A LUTA PROSSEGUIRÁ ATÉ A PARADA TOTAL DOS MOTORES.

EDIÇÃO DE HOJE, TERÇA FEIRA, DIA 04 DE JANEIRO DE 2011

ANO V - EDIÇÃO 824

VISUALIZAÇÕES DESDE ABRIL DE 2007: 26.497 - VISUALIZAÇÕES EM DEZEMBRO DE 2010: 3575 VISUALIZAÇÕES ONTEM: 130. VISUALIZAÇÕES HOJE: 65 - ATUALIZADO EM 04.01.2011 ÀS 11:02 h

QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS

Neste início de ano, o ano V do blog PISO SALARIAL AGORA..., no ar desde abril de 2007, queremos reiterar, ante todos os nossos visitantes, o nosso compromisso com a verdade, com a luta pela afirmação da justiça e o resgate de nossa dignidade. Anima-nos a elevada audiência registrada pelos acessos que o blog tem mesmo em tempos de "calmaria". Vejam os dados estatísticos: Total de visualizações desde abril de 2007: 26.497. Visualizações no mês de dezembro: 3575, número impressionante para o período de recesso do STF.

São estes anônimos e numerosos companheiros que nos encorajam a prosseguir. Iremos, usando o lugar comum, "até as últimas consequências". Ou, como costumamos dizer, até a parada total dos (nossos) motores. Não haverá recuos. Não haverá qualquer tipo de concessão para aqueles a quem elegemos, em caráter definitivo como nossos inimigos, inimigos de nossa categoria. Não haverá a menor possibilidade de nos ajoelharmos diante daqueles que, ao arrepio da justiça, nos humilham e nos torturam. São inimigos de classe.

Embora não tenhamos recebido maiores comentários e a participação ativa na construção do blog seja limitada, sabemos que, através dele muitos companheiros se informam e, de certa forma, continuam cultivando a esperança de que algum dia a justiça se estabeleça, cessem as torturas que nos são impostas e que a felicidade da concretização de nossos sonhos de justiça nos envolva a todos. Só esperamos que não demore muito e que mais companheiros tombem nesta longa estrada.

Ano novo sempre significa um novo renascer de esperanças e a realimentação de sonhos. Neste final de ano estendemos, em mensagens singelas, nossos votos costumeiros de FELIZ NATAL e de um ano novo repleto de LUZ. Servimo-nos do artigo inspirado do querido amigo prof, Cajuaz para enviar nossa saudação natalina.

Na impossibilidade de abraçar a cada amigo e a cada amiga, telefonamos para alguns que nos acompanharam desde o início desta trajetória. Gostaríamos de ter telefonado para todos e até de ter visitado aqueles que, por razões de saúde, já não podem mais se locomover. Fica para todos o nosso abraço simbólico, apertado, caloroso.

Dirigimo-nos, de modo especial, aos aposentados. Àqueles que dedicaram toda a vida e o melhor seus esforços na construção das Universidades Estaduais do estado do Ceará que tantos e relevantes serviços têm prestado à comunidade cearense e do nosso país.

Aposentamo-nos prematuramente e isto nos angustia. Qualquer aposentadoria de professor é prematura. Mesmo quando o professor atinge a compulsória (ou como dizem alguns a "expulsória" . Toda aposentadoria de professor é prematura.

Ficar em casa com a"boca escancarada cheia de dentes (ou sem dentes, algumas vezes) esperando a morte chegar" como diria Raul Seixas, é muito deprimente. Experimentamos essa sensação de vazio. Por um imperativo de sobrevivência voltamos ao trabalho. Dois motivos nos levaram a trabalhar como " free lancer". A necessidade de ocupação e também as razões pecuniárias. Para manter este esqueleto de pé e o cérebro funcionando, gastamos mensalmente uma soma considerável de nossos parcos rendimentos.

Assim, temos voado até o Cariri para, além dos conhecimentos específicos de química e suas metodologias, partilharmos com os nossos alunos de lições de cidadania, despertar de consciências.

Iremos depois a Beberibe e a outros lugares onde nossa presença for requerida. Estamos vivo e ativo.

É assim que enfrentamos a vida na sua oitava casa, na sua fase crepuscular.

Mas, nem todos podem continuar na labuta por conta dos castigos que a vida acabou por lhes impor e as enfermidades acabaram por debilitá-los. Para a precarização de sua saúde contribuíram muito a falta de qualidade de vida na etapa mais difícil de suas trajetórias terrenas. E o grande responsável é o governo do estado do Ceará, caloteiro assumido, cínico, impiedoso.

Cento e noventa mortos já é um genocídio. GENOCÍDIO, este é o termo.

O governo aqui não é só o governador Cid Gomes, tão cruel quanto o ex-governador, banido da política, Tasso Jereissate. Da galeria de genocidas também fazem parte Cid Gomes e Lúcio Alcântara, este último um intelectual, um político de carreira.

Os tucanos e neo-tucanos guardam no coração, na mente e no DNA o traço comum da frieza, da crueldade, do sadismo. Com certeza a história lhes reservará o merecido espaço na vala comum dos malfeitores da pior espécie.

Quanto a nós, não me venham os queridos amigos com pedidos de moderação. A nossa indignação não permite qualquer tipo de moderação. Não nos peças para "manerar" nas críticas, nos ataques dirigidos. Se alguém se sentir incomodado que use os instrumentos legais para nos silenciar. Se o blog for tirado do ar, criaremos outro em um provedor internacional, blindado contra hackers. E, como diz Paulo Cesar Pinheiro ..."você corta um verso e eu escrevo outro. De repente olha eu de novo, perturbando a paz..." Olha o velho, olha o novo olha o dia de ontem chegando, que medo você tem de nós.

Uma boa semana para todos.

Nota do blog: Leia, na próxima postagem: "A justiça, segundo Cajuaz".

Mesmo no período de recesso estaremos acompanhando o site do STF diariamente.

FIQUEM AGORA COM A LETRA DE PESADELO DE PAULO CÉSAR PINHEIRO

PESADELO

Quando um muro separa, uma ponte une
Se a vingança encara, o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua, ela um dia é nossa

Olha o muro, olha o poste
Olha o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós
Olha aí...

Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente...olha eu de novo
Pertubando a paz, exigindo o troco
Vamos por aí, eu e meu cachorro

Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós
Olha aí...

O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo-horizonte
Abraça o dia de amanhã
Olha aí...