O QUE NOS PREOCUPA AGORA É O SILÊNCIO E A LENTIDÃO DA JUSTIÇA. LEIA O TEXTO ABAIXO E REFLITA!!!

 

SEGUNDA FEIRA, DIA 05 DE MARÇO DE 2012

QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS

Passou o carnaval e o país voltou ao trabalho. O judiciário também. E a execução como se fosse um enorme elefante, caminha a passos lentos. O site da quarta vara registra movimentações, mas os títulos das petições nada traduzem. São enigmas de dificílima interpretação. É como se nós, os substituídos como somos tratados, não tivéssemos o direito de saber o que ocorre. É como se fosse segredo de justiça!

Vamos reproduzir, na íntegra um texto de Joaquim Saturnino da Silva extraído do site: 

LENTA JUSTIÇA LENTA

Justiça rápida, só a Justiça Poética. Ou seja, aquela que por si só se faz, ou,  que podemos chamar, mais apropriadamente, de Justiça Divina.

Comumente, em nosso meio se diz: “nem tudo que é direito é justo e nem tudo que é justo é direito”.  E poucos procuram, com sinceridade, o justo equilíbrio entre os fatos e suas conseqüências.

O que nos causa apreensão, é que o sistema judicial não se preocupa com a Justiça, mas apenas consigo mesmo. Ou seja, o umbigo de cada um continua sendo o centro do mundo. No caso o “umbigo do sistema”.

A insensata preocupação exagerada com a forma, toma o lugar da preocupação com os fins para os quais um sistema judiciário foi criado. Não raro a justiça chega em forma de uma sentença favorável e justa que só deixa como consolo ser lida diante do túmulo de seu beneficiário.

Por outro lado, criminosos escapam das malhas da lei, porque elas se tornam demasiado elásticas, por conta do direito de defesa, que nesses casos, nada mais será que mero exercício para o encontro de  brechas na Lei.

Não se estudam as leis para aplicá-las, fazê-las cumpridas. Mas para contorná-las, sistematicamente, na errônea crença de que advogar seja sinônimo de tapear.

Casos vergonhosos abundam, onde criminosos confessos se safam, por conta de um preciosismo estúpido, que tem mais de burrice do que de preocupação com o direito de cada um.

Aliás, errada foi a vítima, que “se deixou matar”, assumindo ela a “culpa” pelo acontecido. Culpa por não adivinhar que seria assassinada por determinada pessoa. Então uma espécie de pena de morte se voltou contra ela. Quanto ao assassino, todas as honras da liberdade que fere a inteligência da maioria impotente, diante do “monstro de sete cabeças” no qual se transformou o sistema.

Nosso mundo se torna cada dia mais surrealista. E pior, com a condescendência  de uma sociedade omissa, que só reage quando o perigo passa muito próximo.

A pior das verdades, é que perdemos o amor à vida. Não à nossa própria (somos exímios egoístas), mas à vida alheia, como se ninguém tivesse nada com os acontecimentos que atingem os outros. Cresce o estúpido esquecimento de que, cedo ou tarde, tudo isso se voltará contra nós. Mesmo porque, diante de nosso silêncio, só restam de inocentes as crianças e os loucos de todo gênero.

 A celeridade processual parece um sonho irrealizável. E a objetividade parece ter se perdido nos meandros de estantes entulhada de processos que apodrecem durante a passagem do tempo.

E a pior desilusão é descobrir que a dedicação sincera no estudo das leis era para torná-las, mesmo, instrumento de realização da Justiça. Quanta ingenuidade meu Deus!

E à medida que o tempo se escoa por um invisível buraco de incerta localização, vemos o desencanto assumindo o lugar dos sonhos que morreram.

Recentemente, diante da libertação de dois assassinos confessos, devido a “detalhes processuais”, o promotor encarregado do caso se declarou decepcionado pela decisão da soltura, certo de que quando se determinar o julgamento dos réus, estes estarão muito longe da cena do crime, onde ninguém poderá encontrá-los. Pois nosso País é imenso e o desinteresse judicial maior ainda.

Eis o patrocínio da impunidade. Amparada pela lentidão judiciária. E a “coragem” de desafiar a lei encontra a providencial ajuda na incompetência funcional e respaldo extra na mais que literal inércia dominante.

Esqueceram de avisar aos magistrados que, após o impulso inicial dado, a inércia jurisdicional termina. Não acordaram os responsáveis do “cochilo eterno” que domina as instituições encarregadas de fazer cumprir as leis.

Mas existem leis que não permitem o cumprimento de outras leis, num jogo de contradições estúpido, cujos objetivos são de difícil visualização.

Estamos todos perdidos?

Sim. E essa é a triste notícia que temos que engolir, feito um sapo indigesto que nos queima as entranhas, mesmo porque, não parece haver outro jeito.

 E as piadinhas “jurídicas” continuarão se reproduzindo aos milhares. Enquanto deputados semi-analfabetos criam leis sobre leis, sem saber, sequer, fazer um “o” com um copo.

 Esta é a parte do preço que pagamos por eleger indivíduos despreparados, que possuem como único objetivo o dinheiro fácil e as mordomias adicionais. Tudo pago com o dinheiro público, já meio que privatizado.

Somos, aliás, salvo engano, o único País onde se faz “lei por encomenda”, não por ditames das necessidades sociais, mas por capricho de interesses individuais.

Enfim, para ser brasileiro, o requisito principal é ter paciência, muita paciência.

Nota do blog: mais paciência? Impossível!!!

Estamos cansados. Queremos ação. Reimplantação a curto prazo. O que está faltando?

Respostas que devem ser dadas pelo SINDESP e a comissão de acompanhamento da reimplantação do PISO SALARIAL.

Tá na hora! Aliás, tá passando da hora!!!