Caríssimos amigos, caríssimas amigas
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguem bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
(O dia da criação - Vinicius de Morais)
Recebemos do colega e amigo Alberto Vitor Ferreira Cintra:
O Governo do Estado do Ceará continua a procrastinar (delongar, demorar, adiar...) a reimplantação dos salários reais dos professores da UECE.
De uma vez contraria dois princípios democrático-jurídicos: irredutibilidade de alimentos (salários) e desobediência a uma decisão da Suprema Corte de Justiça do país (STF).
Conseguiu, desse modo, entristecer e desanimar os vivos que sustentam a base intelectual da Universidade e desamparar as famílias dos 118 mortos pelo caminho da insensatez (oposto à razão) e desídia (inércia mental) governamentais.
Governantes que se anunciam como inquilinos do mal!
É isso aí caro Alberto Vitor. Ainda há entre nós quem acredite nele (no governo). Ultimamente, em relação o PISO SALARIAL, o governo e seus prepostos (ou seriam lacaios?) andam falando os mais absurdos disparates (veja a redundância proposital). Não temos o "privilegiado" acesso ao governo. Às vezes ele finge ignorar a questão PISO SALARIAL, portando-se como avestruz, enfiando a cabeça no buraco para não ver o que acontece no seu entorno. Outras vezes faz algumas manifestações incoerentes. Vejamos algumas dessas pérolas:
"O Piso salarial é inconstitucional" - governador Cid Gomes em entrevista ao repórter Egidio Serpa em um canal de televisão local
"O governador nunca tratou comigo sobre piso salarial" secretário René Barreira, da Ciência e Tecnologia , a um diretor de Centro da UECE, por ocasião do lançamento de um livro do Ministro Ubiratan Aguiar.
"Vocês ganharam a questão, mas eu tenho uma dúvida" - Dr. Fernando Antônio Costa de Oliveira em audiência conosco ( e ainda com o Prof. Fernandes, a profa. Sandra Melo e o prof. William no dia 20/09/2007)
"Eu não conheço o processo" Dr. Fernando Antônio Costa de Oliveira - na mesma ocasião
"Vou lutar até o fim (contra o pagamento do piso)" idem
"O governo vai pagar aquilo que a justiça determinar" Dra. Silvana Parente, titular da SEPLAG em entrevista ao vivo na TV o POVO quando interrogada pelo entrevistador. Estava presente o prof. Boaventura e nós fomos barrado na entrada do estúdio.
"Só quem tem direito ao PISO são os professores da UVA e da URCA" - teria dito o governador Cid Gomes no Cariri - esta nós não temos como provar
"Vou estender o Piso Salarial a todos os professores da UECE" - teria dito o governador Cid Gomes na última reunião que teve com professores da UECE.
QUANTA BOBAGEM ESSES CALOTEIROS PROPAGAM POR AÍ. ACREDITAM ELES ESTAR LIDANDO COM UMA CATEGORIA DE ZUMBIS, DESPROVIDOS DE QUALQUER TRAÇO DE INTELIGÊNCIA.
VAMOS DESTACAR ALGUMAS DESSAS "PÉROLAS" :"
"O Piso salarial é inconstitucional" - ora, sr governador, todas as instâncias da Justiça do Trabalho e o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL se detiveram cuidadosa e demoradamente durante quinze anos (1992-2007) nos autos dos processos (ADIN do Tasso, ação do SINDESP, Rescisória do Tasso) e não viram isso. A seu julgamento, excelência, juízes, desembargadores e ministros compõem uma grande legião de míopes e incompetentes. Só o sr., excelência, enxergou essas filigranas. Parabéns pela sua perspicácia, pela sua competência jurídica e pela sua lucidez. O sr. descobriu a pólvora. Merece ser presidente do Supremo Tribunal Federal quando cansar da política.
"Eu não conheço o processo" - Dr. Fernando quem é que da PGE conhece realmente o processo? O sr. não é funcionário de carreira e nem especializado em questões trabalhistas, possivelmente. É compreensível que não conheça o processo. Mas, se alguém aí, como por exemplo o Procurador-Geral Adjunto
Francisco Antonio Nogueira Bezerra e o Procurador Assistente João Regis Nogueira Matias, conhecesse o processo e não sofresse de amnésia, aconselharia a V. Sa. a desistir dessas manobras. O que nos parece é que o sr. não se contenta em apenas fazer o trabalho na área jurídica. Faz o trabalho "diplomático" da defesa do indefensável. Tem sido tema recorrente dessa PGE afirmar que a justiça do trabalho não é competente para julgar nossa ação porque não somos mais celetistas. Onde está escrito isso? Quem foi que fez a última manifestação no processo?
Foi o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - ponto de convergência final de todas as instâncias sejam da justiça comum ou do trabalho (ação transitada em julgado em 01 de fevereiro de 2007 - há mais de um ano portanto. Que absurdo!!! Se fosse contra nós já estaria liquidada)
Ninguém na PGE tem convicção do que está fazendo ou escrevendo. Nem dúvidas quanto ao processo. Com sua sapiência jurídica, que não podemos negar, todos têm absoluta certeza que o governo ao qual servem, perdeu definitivamente. Estão violentando suas próprias consciências e comprando um desgaste desnecessário e inconseqüente. É dever de todo devedor assumir a dívida e pagar.
Estão agindo de ofício porque, do alto de sua vaidade, querem impor a rendição da categoria, pelo cansaço e pelo desespero, para agradar o governo e garantir prestígio e seus cargos. É SADISMO PURO.
Quanto vai custar essa ação para o governo? Vai pagar um preço extremamente alto por conta de sua teimosia.Toda ação tem um custo.
E a chamada sucumbência? (clique no link para saber o que é). Querem deixar mais barato com um sofisma de que a sentença só vale até 1990. Sentença cumprida pela metade é afronta ao Supremo Tribunal Federal. Mentira. Malandragem pura. Calote. Cinismo. Não podemos evitar que depositem dinheiro na nossa conta. Mas, não faremos nenhum acordo para abdicar da referência PISO e a ação prosseguirá.
Falta-lhes (ao governo e seus áulicos) decência, humildade e pudor. Estão afrontando trabalhadores qualificados a quem a sociedade cearense deve muito. Uma dívida impagável.
"O governo vai pagar aquilo que a justiça determinar" - É mesmo da. Silvana Parente? Verdade? O que estão esperando? Por que a Sra. descumpriu a decisão judicial da quarta vara no dia 15 de outubro de 2007? O pior é que a sra. agiu de má-fé, pedindo um prazo para implantar o PISO, alegando questões técnicas e aproveitou para ganhar tempo. A sra. não se envergonha disso? Acreditou na impunidade?
A justiça já determinou. O que a sra. está esperando agora para confeccionar as folhas de pagamento conforme a decisão do SUPREMO? As ordens do patrão governador ou uma intervenção no estado e uma multa pesada no seu salário?
Quanto à declaração em off do secretário de Ciência e Tecnologia, deixamos de comentar porque ele sempre mostrou indiferença quanto à nossa causa. É natural que não saiba nada porque não quer mesmo saber. Mas, se o governador não trata do assunto com o sr., evidencia um grande desprestígio. Não estaria na hora de pegar o boné e sair, excelência?
Isso tudo vai terminar. Não há mal que sempre dure. A nossa luta agora é para que o processo que corre no TRT seja julgado. Vamos lutar até o fim. Não é nosso fim. É o fim dos abusos. E a definitiva vitória da justiça passando como um trator sobre todos aqueles que, com manobras de todas as naturezas, torturam trabalhadores da educação e tripudiam sobre a memória dos nossos mortos. E a justiça será feita. De maneira plena e avassaladora.
Abaixo a prepotência. Paciência tem limites. Estamos reagindo. Exigimos respeito!!!
O amanhã virá e amanhã será um novo dia!!!
“Podem arrancar uma flor, muitas flores, mas não deterão a chegada da primavera.” (Extraído do livro Os Carbonários: memórias da guerrilha perdida. São Paulo, Global Editora, 1980, 3ª edição, p. 85-86.)
Na próxima postagem estaremos publicando, ainda hoje, a abordagem feita ao preposto do governo na Assembléia Legislativa, sr. Nelson Martins no hall do auditório da UECE.
Obs. deixaremos de publicar todos os comentários que possuam no seu texto qualquer referência à eleição para reitor da UECE, para evitar ilações e especulações.
Um comentário:
Professor Telmo, senti n'alma a sua indignação que também é a minha e de tantos outros que estão a padecer com todas essas manobras, levando a muitos a perderem sua paz e sua saúde. A indignação que nos é causada pelo sadismo, pelos sofismas absurdos do governo e de seus prepostos,no tratamento dado aos professores neste governo autocrático.
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