EDIÇÃO VESPERTINA DE HOJE, DOMINGO, DIA 08 DE JUNHO DE 2008
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Nos documentos aqui publicados estão a lei e o decreto que criaram o PISO SALARIAL e que o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL considerou constitucional. Estão publicados na íntegra e com muita nitidez para os incrédulos. Para ampliá-los é só passar o mouse sobre eles e preossionar.
Queridos amigos, queridas amigas
Estamos vivenciando um momento crucial. Percorremos até aqui um longo e sinuoso caminho ao longo dos últimos 22 anos. A história do PISO SALARIAL é uma história de muitos vilões. À margem da estrada já ficaram 168 companheiros que, quase nada legaram aos seus familiares, além da esperança de que a justiça pudesse algum dia se impor de forma altiva resgatando-les a dignidade subtraida pela ação torpe e truculenta de um e de vários governantes desprovidos de ética e de sensibilidade.
A tática do atual governo é a de criar o fato consumado. Impôs a toque de caixa um PCCV cujas implicações os atores do PISO SALARIAL desconhecem. Concede-lhes, como um grande favor, um prazo de 30 dias para a aceitação mas, ao mesmo tempo, ameaça com a retirada do abono para quem optar pela exclusão.
Acena com um "acordo". É nesse ponto que devemos nos deter um pouco.
Maior parte dos atores processo PISO SALARIAL já passou dos cinqüenta anos. Não nos cumpre aqui fazer juizo de valor de qualquer companheiro mas, alguns parecem que, por conta da ansiedade, estão sendo envolvidos por uma aura de ingenuidade.
Cabe uma interrogação: se o governo está tão seguro que a sua "tese" é verdadeira e que pode procrastinar ainda mais a reimplantação do PISO SALARIAL e até descumprí-la por que está propondo um acordo? O que diria Sherlock Holmes ao seu fiel escudeiro? - "Elementar, meu caro Watson".
Outra pergunta: por que o governo alargou a base salarial e reduziu drasticamente algumas gratificações nos seus percentuais?
Para a segunda pergunta temos uma resposta. O governo sabe que O PISO SALARIAL é uma realidade inscontestável. E mais ainda: as gratificações que incidem sobre a base salarial iriam elevar consideravelmente a composição salarial. É por esse motivo que reduziu as gratificações. Você não acha razoável esse raciocínio?
Ao longo da semana vamos tentar reunir informações que possar orientar nossos próximos passos para evitar que a categoria seja conduzida para o suicídio como aconteceu com os ratos que foram seduzidos pela música hipnótica do flautista de Hamelin. Quem quiser saber sobre a historinha do flautista de Hamelin é só clicar em qualquer dos verbetes Hamelin ou na figura do flautista. QUAL A RELAÇÃO ENTRE O PCCV E O PISO SALARIAL?
Há quem diga que não existe nenhuma relação. Mas, até agora ninguém, ninguém mesmo, tem absoluta segurança de que a nossa adesão não implica em renúncia ao PISO SALARIAL. Da mesma forma que uma sentença cristalina do Supremo Tribunal Federal é distorcida pela PGE, imagine-se então uma lei estadual gestada dentro da própria PGE. O PCCV não é nada mais nada menos que um nivelamento por baixo de salários entre antigos e novos professores da IES estaduais. Bom para os novos e nocivo para os antigos, justamente aqueles que ajudaram a construir e consolidar as IES e foram espoliados ao longo de 22 anos.
É nossa tarefa urgente tentar reunir informações seguras para orientar a categoria. Mas, a categoria não tem colaborado. Poucos comparecem às reuniões de sexta feira. Alguns, no seu comodismo se limitam a telefonar no sábado e no domingo intervindo no nosso merecido descanso semanal.
O pior é o que aconteceu na última reunião quando se formaram grupos fora do grupo principal, demonstrando indisciplina e perturbando os trabalhos. Que categoria é essa que nem na hora crucial se organiza para defender seus próprios interesses?
Pedimos encarecidamente aos pertubadores que respeitem a maioria. Estamos cansado e, depois de mais de um ano de reuniões e muito trabalho, não pretendemos aturar abusos e desrespeito. Nós não merecemos.
Mantenha-se informado para não ser lesado. No prejuízo já estamos há 22 anos. Agora vamos resistir mais um pouco para minimizá-lo. Ainda temos muito poder de fogo. Se não tivéssemos, o governo não estaria propondo negociação.
Veja na próxima postagem o que é a nova "armação" que estão querendo nos impingir: a ADPF do art. 102 da Constituição Federal.
Até lá.
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