Exmo. Sr. Presidente do STF
Ministro Gilmar Mendes
É como cidadão brasileiro que me dirijo a V. Excia., guardião das liberdades e direitos fundamentais do cidadão em um estado de direito.
Segundo o Aurélio, supremo é aquilo que está acima de tudo, que é superior, sumo, súpero. Por conseguinte o Tribunal representado por V. Excia., adequa-se perfeitamente ao conceito emanado do prestigioso dicionário da língua pátria. Isto significa que as decisões oriundas desta Corte, segundo meus parcos conhecimentos jurídicos, têm caráter irrevogável e inapelável, já que qualquer querela para alcançar este nível, percorreu todas as instâncias estipuladas pelos códigos de direito.
Neste sentido, causa-me espécie uma decisão de tal magnitude ser sistematicamente afrontada há mais de dois anos pelo Governador do Ceará, mercê da aquiescência de tribunal de alçada inferior, no caso em pauta o Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (Processo: 00393/1992-004-07-40-0).
Para melhor compreensão convém contextualizar o fato. Nós, professores das universidades estaduais do Ceará, após uma batalha judicial de vinte anos, desigual face as artimanhas adotadas pelo governo do Ceará, ganhamos uma causa de caráter trabalhista, cuja decisão transitou em julgado no Supremo Tribunal Federal, no primeiro dia de fevereiro de 2007. Até a presente data a decisão desta Corte, que reconheceu como legítimo o direito dos professores ao piso salarial, não foi cumprida.
Como é possível em um estado democrático de direito, cuja Carta Magna preceitua a independência e respeito entre os poderes, que fatos desta gravidade ocorram com relativa freqüência sem que medidas sejam adotadas por quem de direito? A quem recorrer nestas circunstâncias quando o cidadão tem seus direitos aviltados pelo Poder Executivo? A sensatez aponta como único caminho o Poder Judiciário. Mas como crer nesta assertiva se o próprio Judiciário é desrespeitado pelo Executivo? A esperança no cumprimento da justiça dá lugar ao descrédito nas instituições.
Ao longo da campanha 180 (cento e oitenta) companheiros de luta capitularam alquebrados pela idade e pela desesperança. Quantos mais deverão morrer até que a mão da Justiça se faça sentir? Até que a venda dos seus olhos seja removida e se faça a luz sobre esta iniqüidade?
Prof. Aldo Marcozzi Macedo e Silva
Nota do blog: Como todos já perceberam a luta continua de modo persistente e agora em múltiplas frentes. Há ainda outras iniciativas e investidas de caráter político, em alto nível, que estão acontecendo. Mas, por razões de extrema segurança, não podemos divulgar, por enquanto, nem no blog, nem por telefone, nem em conversas pessoais.
Acordem colegas. Associem-se por atos a essas ações para apressar os ritos finais em grande estilo.
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!!! VENCEREMOS!!!
NA PRÓXIMA POSTAGEM: CARTA AO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO BRASIL.
AGUARDEM!!!
2 comentários:
Ótimo! Ótimo!
Agora, pelo amor de Deus, sejamos mais objetivos e explícitos em nossas cartas às autoridades. Temos que nos ater ao Processo e ao fato concreto que é a decisão do STF não ter sido implementada pelo Governo do Estado. Vamos dar ênfase aos dados numéricos do Processo.
Sem duvidas estamos no caminho certo. Apesar desacompanhados, porém melhor assim do que mal acompanhados.
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