EDIÇÃO DE HOJE, QUINTA FEIRA, DIA 11 DE NOVEMBRO DE 2010
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Um fato recente nos fez ter vontade de de hibernar como fazem os ursos que permanecem parte da vida em estado latente. Não foram dúvidas quanto a certeza de nossa vitória. Não foram ameaças dos poderosos, principalmente do déspota que, com uma margem extraordinária, foi reconduzido ao Palácio Iracema, com o voto de alguns professores, para continuar nos perseguindo. Na oitava casa da vida já não nos intimidam ameaças. Praticamente já não tememos mais nada. Não foi o cansaço. Não foram problemas de ordem pessoal.
Afinal o que aconteceu?
Algumas divergências de caráter tático.
Engulimos muita coisa. Por exemplo a mudança do local de reunião. O local é o SINDESP que nos deve a garantia da estrutura, o cafezinho, o chá, as xerox, o telefone, o espaço. Sair do SINDESP é como se nos estivéssemos escondendo.
A outra questão foi a contratação da "mídia". Durante mais de 3 anos(estamos no ano IV), fizemos as convocações, divulgamos tudo o que era possível e tornamos este espaço respeitado e acreditado. Como estamos na rede mundial, recebemos comentários de vários pontos do país. E nunca cobramos nada por isso. Sequer fomos consultado para a contratação do tal serviço, mas endossamos a iniciativa, embora com restrições. Por não atender às expectativas da categoria, advogamos a revogação do contrato e assumimos isto publicamente sem "mea culpa" porque nós não erramos.
Existem mais episódios desagradáveis que não relataremos aqui. Mas, se transigimos em questões secundárias, jamais poderemos transigir naquilo que fere o nosso amor próprio.
Não desceremos aos pormenores para não fracionar mais ainda a fragílima coordenação do movimento. Não se trata aqui de disputa de hegemonia e nem de poder. Que poder?
Ao longo desses últimos anos não disputamos cargos nem no SINDESP, nem na UECE. O nosso compromisso sempre foi e seguirá sendo com a causa PISO SALARIAL.
Não cultivamos vaidades. Optamos pela aposentadoria. Mas, em nenhum momento, nos ocorreu a hipótese de mergulhar na vala comum dos acomodados que ficam na expressão de Raul Seixas "com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar".
Estaremos na trincheira lutando até o limite de nossas forças. Nada nos deterá.
Estamos vivendo o momento mais difícil dessa luta. É tudo ou nada agora. Desde o começo, em que pese nosso otimismo e nossa crença na vitória, advertimos que era uma luta prolongada.
Os últimos lances estão para acontecer. A esta altura nós já não sabemos mais em quem confiar. Lamentável que alguns companheiros não percebam isto.
Estamos fazendo algumas articulações políticas. Estamos tentando rearticular um grupo inicial. Iremos até as salas de aula convocar pessoalmente nossos colegas da ativa (já fizemos isto ontem). Fomos lembrar-lhes que ainda temos que lutar. Mas, não expusemos a fratura. Não me perguntem o que houve. É constranger tocar no assunto. Talvez um dia possamos contar. Agora é hora de paz. Vamos salvar o que ainda sobrou de ânimos para lutar.
Vamos propor um retorno às reuniões no SINDESP com tudo o que temos direito.
Equívocos escoimados precisamos remar na mesma direção para que o barco não fique apenas fazendo círculos.
Se tudo der errado (Deus não permitirá que isto aconteça) a culpa cabe exclusivamente a nós todos.
Na hipótese formidanda de perda definitiva desta causa, não me perguntem por quem os sinos dobrarão. Eles dobrarão por nós todos.
Com certeza em breve saberão notícias.
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