EDIÇÃO DE HOJE, SEGUNDA FEIRA, DIA 21 DE FEVEREIRO DE 2011
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Por motivos superiores não publicamos a matéria anunciada sobre o desperdício de dinheiro público que deveria ser utilizado de maneira adequada na educação. Conhecemos o fato de há muito tempo, mas precisávamos ter provas além da notícia. Na semana passada obtivemos tais provas. Vejamos os fatos:
Há cerca de 3 anos fomos convidado pelo Conselho de Educação do Ceará, juntamente com outro colega da UECE e uma professora da UFC para compor uma equipe que produziria um livro texto de química em linguagem acessível que privilegiasse a leitura. Chegamos a produzir alguma material, mas depois fomos descartados, substituídos por um professor da UFC e outros de uma escola de ensino médio particular. Lendo a coluna Radar da revista Veja, passamos a desconfiar que o tal livro tinha sido impresso e publicado, mesmo diante da oferta de livros didáticos gratuitos para estudantes de escolas públicas.
Há duas semanas o tala livro nos chegou às mãos. Trata-se de uma brochura impressa em papel de pouca qualidade com algumas ilustrações e conteúdos discutíveis e de baixo nível. Pedimos a opinião de vários colegas, e consensualmente concordaram que o gasto de cerca de 13 milhões em verbas do governo federal não trouxe nenhuma contribuição à melhoria do nível dos estudantes da escola pública. Um deles considerou a iniciativa uma afronta na medida que subestima a capacidade de professores e alunos das escolas estaduais. Vejamos a nota publicada na coluna HOLOFOTE:
Panorama
Holofote
Felipe Patury
Papai Noel da caatinga
Há um ano, o governador do Ceará, Cid Gomes,dispensou uma licitação de compra de livros didáticos para fechar um contrato de 7,5 milhões de reais com a editora Aprender. A empresa é ligada a Edgar Linhares, que preside o Conselho de Educação do Ceará e foi assessor de Cid Gomes quando o político era prefeito de Sobral. O Tribunal de Contas do estado considerou que a operação fora irregular e só não mandou cancelá-la porque isso deixaria os alunos sem livros no meio do ano letivo. Na semana passada, Cid mostrou que não está nem aí para o tribunal. Dispensou outra licitação, desta vez de 5,8 milhões de reais, para comprar mais livros da editora Aprender.
Edição 2092 da Revista Veja
24 de dezembro de 2008
Nota do blog: Esses mais de treze milhões já poderiam ser usados para pagar parte das precatórias às viúvas de nossos colegas falecidos. Vocês não acham?
Não estamos tratando do mérito quanto à divergência com o TCE. Apenas estamos lamentando o desperdício de tanto dinheiro público. A alegação persistente do governo do Estado junto aos ministros do Supremo é que nosso Piso Salarial "vai quebrar as finanças do Estado. Esta história dos livros é apenas a ponta do Iceberg. Tem muito mais coisa. Mas, para não proceder como o sapateiro da história de Apeles, só afirmamos aquilo que podemos provar e que seja de nossa alçada. Educação, por exemplo.
Pedimos desculpas pelo atraso na informação. Fomos bombardeado por virus. Sobrevivemos. Mas, na próxima postagem tem mais. Leiam.
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