposto na entrada do Campus do Itaperi)
QUERIDOS COMPANHEIROS, QUERIDAS COMPANHEIRAS
Ao iniciar esta postagem fui tentado a utilizar o lugar comum: "no nosso dia nada temos a comemorar".
Não é bem assim. Temos muito que comemorar. Comemorar nossa persistência, nossa teimosia em exercer uma das mais sofridas e dignas profissões.
Mesmo diante das humilhações que nos impõem vamos cultivar a esperança.
Há perspectivas favoráveis. Dias melhores virão. Não vamos nos render ao desânimo e nos entregar ao desepero.
Estamos aguardando, a curto prazo, uma solução que venha por termo ou pelo menos minorar o sofrimento desses últimos 22 anos.
Estamos a espera de um gesto. Um gesto de grandeza da parte do governo. Basta que cumpra aquilo que, em forma de tese (ou qualquer outro eufemismo), nos foi proposto. Uma negociação envolve duas partes. Mesmo sendo inusitado que vencedores (como é o nosso caso) façam concessões ao vencidos (o governo), jamais poderemos ser tratados como intransigentes. Transigimos. Cedemos mais de 2/3 daquilo que nos era de direito segundo a decisão do Supremo Tribunal Federal. Agora cabe ao governo fazer a parte dele.
É isso que a categoria espera no dia do professor: o anúncio do fim do pesadelo de vinte e dois anos, a reimplantação imediata do piso que nos foi, truculentamente, subtraído.
Tem o governo do estado uma extraordinária oportunidade de, nesta semana do dia do professor, anunciar a cessação das hostilidades e garantir seu lugar na História resgatando com um gesto de dignidade uma dívida que já maltratou demais a categoria. Nós estamos aguardando esse gesto.
Registramos aqui nossa homenagem aos 168 companheiros que ficaram à margem da estrada e nossa solidariedade aos seus familiares. Enviamos daqui nosso abraço carinhoso aos que estão enfermos e, de modo especial, ao amigo Almir Barros, nosso ex-aluno do colégio Paulo VI, no já distante ano de 1967. Ao Almir desejamos um pronto restabelecimento para que possa voltar ao nosso convívio trazendo de volta o seu violão.
A todos um abraço afetuoso e até sexta, no aguardo de boas notícias, prometidas para esta semana.
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