JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

sábado, 1 de dezembro de 2007

REPERCUSSÃO DO ARTIGO DO PROF. MOURÃO


EDIÇÃO DE HOJE, sábado, dia 01 de dezembro de 2007
Vamos reproduzir abaixo comentários feitos por colegas professores da UECE.

comentário 1
Muito bem lembrado professor Mourão. As Universidades Estaduais do Ceará poderiam ser a Ponta de Lança da Inteligenzia e da Cultura para o Brasil e para o Mundo, como o disse o Professor Eduardo Braga em Audiência Pública na Assembléia Legislativa. A visão estadista das autoridades poderia preparar essa missão libertadora da nossa juventude. No entanto, as autoridades do legislativo, judiciário e executivo não estão muito atentas a potência da UECE. Durante vários anos com verbas do PNUD das Nações Unidas e respaldo de Convênio com a Universidade de Québec,a UECE realizou Programas Aperfeiçoamento Gerencial e Técnico para funcionários do Estado

É bem verdade que o atual chefe do executivo recebeu uma Dívida Trabalhista de 20 anos de desgoverno social no Ceará, que a custo de sua honra pessoal e sobrevivência política, procura prorrogar para o ano de 2008. Pela prorrogação da Reimplantação do Piso Salarial, o Estado estaria dando um calote de 12 meses de folha da UECE no valor de 3,7 milhões de reais por mês. Sugerimos aos empresários da Indústria e do Comércio do Estado, com dívidas trabalhistas, que contratem a Consultoria Jurídica dos procuradores do Estado e a Consultoria Gerencial dos secretários do Governo para poderem diminuir seus custos trabalhistas de final de ano e valorizar suas ações no mercado. O procurador e a secretária estão conseguindo estender esse calote desde 15 de setembro de 2007, data da Ordem de Execução driblada por essas feras de competência em consultoria.

Professor Mourão, a falta de visão da missão da universidade na sociedade cearense parece que se alia à falta de visão de estadista para um governo que em troca de uma diminuição temporária de custos, arrisca perder sua moralidade civil ao impedir o cumprimento de Ordem do Supremo Tribunal Federal. Perde a Universidade porque continua sendo tratada com descaso, perde a sociedade que poderia ter a sua disposição profissionais motivados, perde a atual administração que talvez repita a não administração do Ensino Superior de seus antecessores.

Alberto Dias Gadanha
comentário 2
Professor Mourão, concordo com sua opinião e aproveito para destacar a angústia de uma mãe que necessita para seus filhos uma educação superior pública de qualidade. Os srs deputados Moésio Loiola e Teodoro em suas falas no plenário AL, não tiveram a coragem de se pronunciar como representantes da educação superior do capitalismo privado ao sugerirem que as universidades públicas estaduais fossem federalizadas. Sabemos que seus interesses visam a privatização do ensino superior, o que já está acontecendo com a UVA que pertence ao sr Teodoro. Entende-se por que o nobre deputado Teodoro não luta pela federalização da UVA, pois ela já se encontra em quase sua totalidade privatizada e o pior às custas de uma camada da sociedade que vive em situação financeira bastante dificíl que muitas vezes não tem como pagar e fica mais endividada com empréstimo e por ai vai. Na outra ponta se encontra o governo do Estado com seus serviçais burlando o cumprimento de uma ordem do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A sra Silvana Parente na sua fala na audiência pública na AL comentou que tudo era por causa do "vil metal". E pergunto quem está tentando reter em seus cofres esse vil metal que nesse caso do STF pertence aos professores das universidades públicas estaduais?

Não se pode fazer de conta que se administra, nem se pode jurar perante toda uma sociedade, que vai cumprir a constituição se nos primeiros meses, ao receber uma ordem do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, numa ação transitada em julgado, o próprio governador rasga essa constituição desrespeitando a Corte Suprema da Justiça da Nação. O governador desrespeita a sociedade para a qual ele se comprometeu administrar ao impedir que os professores recebam o que ganharam de volta, aquilo que lhes foi tirado durante 20 anos, o seu piso salarial. Sem a valorização das universidades públicas, nós da sociedade estaremos sempre à margem do conhecimento e à mercê da exploração do ensino público pelas mãos dos capitalistas selvagens de plantão que fazem da educação mais um negócio, mais uma forma de aumentarem seus lucros.

Professor Mourão, num Estado tão pobre, como relataram os nobres deputados, citados acima, não se pode aceitar mais um gasto de tal magnitude para mais uma universidade quando já temos os espaços físicos e os recursos humanos das nossas universidades estaduais. Quero que meus filhos tenham o direito de terem um ensino de qualidade com professores também de qualidade, não os criei para serem medíocres e sim para serem homens de respeito e dignidade, por isso espero que se faça algo para diminuir tantos desatinos e desgovernos de nossos poderes legislativo, judiciário e executivo.
Ana Maria Cordeiro Teixeira

comentário 3
Prezado prof. Mourão:
O que causa espécie é que a sra. Silvana Parente, titular da SEPLAG, alegando razões técnicas, solicitou um prazo até o dia 15 de outubro de 2007 à Mma. Juiza da quarta vara da Justiça do Trabalho, para reimplantar o PISO SALARIAL dos professores da UECE, UVA e URCA que lhes foi subtraido desde 1987 por um governador cujo nome a categoria se recusa a pronunciar. Pois bem, o pedido, concedido pela justiça, era apenas para ganhar tempo. Não cumpriu a decisão judicial. A Mma. juiza determinou o sequestro de recursos para a execução. Durante 3 dias, sem nenhum amparo legal, a ordem judicial foi descumprida e uma decisão do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL foi ignorada por aquela serviçal do governo sob inspiração da PGE. Em petição esdrúxula, sem fundamentação e sem denominação no glossário jurídico, enviada ao TRT, o subprocurador do estado, pediu a suspensão da execução da reimplantação do PISO. Foi concedida uma medida liminar. A execução foi suspensa. O recurso sequestrado foi devolvido aos cofres do estado. Mas, caro prof. Mourão, isso foi há mais de um mês. Até agora não há previsão para o julgamento da tal petição no pleno do TRT. Enquanto isso, uma ação que durou mais de quinze anos, ganha em todas as instâncias, está sendo procrastinada e adormecida em uma gaveta. A quem recorrer? É hora de por a boca no trombone, no microfone e no megafone. Vamos a luta. Não podemos contemporizar com com essa indiferença.

A questão PISO SALARIAL é luta de nossas vidas. Vamos vencê-la definitivamente!!!
Gilberto Telmo Sidney Marques
____________________

E você, caro(a) professor(a):

Vai ficar calado(a) esperando em casa um telefonema avisando sobre a reimplantação do PISO?
Mexa-se! Lute! Não fique aí parado!
Bote a boca no megafone, no microfone ou no trombone. Faça alguma coisa!

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma anti-lição de democracia e cidadania: um exemplo que não deve ser seguido
Apesar de ter a compreensão histórica que a arrogância colonial está infiltrada no sangue dos nossos governantes, torcia, embora um tanto descrédula, que o Governo do Estado do Ceará respeitasse uma decisão tramitada e julgada o mérito pelo Supremo Tribunal Federal. Isto porque aprendi nos bancos escolares da democracia republicana que o governo é composto por três poderes independentes entre si: executivo, judiciário, legislativo.Além do mais, aprendi também que a cidadania incorpora três dimensões: civil, política e social. E que o direito à justiça é um direito constitucional sagrado.
Pois bem,na condição de professora estou vivendo um dilema intelectual e existêncial,não sei mais dizer para os meus alunos qual é o regime constitucional que ampara as decisões do Governo do Estado do Ceará, haja vista que o mesmo desrespeitou frontalmente a uma decisaõ do STF.O que estou assistindo é um verdadeiro espetáculo de violência,à luz do dia, ao Estado de Direito Democrático por parte dos poderes locais vigentes. O Brasil todo precisa tomar conhecimento desse fato para não correr o risco, no futuro, de ver o retorno de antigos regimes ditatoriais. Seria um retrocesso histórico sem precedentes.O cidadão cearense está hoje de luto, órfão da justiça e refém da tirania despudorada dos seus gestores. Os professores das universidades públicas estaduais estão acuados,sob a mira de governantes autoritários e prepotentes. Felizmente naõ estamos mortos. E é com o triunfo da vida que estamos lutando, reivindicando para que nossos direitos constitucionais sejam restabelecidos. Resta ainda para o conjunto de professores a tarefa de ensinar para nossos alunos que essa "lição"de força e desreipeito às leis vigentes do país não deve ser seguida. Isso não é comportamento de um cidadão civilizado, e sim dos Fernandinhos Beira Mar da vida.O exemplo que está sendo dado pelo governo é uma anti-lição democrática, é uma anti-lição de cidadania.
Sandra Melo