JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

GANGORRA: ARTIGO DO PROF. CAJUAZ

EDIÇÃO DE HOJE, SEXTA FEIRA, DIA 23 DE AGOSTO DE 2013
QUERIDOS AMIGO, QUERIDAS AMIGAS
Sobre a reunião de hoje cuidaremos oportunamente. Hoje, depois de uma noite mal dormida e ainda, com dificuldades de leitura por conta das recentes cirurgias estamos exausto e vamos escutar cuidadosamente as gravações para discorrer com mais precisão. Pedimos paciência e compreensão aos companheiros e às companheiras que não puderam comparecer.
Em contrapartida publicamos artigo primoroso da lavra de nosso querido amigo professor Cajuaz Filho que reflete toda a indignação dos segmentos conscientes da categoria. Vamos degustá-lo.

Gangorra

Diante das idas e vindas por que vem passando, desde 1987, o Processo do Piso Salarial dos Professores das Universidades Estaduais do Ceará junto ao TST e, agora, só no TRT 7ª, veio-me à lembrança um brinquedo da minha infância que, além de ensinar Física, mostra a instabilidade e o medo das pessoas quando devem tomar decisões que podem desagradar os mais poderosos e por isso pode representar a lei dos mais fortes: a gangorra. Ela me sugeriu uma comparação com o imbróglio do piso salarial.   
Mas... O que é gangorra?
É um brinquedo infantil formado de uma tábua longa e estreita equilibrada e fixa no centro. Duas pessoas de peso comparáveis sentam-se nas extremidades e lutam para se conservarem equilibradas. Há alguns sinônimos como balança, incerteza, insegurança, instabilidade etc.
No ensino da Física é um excelente exemplo no estudo da alavanca. Arquimedes de Siracusa, um dos principais cientistas da Antiguidade Clássica, inventor da Lei da Alavanca, disse: “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”.
Qual a semelhança com a questão do piso salarial? Tornou-se uma autêntica gangorra.
Vejamos. Numa extremidade estão os professores; na outra, o Governo do Estado que devem ter pesos comparáveis e iguais diante de uma reclamação, a que cada um julga ter direito. Ambos buscam o poder judiciário, com provas, argumentos, razões e contraprovas, para ele decidir quem está com a razão. Diante da Justiça todos têm pesos iguais. As provas demonstrarão quem tem direito. Não é a força, não é o poder, não é o cargo, não é o dinheiro. Não são as amizades. É o direito.
O ponto de apoio seria a justiça para produzir o equilíbrio. Mas... quando os administradores da justiça, que têm o dever de, com coragem, destemor e imparcialidade, equilibrá-la, por razões pessoais, talvez buscando viver a Lei de Gérson, mudam o ponto de apoio, acontece a subversão da ordem.
Se numa contenda, busca-se o Poder Judiciário é para que ele, com isenção de ânimo e à luz das provas e contraprovas, decida quem tem e quem não tem direito àquilo que está pleiteando. Não se trata de ganhar na marra oferecendo vantagens àquele que tem por função decidir ou então de subornar os administradores da Justiça com promessas, posições ou... e utilizar-se da força do poder do cargo para mudar o curso das águas. Isso é crime.
Não se quer acreditar, nesse caso, no que disse o Barão de Itararé: “Há algo no ar além dos aviões de carreira”.
Não me entra na cabeça que este algo está campeando a Egrégia Corte de Justiça do Tribunal Regional do Trabalho 7ª Região. Mas... pelo andar da carruagem parece que sim. Os últimos acontecimentos na sede do TRT dão margem a este pensamento.
Como um desembargador que já julgou o mérito da questão pede vista do processo para conhecê-lo?  Das duas, uma: ou ele julgou irresponsavelmente ou tem razão o Barão de Itararé.
 Então, senhores desembargadores, apaguem este pensamento de nossa mente e façam brilhar a auréola da justiça, doa a quem doer. Por que procrastinar a decisão de uma execução do Tribunal Superior do Trabalho.
Um ministro do TST disse que deixar de executar uma decisão do Supremo é uma coisa muito grave, além do mais quando existem motivos escusos para se pensar assim.
Qual a razão? Medo? Amizade? Favorecimento? Se isso acontece aqui no Ceará toda a Justiça Brasileira fica maculada.
O piso salarial dos professores já foi resolvido TST e pelo STF. Por que o Tribunal Regional do Trabalho – 7ª. Região insiste em retardar a execução da decisão transitada em julgado?
Senhores Desembargadores: Os professores não querem favores. Querem justiça. Só isso.
Portanto, faça-se justiça, mesmo que o mundo desabe.
 Prof. Cajuaz

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3 comentários:

Anônimo disse...

Espetacular! Parabéns honrado professor Cajuaz Filho! Com suas palavras, creia, nossos companheiros (retiro “companheiro” porque parece coisa do PTZÃO corrupto), colegas de “dignidade insubstituível” ficam com mais ânimos!

Ah, se eu fosse o prezado professor Gilberto Telmo, pedia autorização ao ilustre colega Cajuaz Filho e encaminharia sua crônica (artigo) a todas às redações dos matutinos locais para degustá-la sem ser acompanhada de ESCARGOT, claro, mas, quem sabe, com um pedaço de rapadura melada fabricada lá na serra da Meruoca! Quem sabe elas possam formar opinião aos senhores redatores! Quem sabe!

E Viva a República; a Democracia; a Justiça e o VOTO! Viva! Viva!

Prof. Célio Andrade.

Anônimo disse...

Estive presente no encontro convocado pelo Sindesp, contudo tive que sair mais cedo pois o dever chamava-me ao "campus". Infelizmente ainda não sei sobre a manifestação de nossa advogada. Caso seja possível, que seja feita um resumo dos caminhos dessa peleja e suas ações para os próximos dias. Obrigado.

Paulo de Souza disse...

Magistral,cheio de colocações verdadeiras e precisas o artigo do Prof. Cajuaz.Traduz nossa indignação.
Por julgar oportuno, refaço comentário anterior:
Na edição 2334 de VEJA, o jornalista Roberto Pompeu de Toledo, no artigo TUDO É ABSURDO comenta: "Vá explicar a um estrangeiro que um processo se arrasta por seis anos, enfim chega ao fim, mas o fim não é o fim, só prenuncia um recomeço e o recomeço sabe-se lá quando terá seu fim".Esta é a situação que vivemos, com a diferença que não são seis, mas vinte e seis anos. Dá pra entender ?