EDIÇÃO DE HOJE, QUARTA-FEIRA, DIA 11 DE ABRIL DE 2018
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
PROPOSTA DE ACORDO: NOTA DE ESCLARECIMENTO
Quando alguém fala em acordo nos vem a lembrança do flautista de Hamelin já narrada neste
blog há algum tempo no dia 24 de fevereiro de 2008 e reproduzida no dia
18 de março de 2012 e que não vamos repetir.
A respeito de material
divulgado através de whatsapp sobre a possibilidade de um acordo com o governo
do estado, cabe-nos informar:
1. A proposta agora defendida
por alguns substituídos e levada à consideração da PGE foi apresentada em
assembleia geral do dia 11 de janeiro de 2018 e obteve exatos 19 votos (23%)
contra 65 votos (77%) da proposta vencedora que preservava a essência da lei e
do projeto que instituíram o PISO SALARIAL da categoria.
2. Após a assembleia geral
realizada naquela data estivemos com o Desembargador Parente três vezes,
entregamos cópia da ata registrada em cartório e tratamos sobre a
negociação.
3. Nesse meio tempo estivemos
com o secretário da Casa Civil do governo do Estado tratando sobre a
negociação.
4. Mantivemos também contato
com um assessor da SEPLAG enviando por escrito um memorial para ser entregue ao
titular da pasta.
5. Estivemos com os
procuradores Dr. Régis e Dr. Érlon e além de solicitar as fichas
financeiras, conversamos abertamente sobre a negociação, entregamos a ata da
assembleia de 11 de janeiro de 2018 e uma ata de assembleia realizada em 2008
que poderia servir de subsídio para uma segunda proposta da PGE.
6. Só depois de todas essas
iniciativas estivemos com o desembargador Parente que concordou em devolver o processo
para a 1ª. Turma.
7. Não procedem portanto as
informações segundo às quais não tínhamos tomado as providências cabíveis após
a assembleia geral de janeiro.
8. Ocorre que quem não se
manifestou foi a PGE embora o Dr. Regis tenha nos afirmado que poderia melhorar
um pouco mais a proposta.
9. Não podíamos esperar
indefinidamente por uma resposta do governo e muitos companheiros e
companheiras nos cobravam a continuidade da execução e a volta dos bloqueios.
10. Quanto às fichas financeiras, estão prontas e salvas em HD
adquirido pelo SINDESP, mas não nos foram entregues porque exigiram a retirada
do processo da pauta da 1ª Turma e não concordamos.
11. Todos os dias recebemos nos
celulares e nos telefones do SINDESP algumas ligações com pedidos de
esclarecimentos de colegas que atravessam dificuldades enormes, principalmente
pensionistas que jamais foram contempladas com as diferenças obtidas através de
bloqueios.
12. Na última conversa mantida
com o Desembargador Parente não descartamos a retomada da negociação e ficou claro
que ela poderia ser reiniciada a qualquer momento.
13. Continuamos com a
disposição de negociar, mas precisamos auscultar a categoria promovendo uma
grande ASSEMBLEIA com a participação de colegas da URCA, da UVA e da UECE para
legitimar qualquer proposta que for apresentada formalmente ao governo do
Estado.
14. Para viabilizar a
participação efetiva do maior número de colegas nos propomos a realizar
assembleias em Crato e Sobral no menor espaço de tempo possível.
15. Não somos refratário ao
acordo. Só queremos melhorar suas condições visando os interesses coletivos, os
interesses da maioria.
16. Temos plena consciência de
nossas dificuldades para enfrentar por mais tempo essa chicana sádica que está
nos levando da descrença ao desespero.
17. O tempo conspira contra nós
que já perdemos ao longo do tempo mais de trezentos companheiros e companheiras
e, como é do conhecimento de todos, tem fragilizado boa parte da categoria.
18. Assim sendo, em termos
práticos, estaremos nos reunindo com a advogada e com a Diretoria do SINDESP e
a partir de sexta-feira estaremos informando as providências que serão tomadas.
19. Da nossa parte não haverá
nenhuma iniciativa de acordo que não seja discutida e aprovada em Assembleia Geral
da categoria.
Gilberto Telmo Sidney Marques
Observem a ata da Assembleia Geral do dia 11.01.2018, registrada em cartório e entregue ao Desembargador Antonio Parente.
Temos duas observações a fazer:
1. Quanto ao acréscimo de uma diferença que eleve os salários de todos, independente de classe e de titulação, se for implantado como VPNI será não apenas congelada, mas será corroída a cada reajuste concedido pelo governo até sua extinção total, conforme nos afirmou o procurador geral adjunto Dr. Regis em audiência que mantivemos com ele no dia 02 de março de 2018 e já documentada nesse blog.
2. Quanto aos precatórios, os R$ 60.000,00 ( sessenta mil reais) além de irrisórios para a conclusão de uma luta de mais de trinta anos, não seriam pagos no exercício de 2018. Precatórios só podem ser saldados quando incluídos no orçamento através de mensagem que será votada pela assembleia legislativa até o final de junho para ser liberado no exercício seguinte. E ninguém garante que será pago em parcela única.
2 comentários:
Queremos saber se a execução vai continuar...
CONSELHO
Hugo Martins
Há algum tempo, fui presenteado por uma amiga com um volume de autoria do teórico argentino Raul Castagnino, intitulado ANÁLISE LITERÁRIA, assunto de minha especial predileção por dizer respeito ao meu ofício de professor, como também em muito me auxiliar no estudo de assuntos de cunho literário...
Encantou-me o oferecimento, que assim dizia: Hugo, “alguém já disse que um livro aberto é um cérebro que fala: fechado, um amigo que espera; esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora.”
Disse tudo. Por isso, meu amor pelos livros, minha convivência apaixonada com eles é coisa imorredoura. Onde estou; aonde eu vou, um deles é sempre meu par, além de servir para afugentar toda sorte de toleirões, néscios, pacóvios, patetas e paspalhões e outros da mesma fauna.
Outro dia bateu-me à porta uma senhora muito parecida com uma personagem de Monteiro Lobato, no conto Negrinha, uma tal Dona Inácia, cuja silhueta e andar lembrava uma enorme pata conforme diz o criador de Jeca Tatu. Aliás, veio-me pedir emprestado um livro de Lobato, atinente à chamada literatura infanto-infantil. O volume constava de três livros: Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho e Histórias de Tia Nastácia... Vez por outra, perguntava-lhe sobre o conteúdo de algum dos livros, ela desconversava e nada dizia. Ao fim de três meses, perguntei-lhe se havia gostado das Fábulas de Esopo recontadas pela mucama... Referi-me àas várias historietas envolvendo o lobo, oo o leão ou a lebre e outros animais utilizados pelos fabulista para educar os homens, como dizia o francês Jean de la Fontaine. Ela disse possuir uma memória fraca e não costuma lembrar conteúdos de histórias. E ainda me perguntou que dia os vinham a ser fábulas...
Um dia, foi à minha porta dizer-me que não mais me devolveria o volume porque o cupim o havia devorado... Fiz ver a ela que a obra infanto-juvenil de Lobato, que eu possuo, ia ficar desfalcada. Faz quatro meses que me prometeu devolver, embora com outra feição gráfica, os livros... Estou à espera... Parece que a memória dela é realmente muito fraca.
Lembrou-me Anatole France, escritor francês e crítico mordaz da desfaçatez humana que, no leito de morte, deixou uma sábia observação ao filho, dizendo: além de sua formação, deixo-lhe esta biblioteca com 15 mil volumes... E um conselho: “NÃO EMPRESTE NENHUM DELES; ESTA BIBLIOTECA FOI FEITA TOTALMENTE DE LIVROS EMPRESTADOS...”
Queremos saber se a execução vai continuar...
CONSELHO
Hugo Martins
Há algum tempo, fui presenteado por uma amiga com um volume de autoria do teórico argentino Raul Castagnino, intitulado ANÁLISE LITERÁRIA, assunto de minha especial predileção por dizer respeito ao meu ofício de professor, como também em muito me auxiliar no estudo de assuntos de cunho literário...
Encantou-me o oferecimento, que assim dizia: Hugo, “alguém já disse que um livro aberto é um cérebro que fala: fechado, um amigo que espera; esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora.”
Disse tudo. Por isso, meu amor pelos livros, minha convivência apaixonada com eles é coisa imorredoura. Onde estou; aonde eu vou, um deles é sempre meu par, além de servir para afugentar toda sorte de toleirões, néscios, pacóvios, patetas e paspalhões e outros da mesma fauna.
Outro dia bateu-me à porta uma senhora muito parecida com uma personagem de Monteiro Lobato, no conto Negrinha, uma tal Dona Inácia, cuja silhueta e andar lembrava uma enorme pata conforme diz o criador de Jeca Tatu. Aliás, veio-me pedir emprestado um livro de Lobato, atinente à chamada literatura infanto-infantil. O volume constava de três livros: Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho e Histórias de Tia Nastácia... Vez por outra, perguntava-lhe sobre o conteúdo de algum dos livros, ela desconversava e nada dizia. Ao fim de três meses, perguntei-lhe se havia gostado das Fábulas de Esopo recontadas pela mucama... Referi-me àas várias historietas envolvendo o lobo, oo o leão ou a lebre e outros animais utilizados pelos fabulista para educar os homens, como dizia o francês Jean de la Fontaine. Ela disse possuir uma memória fraca e não costuma lembrar conteúdos de histórias. E ainda me perguntou que dia os vinham a ser fábulas...
Um dia, foi à minha porta dizer-me que não mais me devolveria o volume porque o cupim o havia devorado... Fiz ver a ela que a obra infanto-juvenil de Lobato, que eu possuo, ia ficar desfalcada. Faz quatro meses que me prometeu devolver, embora com outra feição gráfica, os livros... Estou à espera... Parece que a memória dela é realmente muito fraca.
Lembrou-me Anatole France, escritor francês e crítico mordaz da desfaçatez humana que, no leito de morte, deixou uma sábia observação ao filho, dizendo: além de sua formação, deixo-lhe esta biblioteca com 15 mil volumes... E um conselho: “NÃO EMPRESTE NENHUM DELES; ESTA BIBLIOTECA FOI FEITA TOTALMENTE DE LIVROS EMPRESTADOS...”
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