EDIÇÃO DE HOJE, 18 DE MARÇO DE 2012
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Através de e-mail um colega nos comenta sobre uma frase do Procurador Geral do Estado quando afirma que "não há impasse do Estado em relação à obrigatoriedade do pagamento do Piso Salarial aos docentes" E adiante acrescenta: "o Estado está sempre disponível para dialogar com os professores sobre condições que seriam benéficas(?) tanto para o estado como devedor, quanto aos docentes como recebedores".
Benéficas para nós? Fala sério!!!
E pergunta o colega se não seria o caso de "aproveitarmos" essa disponibilidade..
Aproveitar de que modo? O tempo passou. Não há como negociar com nossos algozes.
De pronto refutamos a ideia. Há duas experiências recentes que nos tornam cético com relação a "negociações" com o governo.
1.Uma delas foi quando da imposição do PCCV. A proposta do governo, imoralíssima, foi votada em uma assembleia esvaziada. Menos de 50 professores se manifestaram. Houve abstenções e 15 votaram contra o PCCV. A não ser os quinze do contra, ninguém mais pode se queixar. Uns pecaram por votarem a favor do governo e a imensa maioria errou por omissão.
Nessa proposta salarial o governo tirou no primeiro mês da implantação 39% da regência de classe (pó de giz), 10% da D.E. e 10% da gratificação de mérito. Em suma, tirou 59% no nosso caso e deu pouco mais de 20%. Diferença pró-governo no primeiro ano 39%. No segundo ano deu mais 20%, depois mais 20% e finalmente mais 20%. Estamos arredondando porque o aumento, considerada a inflação não ultrapassou os 100% depois de 4 anos. Resumido: tirou à vista e restituiu parcialmente a prestação.
2.Outra questão foi a proposta do sr. Fernando Oliveira da PGE quanto a um acordo que ele denominou eufemisticamente de "tese". Os professores do PISO se reuniram em assembléia, aprovaram a "tese" e encaminharam protocolizada a proposta. Algum tempo depois estivemos na PGE na companhia dos profs. Jacinto Luciano, Pádua Ramos, José Guedes e membros da diretoria do Sindesp e ainda a Dra. Glayddes. Na ocasião, respondendo a uma indagação nossa, o sr. Procurador afirmou categoricamente que estava autorizado pelo governador para mediar o tal acordo e que este estava valendo.
Meses depois, o presidente do SINDESP acompanhado da Deputada Gorete Pereira e do prefeito de Guaramiranga (que estava lá por outros motivos)em audiência no Palácio Iracema cobrou do Governador a concretização do acordo e foi surpreendido pela afirmação: "O dr. Fernando e o secretário de Ciência e jamais trataram comigo esse assunto de acordo. Depois eu marco um encontro com você e o procurador para conversarmos".
Decorridos mais de 3 anos o tal encontro nunca foi agendado. Conclusão: um dos dois faltou com a verdade. Nessa mesma época o sr. Procurador nomeou o Reitor da UECE, prof. Araripe, como mediador junto às 3 Universidades. Nunca recebeu o Reitor. A sua secretaria marcou várias audiências e ligou todas as vezes para desmarcá-las. E assim se passaram os anos.
Estivemos várias vezes na PGE. Encerramos a conversa com a grande sensação de vazio e de uma grande perda de tempo.
Dá para confiar. Acordo com o governo?
ELE ENTRA COM A CORDA E NÓS COM O PESCOÇO.
Nota do blog: Há muitas pessoas que estão querendo saber se a UECE foi intimada. Uma fonte nos afirmou que viu a entrega da intimação ao reitor que, de imediato, determinou as providências cabíveis ao sr. Paulo Marcelo.
Se alguém for ao departamento pessoal e disserem que não receberam nada é porque estão cumprindo ordens para silenciar. O DEPES tdem dois chefes: o de fato e o de direito. talvez seja este o motivo dos ruídos de comunicação. Quem não estiver acreditando poderá ir ao gabinete do Reitor e perguntar-lhe pessoalmente. Ou então poderá se dirigir à quarta vara lá na Duque de Caxias e perguntar ao chefe de seceretaria. Segunda é feriado, dia de S.José, dia de reza. Na terça poderão tirar a dúvida. Nós particularmente vamos dar um voto de confiança ao nosso informante. Terça saberemos.
Nas postagens seguintes veja como conter a ansiedade ocupando bem o tempo e não se deixando dominar por boatos e nem pelo pessimismo.
Bom domingo e bom feriado.
Um comentário:
Bom dia a todos!
tenho acompanhado, diuturnamente, sempre que meu tempo permite, este blog e sou testemunha da seriedade, lealdade e determinação do colega Professor Telmo, na condução do mesmo, referente ao nosso piso salarial. Creio que não se pode negociar com este tipo de gente, que já nos tem fraudado e ironizado de nossa confiança. Além do mais, não há o que nem porque negociar. O sofrimento,as perseguições e o desrespeito com que nos tem tratado anula qualquer possibilidade de negociaçao, neste momento. O que se quer é o cumprimento da sentença. que seja feit a justiça por uma causa que já foi ganha, há MUITO TEMPO e as fauces devoradoras veem procrastinando, maliciosamente. Os/as colegas precisam ter calma, respeito e confiar nos passos - difíceis mas seguros - que estão sendo dados. E dar o seu apoio, ao invés de ficarem malhando ou criticando ou quererem usurpar o processo. Parodiando Aristóteles, 'Processus non facit saltus". Prof. Pedro Bezerra - CCS
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