JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

MAIS UM ALVARÁ DA UVA. BILLY UM TORCEDOR DO PISO SALARIAL

EDIÇÃO DE HOJE, QUINTA FEIRA, DIA 20 DE NOVEMBRO DE 2013
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
(EDITADO E ATUALIZADO ÀS 14:51 h de 20 de novembro de 2013)
Saiu mais um alvará liberando mais uma parcela para a UVA, no dia de ontem. Não é repetição. O novo alvará já está na caixa postal dos cadastrados.

O blogueiro, Billy e a profa.
 Sandra Melo
Com a permissão dos visitantes o blog vai prestar uma pequena homenagem a um personagem que acompanha a nossa luta e torce pela nossa vitória. Trata-se do Billy o tapioqueiro da UECE.
Billy é seu nome artístico. Ninguém o conhece pelo nome de batismo e ele prefere o pseudônimo. É nosso conterrâneo de Quixeramobim criado na fazendo do Sr. Benjamim Frutuoso, avô do arquiteto e compositor Fausto Nilo.
Com a morte  do sr. Nicolau, de saudosa memória, Billy é hoje o mais antigo dos pequenos comerciantes das passarelas da UECE-Itaperi. Da venda de tapiocas tira o sustento da família há mais de vinte anos. Tem três filhos. Um deles faz carreira na Marinha de Guerra, outro cursa direito em uma Universidade Federal em Mossoró e o terceiro ainda estuda e trabalha em Fortaleza.
Conhecemos o Billy quando no ano 2000, na condição de Pró-Reitor de Politicas Estudantis, éramos responsável pela administração dos pequenos negócios do Itaperi, incluindo lanchonetes, bancas, armarinho, xerox, etc. Na ocasião, para defende-los da invasão de concorrentes clandestinos, cadastramos a todos e fechamos as possibilidades de acesso aos novos interessados. Fizemos muitas reuniões. Ouvimos suas sugestões e atendemos, dentro do possível, suas reivindicações.

Igreja Matriz de Quixeramobim
No princípio de nossa administração houve certo temor da parte de permissionários e até da gente das passarelas. Algum intrigante de má índole pregou o boato que iríamos removê-los das passarelas e chegou ao exagero de afirmar que eles iriam ser localizados ao lado da lagoa. Procuramos o sr. Nicolau, um quixadaense de boa cepa, conversador e benquisto pela comunidade de professores e estudantes,  uma espécie de líder natural da categoria para investigar sobre o boato e desfazer a maldosa informação. Com ele conversamos longamente.
O circo que levava alegria para
 as cidades do interior
Mergulhamos no túnel do tempo e contamos um pouco da história de nossa infância.  Contamos da nossa origem humilde e que nossa avó materna, Ritinha, vendia bananas na Rua Visconde do Rio Branco, no Joaquim Távora para ajudar na renda familiar e formar a nossa mãe professora, somando alguns trocados aos parcos rendimentos de nosso avô, um humilde alfaiate. Contamos ainda que nossa avó paterna, Maria, botava uma banquinha de café, pão-de-ló, pé-de-moleque, grude, tapioca, bolo Souza Leão, bolo Luiz Felipe e outras deliciosas iguarias na praça da matriz nas festas
Ponte metálica de Quixeramobim
religiosas ou na área contígua aos circos que, vez por outra, acampavam em Quixeramobim, para adquirir uns poucos cobres que a ajudariam na sobrevivência.  Lá éramos tratados com privilégios e temíamos até que nossa voracidade comprometesse os pequenos lucros de nossa vovó. Essas imagens de infância nos impediam definitivamente de molestá-los. Nossa consciência incômoda e as lembranças de infância jamais permitiriam que praticássemos qualquer tipo de perseguição contra eles. Afinal nós éramos muito iguais. Tínhamos em comum a luta pela sobrevivência digna e honesta nas nossas origens, nos nossos ancestrais.
A nossa preleção os convenceu e fomos ganho para a causa nobre da defesa dos pequenos comerciantes que mourejam no Itaperi. Tivemos uma relação cordial e fraterna até o dia em que fomos exonerado da Pró-Reitoria por decisão soberana do Reitor Manassés. Nosso afastamento do cargo jamais alterou a relação afetuosa que perdura até hoje.
Aproximamo-nos do Billy nos idos de 2007 quando do início de nossa participação efetiva na luta pelo PISO SALARIAL. Ao lado de sua banca de tapiocas montamos o nosso “escritório”. O Billy providenciou uma carteira para nos sentarmos, na verdade uma velha carteira escolar salva por ele antes de ser deportada. E a cadeira, que ele assevera ser nossa, é guardada todas a noites, volta todos os dias e fica a nossa espera.É um privilégio ter uma cadeira lá no Billy. Mais importante que ter uma cadeira confortável em um gabinete refrigerado e atapetado nos antros onde poder praticas suas perversidades.
Lusco-fusco
Todas as tardes, no lusco-fusco, encontrávamos os colegas da tarde que iam saindo das salas de aula e esperávamos os colegas da noite para investir um dedo de prosa sobre o PISO SALARIAL. E foi ali o berço de nossa resistência. Naquele “escritório” improvisado germinaram algumas ideias que deram origem às mobilizações de 2007 e 2008, nossas saudosas reuniões no SINDESP. Ali a luta tomou novo ímpeto, ali nasceu a ideia do blog.
Entre os frequentadores do “escritório” podemos citar os professores Gerardo Barbosa, Manoel Azevedo e João Marques (Matemática), Átila Gondim e Fernando Furtado (Química), Francelino (Filosofia), Tadeu (Geografia), José Guedes (Serviço Social) e outros que eventualmente passavam por lá.  Hoje o grupo se dispersou por causa da aposentadoria de alguns. 
A cadeira que nos espera todos
os dias
Mas a cadeira continua lá, disponível. Que saudade!!!
Ganho para a nossa causa, Billy se tornou um grande torcedor. Sempre pergunta pelo PISO como se fosse um de nós. Mas ele é um de nós. Um grande torcedor, mais interessado até que alguns substituídos. Quando demoramos a aparecer ele liga para o nosso celular preocupado com a nossa saúde.
Pelo menos uma vez por semana visitamos a UECE, conversamos com as mangueiras, matamos as saudades de um ledo tempo de tantas esperanças de melhores dias  e vamos ver o Billy porque ir à UECE e não ver o Billy é como "ir a Roma e não ver o papa".
Torce por nós Billy que a coisa vai melhorar.

Esta é a homenagem que devíamos ao Billy, o torcedor, testemunha ocular da história de nossa resistência, um simples, um justo, um bom.
Nossas estatísticas apuradas as 15:15 h

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Agradecemos as visitas. Continuem acessando o blog. Estamos antenados.


Noctívagos é hora de descansar o esqueleto. Já estamos em um novo dia. Bom dia!!!
Fiquemos agora com a boa música de Paulo Soledade na interpretação de Emílio Santiago.


2 comentários:

Anônimo disse...

Grande Billy, justa homenagem. Parabéns Telmo e obrigado pela amizade.
Prof Tarcísio Holanda

PROF. GUERRA disse...

PARABÉNS TELMO, POR ESSA BELÍSSIMA HOMENAGEM AO NOSSO QUERIDO BILLY. EU CONTINUO SEMANALMENTE COM ESSE CONTATO COM O BILLY. DOU AULAS À NOITE NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL QUE FUNCIONA NO BLOCO I, BEM DEFRONTE A TAPIOCARIA DO BILLY. SEMPRE PERGUNTO A ELE POR VOCÊ, SEMPRE. ALÍ EU LANCHO, SENTO-ME NA FAMOSA CADEIRA, COMPRO TAPIOCAS DE CARNE DE SOL E DISTRIBUO COM A PEQUENA MATILHA QUE SE AGLOMERA NA ÁREA, DEVIDO A MINHA CONDIÇÃO DE PROFESSOR DA MARINHA, SEMPRE CONVERSO COM ELE SOBRE O SEU FILHO FUZILEIRO NAVAL. TAMBÉM SEMPRE ME ENCONTRAVA COM VOCÊ NESSE 'POINT' E LEMBRO QUE ALI TAMBÉM, SEU FILHO CHEGOU A TIRAR ALGUMAS FOTOS NOSSAS. POR ISSO QUE O SEU PEQUENO ARTIGO SOBRE O BILLY ME CHAMOU A ATENÇÃO. MAIS UMA VEZ PARABÉNS PELA INICIATIVA. ABRAÇOS. PROF. ANTONIO GUERRA