EDIÇÃO NOTURNA DE HOJE, quinta feira, dia 25 de outubro de 2007
Quando a verdade for chama
nos olhos da multidão
o que em nós é palavra,
no povo será ação
(Thiago de Mello)
Caríssimos amigos, caríssimas amigas
Amanhã teremos a nossa reunião semanal. Com certeza teremos novidades. Durante a semana algumas providências foram encaminhadas.
Não estamos parados nem acomodados. É verdade que durante a reunião de sexta a má noticia da liminar concedida na segunda instância conseguiu entristecer alguns companheiros e algumas companheiras. A reação foi de decepção. Mas, não semeou o descrédito.
Adia a implantação, mas não tem o poder de anular uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Estamos no estado democrático de direito.
O governo faz alarde quanto à repercussão financeira da implantação porque não quer conhecer a realidade. Na UECE o número real de substituídos (os que têm direito à implantação do PISO) não chega a 800. Ao longo de 20 anos muitos colegas sairam para o doutorado e se exoneraram da UECE. Foram para a UFC ou para outras IES que pagavam melhor. Alguns faleceram e não deixaram pensionistas. Outros se retiraram da ação, por imposição do governador da época, para garantirem a nomeação para algum cargo comissionado. A SEPLAG detém todas estas informações e faz questão de escondê-las para superestimar o impacto gerado pela implantação do PISO.
As vezes, em um assomo de cinismo, alegam que vamos "quebrar o estado". Conversa fiada!!! Os empréstimos vultosos concedidos, através do BEC, a empresas fantasmas que nunca efetivamente se instalaram no Ceará, são muito mais significativos e nunca quebraram o estado. Lembremos só o caso da GURGEL que construiu um galpão na BR-116, em frente ao posto da Secretaria da Fazenda, e nunca montou nem um carrinho de mão.
Podemos perguntar e temos o direito de saber: o que foi feito do dinheiro arrecadado com a venda do BEC e com a venda da COELCE?
Queremos um salário digno. Outras categorias vinculadas ao estado não obedecem o teto estadual. Por que os professores das Universidades Estaduais não podem ser bem remunerados?
Discriminação! Pura discriminação! Obscurantismo medieval!
Nós temos segurado nos ombros essas Universidades esquecidas e abandonadas por sucessivos governos. Temos trabalhado duro. Merecemos uma remuneração justa a altura de nossas necessidades para uma vida digna.
Não temos cartões corporativos. Não temos mordomias. Não temos casa e comida às custas do erário. Boa parte de nosso salário é subtraida pelo imposto de renda (renda?) cujo retorno não se faz sentir nas nossas vidas e por uma previdência(previdência?) que não funciona para assistência médica obrigando-nos a pagar planos saúde caros para nós e nossos familares.
Que governo é esse, que desacata as determinações judiciais e usa subterfúgios para praticar abertamente o calote e humilhar os professores das universidades públicas do estado sonegando o salário que lhes é de direito?
Cabe-nos uma reflexão e mais que isso muita ação. Vamos reagir. Unidos e organizados seremos imbatíveis. Não podemos recuar. Vamos lutar até o fim, denunciando as arbritariedades do governo na sala de aula, no nosso convívio social, nos organismos nacionais e internacionais de direitos humanos.
OUSAR LUTAR! OUSAR VENCER! VENCEREMOS!!!
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