JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

EM AUDIÊNCIA COM O SINDIUECE O GOVERNADOR REVELA SUA FACE CRUEL E SEU INSTINTO DE PERSEGUIÇÃO ÀS UNIVERSIDADES ESTADUAIS

EDIÇÃO DE HOJE, SEXTA FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 2012
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Do site do SINDUECE extraímos e estamos repercutindo as informações abaixo. Leiam com atenção e analisem bem a postura de "sua excelência":


1. AUDIÊNCIA COM O GOVERNADOR

20/11/12 - Relatório da audiência com ogovernador Cid Gomes

Hoje, dia 14 de novembro, aconteceu, finalmente, a audiência solicitada pelo movimento sindical e estudantil das três universidades estaduais cearenses com o governador Cid Gomes, no Palácio do Governo, para pautar as reivindicações protocoladas desde fevereiro de 2011. Estiveram presentes sete professores representantes das seções sindicais do Andes (SINDUECE, SINDURCA e SINDUVA) e sete estudantes representantes do movimento estudantil. Além do governador, o Titular da Secretaria de Ciência e Tecnologia – SECITECE, René Barreira.
A audiência foi iniciada com a exposição, seguida da entrega da pauta de reivindicações ao governador. O representante da Sinduece, prof. Eudes Baima, detalhou os principais pontos de reivindicação: concurso público pra professor efetivo e servidor técnico; regulamentação do PCCV; e equiparação salarial.  A profa. Zuleide Queiroz acrescentou se referindo às condições específicas da URCA, e o prof. Emanoel Lima apresentou a realidade da UEVA.
A representante do sindicato dos servidores (Sinsesc), Liana Rabelo, situou os dados das condições de trabalho dos servidores, a falta de um plano de cargos e carreiras, bem como a necessidade do concurso público para a reposição do quadro efetivo de funcionários da UECE. Destacou o dado de que, em 1991, a proporção era de 13 alunos para 1 funcionário e, atualmente, é de 62 para um.
A pauta do movimento estudantil foi apresentada pelos representantes do DCE da UECE, Guarany Marques pelos representantes estudantis da UVA e da URCA, identificando as principais questões da política de assistência estudantil, destacando a necessidade de ampliação do número de bolsas e reajuste do seu valor monetário. Os presentes reforçaram a importância de uma política permanente de assistência estudantil, baseados em dados segundo os quais 48% dos estudantes da UECE são oriundos da escola pública, sendo que na UVA esse público corresponde a 86%. Os estudantes da URCA comentaram o problema da redução do tempo de bolsa de 12 meses para 9 meses, situando ainda as condições infraestruturais, em estado precário.
Os representantes sindicais reforçaram a expectativa quanto às negociações, pois em todas as audiências com representantes do governo, não se podia chegar a qualquer acerto, uma vez que toda decisão depende do Governador. Neste sentido, afirmaram que a comunidade das IES estaduais aguardam um posicionamento público e objetivo do governador quanto à pauta apresentada.
O governador Cid Gomes lembrou inicialmente a divisão de responsabilidade da educação com os três entes da federação e que, em particular, o Ensino Superior é de responsabilidade do governo federal, destacando a importância de que as reivindicações apresentadas sejam debatidas à luz de uma perspectiva de racionalidade e foco, identificando principalmente o impacto orçamentário no governo. Deu como exemplo desta racionalização o processo de uma interiorização em que sugere a incorporação da FECLI, unidade da UECE em Iguatu, à URCA; avaliar o que realmente é necessário, com determinados parâmetros de racionalidade do Estado. Não há problema com reposição que não signifique mais gastos pro governo, mas um concurso pra repor aposentados exige um planejamento a longo prazo. Na sua visão só uma nova fonte de recursos, a exemplo dos royalties, poderia favorecer a expansão do ensino superior público.
A realização de concurso sem um planejamento de médio e longo prazo, que não leve em conta o impacto financeiro sobre as finanças do Estado e a lógica de uma racionalização, seguida da redução de custos, está fora de cogitação. O governador disse não estar fechado para atender a esta pauta, desde que inserida na perspectiva desta racionalização e foco e, ainda, com a possibilidade de novas fontes de recursos, como a criação de um entendimento constitucional sobre as responsabilidades do governo federal com a educação superior.
O que chamou a atenção, entretanto, na visão do Governador, foi a ideia de que, paulatinamente, a União deveria absorver todo o atendimento de ensino superior e que a política para o setor deveria se ater a este horizonte. Assim, a invocada racionalização que serviria de base para, por exemplo, a discussão do concurso público estaria dominada por esta perspectiva de paulatina absorção de todo o ensino superior pela esfera federal. Tendo tal horizonte, nas palavras do governador, ficaria descartada qualquer ampliação, incremento ou expansão do ensino superior estadual, restando apenas a manutenção do patrimônio existente. Esta manutenção, no que toca ao pessoal, não inclui a substituição de aposentados, que geraria mais despesa para o estado, mas tão somente a reposição de exonerados e falecidos. Na mesma linha, o governador questionou a expansão da pós-graduação, chegando a inquirir: vocês criam mestrados e doutorados, mas quem paga a conta?
Em relação aos servidores técnico-administrativos, o Chefe do Executivo aplicou o mesmo raciocínio ao lançar o questionamento: aos olhos do aluno que diferença faz se o servidor é estatutário ou terceirizado? A audiência não apresentou, nesse sentido, nenhuma perspectiva de resolução deste problema.
Quanto à manutenção das instituições, foi destacado pelo reitor da UECE, Jackson Sampaio, uma proposição resultante do debate da ABRUEM (Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais), a ideia da definição de uma política nacional de financiamento da educação superior, onde se defende a criação de um fundo que seja compartilhado pela união, estados e municípios. Ainda com a palavra, o reitor destacou os determinantes que colocam a necessidade do concurso, baseado em mortes, exonerações, reestruturação curricular, fortalecimento das licenciaturas, etc.
O governador se pronunciou ainda sobre os demais pontos da pauta. A cerca da regulamentação do PCCV, comentou que, se não há impactos orçamentários, não tem problema em aprovar.
O acordo entre reitorias, PGE, SECITECE e movimento é de que as minutas consensuadas deverão ser encaminhadas para o governador logo após reunião entre as partes interessadas, agendada para o dia 20 de novembro às 15h, na PGE. 

Sobre a pauta da política estudantil, o encaminhamento é que as reivindicações sejam contempladas nos recursos do MAPP. 

Sobre a equiparação salarial dos professores substitutos, não houve acordo, uma vez que, na lógica contabilista do governo, onera a folha de pagamento.
Como encaminhamento, ficou agendada uma próxima audiência para o dia 3 de dezembro, com a participação dos setores econômicos do governo, a SEFAZ e SEPLAG, para demonstrarem os gastos orçamentários do Estado com educação superior. 

2.COMO FICA A REGULAMENTAÇÃO DO PCCV?

Representantes das seções sindicais do ANDES-SN nas universidades estaduais cearenses, Regional NE I do ANDES-SN e assessoria jurídica Maxime Advogados reuniram-se na manhã de hoje (26/11/12) com o secretário de ciência e tecnologia, representantes da PGE e SEPLAG para tratar, mais uma vez, da regulamentação do Plano de Cargos (PCCV). Esse processo se arrasta desde a implantação do Plano em 2008, quando comissões mistas formadas por professores e representantes das administrações superiores da UECE, URCA e UVA elaboraram propostas de leis e decretos e enviaram ao governo no primeiro semestre de 2009.
Na reunião, os sindicalistas exigiram imediata tramitação dos decretos que garantem a ascensão para a classe de “professor associado”. Segundo representante da Secretaria de Planejamento e Gestão os processos de docentes que adquiriram o direito a ascensão a partir de Novembro de 2010 – data em que foram publicados os decretos que criam os referidos cargos – estão tramitando normalmente. Os casos dos professores que fazem jus a retroação a Maio de 2009, consoante assegurado no PCCV, devem ser tratados com o governador em audiência agendada para 3 de Dezembro próximo.
O consenso construído em Fevereiro e Março deste ano manteve-se quanto ao decreto que normatiza o afastamento de professores para pós-graduação e pós-doutorado, podendo este ser apresentado ao governador para assinatura na audiência do dia 3. Com relação a Dedicação Exclusiva e a Mudança de Regime de Trabalho, o governo rompeu o acordo anterior apresentando alterações substantivas nos textos elaborados anteriormente.
René Barreira informou que as alterações foram sistematizadas pela Procuradoria Jurídica da UECE (PROJUR) com base em ponderações feitas pelo Dr. Fernando Oliveira (PGE) em reunião com o reitor Jackson Sampaio. Na avaliação dos sindicatos, as mudanças são regressivas e atentam contra a carreira docente e direitos assegurados no PCCV.
Uma nova reunião foi marcada para amanhã, 27 de Novembro, na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (SECITECE) para continuar a discussão sobre as duas peças legais, desta feita com a participação do procurador geral do Estado e das reitorias das três universidades.

3.CONCURSO PÚBLICO?


Pauta comum do movimento docente, estudantil e reitoria, o concurso para professor e servidor é questionado por Cid Gomes.
Depois de vários atos públicos e remarcações, o governador do Estado recebeu na manhã de quarta-feira, 14 de Novembro, representantes das seções sindicais do Andes-SN, do sindicato dos servidores e do movimento estudantil, além dos reitores das universidades estaduais cearenses. Na pauta, a exigência de concurso para professor e servidor deu o tom da audiência.

Além de concurso, os sindicalistas exigiram a equiparação entre salários dos professores substitutos e efetivos e a regulamentação do Plano de Cargos. 

Já os estudantes reivindicaram aumento do número e do valor das bolsas, verbas para custeio de viagens e aquisição de veículos adequados para transporte a eventos fora do estado; construção de residências e restaurantes universitários nos campi onde não existem.
Cid Gomes alegou que a responsabilidade pelo ensino superior é da União e qualificou de irracional a presença da UECE e da URCA em cidades onde já existe o Instituto Federal, a exemplo de Iguatu. (E a UVA?)
Interpelado pelo reitor da UECE, prof. Jackson Sampaio que justificou a demanda de concurso para preencher vagas de aposentados, Cid Gomes foi enfático: só discutirá o problema no bojo de um planejamento que implique em racionalização e redução de custos (de que jeito? pagando menos?) Disse ainda que “pensar em reposição de professores com base numa demanda passada é premissa falsa” referindo-se à lei, invocada por Sampaio, que criou 1.133 cargos de docentes para a UECE. “Criaram um curso de medicina na UECE à revelia do governo e me mandaram a conta depois”, alfinetou o chefe do executivo (O curso de medicina é o melhor no ranking aqui no Ceará e não foi criado na gestão Cid Gomes).
Arguido sobre a função das estaduais cearenses, inclusive no desenvolvimento da pesquisa, o governador arrematou em tom enjoado: “se querem expandir, criar pós-graduação, que paguem a conta!” (Universidade sem pós graduação não é Universidade).
A equiparação dos salários dos substitutos aos dos efetivos foi também descartada na medida em que onera a folha de pagamentos e pressiona o orçamento do estado.
O governador exigiu que as demandas estudantis fossem incorporadas no Mapa de Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (MAPP) para apreciação posterior.
Com referência a regulamentação do PCCV, foi marcada uma reunião na PGE para a próxima terça-feira, 20/11, com o fim de acertar texto final para publicação. “Desde que não tenha impactos orçamentários, não tenho problema em encaminhar”, garantiu o governador. Nova audiência com Cid Gomes deve acontecer no dia 03 de Dezembro próximo.
Reunidas logo após a audiência, lideranças sindicais e estudantis avaliaram com muita preocupação o fato do governador opor-se à realização do concurso e à equiparação salarial dos substitutos. “Embora não tenha descartado a realização do concurso, o governador demonstrou total indisposição para com este problema, que é estrutural nas universidades estaduais” afirmou o professor Alex Santos, da Regional NE I do ANDES-SN.
Entenda o caso
- No início de 2011 as administrações superiores da UECE, URCA e UVA detectaram a existência de uma carência de aproximadamente 640 vagas de professores. Na UECE a carência era de 316 vagas.
- O movimento sindical e estudantil incorporou a carência de professores numa pauta composta de mais três pontos: 1) regulamentação do Plano de Cargos; 2) equiparação dos salários dos professores substitutos com os dos efetivos e 3) política de assistência estudantil.

- Foram realizados seis atos públicos em Fortaleza, desde Abril de 2011, com o fim de criar canal de diálogo com o governador.
- A audiência foi marcada para o dia 8/11, transferida para o dia 12/11 e novamente remarcada para 14/11.
- A carência de professores na UECE é de 354 vagas das quais 76 devem ser preenchidas no concurso em via de realização. O governador não mostrou disposição para preencher as demais 278.
NOTA DO BLOG: TODO O MATERIAL PUBLICADO AQUI FOI EXTRAÍDO DO SITE DO SINDUECE. CLIQUE NO LINK PARA SABER MAIS.

Comentário do blog:
PISO SALARIAL
Em material de divulgação que nos foi enviado pelo prof. Praxedes (vide cartaz acima) e em faixas espalhadas pelas passarelas da UECE havia uma pauta de reivindicação onde se mencionava o PISO SALARIAL. Não sabemos porque na reunião com "sua excelência" o item PISO SALARIAL foi suprimido. Se tivesse sido tratado na reunião o governador teria, provavelmente, se exasperado, chutado o pau da barraca e encerrado de imediato da reunião. Ele não sabe perder.

3 comentários:

Ricardo Mota Bacurau disse...

Só queria saber, mas acho que o blog também não tem respspostas para a minha pergunta. Para onde vai o dinheiro destas multa aplicadas ao estado do ceará na questão do piso?

Anônimo disse...

Caros Colegas:
É revoltante a forma debochada como o Governador trata as IES cearenses. Para investir no ensino superior público e/ou cumprir a lei, pagando o piso a que os professores têm dirito, não há dinheiro. Mas para obras faraônicas, não faltam recursos.

Anônimo disse...

Agora o governador se comporta como um legítimo Ferreira Gomes, não vejo novidades nisso. Não existe o que conversar com êsse governo, foi bom o assunto PISO não compor o debate. O que existe de fato é o longo e complexo caminho jurídico,é a única trilha segura que temos de fato. Abraços.