EDIÇÃO DE HOJE, SEXTA FEIRA, DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2010 QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Publicamos nesta edição mais um texto produzido pelo nosso querido e imbatível amigo prof. Cajuaz. Degustem-no:
Dois pesos e duas medidas
Em entrevista ao Jornal da TV Globo no dia 3 de novembro do ano em curso, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, indagado sobre a cassação de um Senador da República decidida pelo Supremo por crime político – compra de votos – assim se expressou: “Não acredito que o Senado não execute a decisão do Supremo Tribunal Federal.
A sentença do Supremo aconteceu em outubro. Sua execução foi exigida de maneira ágil e pressurosa logo no começo de novembro.
Miguel Aidar já dizia que a execução é um nó górdio do sistema processual brasileiro. Depois de aguardar anos a sentença final, as partes têm que esperar outros tantos anos para ver a sentença executada. Por isso, a justiça tem que ser ágil pressurosa.
O Sindicato dos Professores do Ensino Superior do Ceará iniciou uma batalha judiciária, há vinte anos, em defesa dos seus sindicalizados, os professores da Universidade Estadual do Ceará – UECE – por um direito que lhes é devido, a implantação do piso salarial que lhes foi surripiado pelo então governador do Estado Tasso Jereissati.
O processo percorreu todas as instâncias da justiça terrena e em nenhuma delas foi derrotado. Chegou ao Supremo que prolatou a sentença: “Os professores da UECE têm direito a implantação do piso salarial, pois não há inconstitucionalidade nessa reivindicação.”
Transitado em julgado em 2007, ainda hoje os professores aguardam sua execução. São dois anos de espera. Por quê? Onde a agilidade da justiça?
No caso do Senado, foram dias. Por quê?
Por que não se faz justiça se até o Conselho Nacional de Justiça – CNJ – diz que “o Brasil faz Justiça.” Será uma propaganda enganosa? Não acredito!
Por que o Presidente do Supremo não diz a mesma coisa que disse ao Senado, ao Governo do Estado do Ceará: Não acredito que o Governo do Ceará não execute a decisão do Supremo. Isso é uma injustiça.
Rui Barbosa já dizia: “Justiça tardia não é justiça, é uma injustiça qualificada e manifesta”.
Platão afirmava que “O juiz não é nomeado não para fazer favores com a Justiça, mas para julgar segundo as leis”.
Marthin Luther King sentenciava que a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar.
William Disraeli afirmava que a justiça tardia é injustiça e Montesquieu: A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.
O que dizer quando a injustiça se faz a uma classe responsável pelo desenvolvimento de um país?
Não acredito que os membros do Supremo Tribunal desconheçam essas afirmações. Por isso, é uma exigência da justiça que se execute a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação aos professores da Universidade Estadual do Ceará.
FAÇAM COMO O PROF. CAJUAZ E COMO O DIEGO FONTENELE QUE MESMO DISTANTE, LÁ NO RIO GRANDE DO SUL SE MANIFESTA ATRAVÉS DO BLOG DO JOSIAS DE SOUZA DA FOLHA DE SÃO PAULO. VAMOS ACORDAR. A LUTA DO PISO SALARIAL NÃO É DE MEIA DÚZIA. É UMA LUTA DE TODOS!
[Gilberto Telmo] [http://pisosalarial.blogspot.com] [Fortaleza Ceará Brasil]
Prezado jornalista Josias de Souza Dirijo-me a você só para pedir desculpas por ter trocado seu nome pelo nome do jornalista Carlos Chagas. Já fiz a correção no nosso blog. Espero que não tenha se ofendido. Agradeço a divulgação de meu desabafo e também do blog http://pisosalarial.blogspot.com Cordialmente Gilberto Telmo Sidney Marques prof. Adjunto da Universidade Estadual do Ceará - UECE
2 comentários:
Prezado Prof. Gilberto Telmo e distintos colegas, com freqüência vimos toda vida que se fala na pendenga judicial que tem como atores o SINDESP e o Governo do Estado do Ceará, nossos honrados colegas se manifestam quase sempre como sendo a causa apenas dos titulados professores da UECE, quando os humildes, os desvalidos e quase sem representantes professores da UVA e da URCA estão no mesmíssimo barco. Ao fim e ao cabo desta infindável questão – que um dia há de ter fim- os professores universitários da rede estadual que à época subscreveram tal processo (e na época éramos todos e somente com a cizânia do nosso insepulto sindicato houve essa malfada separação que só serve pra nos desunir e nunca para nos agregar) têm os mesmos direitos e gozam das mesmas prerrogativas, inclusive os da nossa UECE! Acabemos, pois, com este bizarro preconceito. Célio Andrade, Prof. Ms. UVA.
Prezado amigo prof. Célio Andrade
Você tem absoluta razão quando se queixa de que às vezes os colegas só se referem à UECE quando tratam da questão PISO SALARIAL. Nós temos tido o cuidado de evitar essa falha de omissão quando é texto produzido por nós. No entanto é comum acontecer a omissão em alguns materiais que chegam ao blog seja como comentários ou artigos de origem anônima ou assinado por colegas. Vamos nos comprometer a corrigir os textos que forem enviados antes de sua publicação no blog, de agora em diante.
Por oportuno, estamos articulando uma grande reunião na quinta feira, dia 11 de novembro onde você desde já está sendo convidado. O local é o SINDESP e o horário é 9:00 h.
Sua presença é imprescindível.
Grande abraço
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