EDIÇÃO DE HOJE, QUARTA FEIRA, DIA 17 DE SETEMBRO DE 2008

QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS

Recebemos as mensagens abaixo por e-mail.

1) Da nossa amiga profa. Coema do Centro de Humanidades:

Telmo, a questão que mais chama a minha atenção no momento é a priorização da folha dos médicos sobre a nossa.
Serão eles mais importantes que nós da educação? Talvez sejam, afinal a educação sempre foi posta em último lugar, mas a questão mais relevante é: quanto vale vale uma decisão do Supremo para o Governo do Estado?
Temos nos comportado bem. Não falamos nada para não atrapalharmos ou não zangarmos o nosso imperador. Ficaremos sempre calados? e a imprensa?
Coema

Querida Coema:

Na comparação com a categoria dos médicos vale salientar 3 aspectos que evidenciam algumas diferenças:

1) A categoria é organizada minimamente e pratica com muita decisão o corporativismo de sobrevivência. A nossa categoria é muito dividida. Tem dois sindicatos defendendo interesses antagônicos (veja o caso PCCV que um deles defende e que nos é danoso). Além disso, entre os que querem o PISO e o "acordo" com o governo não há unificação de esforços. Enquanto nós mantemos um blog para socializar as informações e garantir transparência nas ações, há pessoas que, isoladamente, se dirigem às instâncias da justiça, sem delegação de competência e sem conhecimento do processo para tentar intervir de maneira insolente nas decisões dos juízes, atrapalhando o trâmite, ao invés de ajudar. Outros se reunem em separado buscando fórmulas mágicas para equacionar o problema.

3) O terceiro fator é a ação determinada do sindicato da categoria do médicos que, estrategicamente, peitou o governo no período eleitoral. E o sindicato dos médicos tem muito maior poder de barganha que o nosso. A categoria poderia parar a qualquer momento e aumentar mais ainda o caos reinante no sitema de saúde. E quanto a nós? Podemos fazer o mesmo?

À imprensa nós já fomos com faixas, cartazes e banners. Fomos entrevistados e filmados pelo canal 22 (TV Diário) e pelo SBT. Estivemos na Assembléia Legislativa exibindo faixas e cartazes. Tivemos 3 minutos para denunciar a afronta do governo.

O que aconteceu?

Os canais (TV Diário e SBT) foram censurados e nada divulgaram. E, na hora em que começamos a falar na assembléia legislativa, nos tiraram do ar. É essa a imprensa que nós temos. Como resolver essa dificuldade? Pagando 8.000,00 reais por uma nota de meia lauda nos jornais locais. Quem banca?

Já propomos muitas iniciativas. Foram todas aprovadas. Quando buscamos os nomes das pessoas disponíveis para irmos ao Palácio Iracema, por exemplo, só uma meia dúzia se disponibilizou. Quem eram esses professores da meia dúzia? Os mesmos de sempre.

Não estamos cruzando os braços. Não podemos divulgar tudo o que estamos fazendo. Mas, estamos trabalhando e, sem alardes, dando passos seguros e conseqüentes na cobrança do cumprimento do "acordo".

Grande abraço

2)Do nosso amigo-irmão prof. José Guedes:

Caro Irmão,
Assim Telmo e um grupo de Companheiros dos melhores, a quem a proposta do Procurador Geral Fernando Oliveira (representando o Governador Cid), por ele integralmente mantida, foi pela vez primeira feita em setembro de 2007. Somente em dezembro vim a saber da existência do mesmo e da mesma(o grupo e a proposta) e, aceito pelos Colegas, venho a integrá-lo desde então, como um leal soldado-bombeiro a mais.
Agora, "e agora? José".
Acredito que agora, até como humana homenagem aos 204 que sucumbiram em meio à Caminhada, é trabalharmos honesta e claramente pela concretização do Acordo, cujos maiores beneficiários serão, de fato, as gerações futuras deste nosso Querido Torrão! Que "ao Rei só não demos a nossa honra".
José

José Guedes de Campos BarrosOAB.Ce. 1528

Querido amigo Zé Guedes, colega do Colégio Cearense de tantos anos...

Você tem sido mais que um soldado-bombeiro. Ao longo desses meses de nosso reencontro, tem sido nosso guia. Exemplo de cordialidade, solidariedade e muita generosidade. Ante a incompreensão de muitos você tem sido um moderador mercê de suas qualidades de "bombeiro". Quando o desânimo quer se apoderar de mim eu recorro a você para retroalimentar minha disposição de luta. E aí me fortaleço e prossigo. Tenho aprendido muito com você, meu velho.

Só não concordo é que se considere um mero soldado. Você, repito, é nosso guia.

Grande e fraterno abraço.