EDIÇÃO DE HOJE, QUARTA FEIRA, DIA 14 DE NOVEMBRO DE 2012
(ATUALIZADA EM 15.11.2012 AS 17:34 h)
"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda
como farsa”.
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Há quase cinco anos, após
uma decisão do STF, recomeçou uma das execuções do PISO na quarta vara,
determinada na época pela valorosa juíza Dra. Milena Moreira. Usando má fé, a
PGE induziu a ex-secretária da SEPLAG Silvana Parente a “pedir um prazo” para
providenciar a elaboração das folhas de pagamento. A juíza aquiesceu. Nesse
meio tempo o governo do Estado articulou com o Desembargador (hoje falecido)
Arízio de Castro uma manobra para sustar a execução e segurar o processo por
quase dois anos enquanto buscavam uma alternativa junto ao Supremo Tribunal
Federal que seria uma descabida reclamação proposta pela PGE.
Voltando ao ocorrido no TRT,
vamos relatar o que aconteceu nos bastidores. Um procurador elaborou um desses
inominados recursos com ofensas à nobre juíza, na vã tentativa de desqualifica-la
e esse tal recurso foi acolhido pelo TRT, “distribuído” por uma estranha
coincidência para o Desembargador Arízio de Castro. A estranha coincidência diz
respeito ao fato que seu filho Manoel de Castro Neto era na ocasião terceiro
suplente de deputado estadual. De repente, não mais que de repente, foi
guindado (ou seria guinchado) e assumiu a cadeira de deputado durante toda a
legislatura anterior. Coincidência ou barganha política?
A consequência para nós foi
trágica. A farsa acarretou um atraso de mais de cinco anos. Dois anos de demora
no TRT e mais 3 anos no STF.
Voltemos aos dias de hoje.
É, no mínimo, estranho, muito estranho o que está ocorrendo no TRT.
Publicaremos aqui em PDF as tramitações de (03) três processos. O que causa
muita estranheza é a designação
(sorteio? ) do juiz Judicael, da 1ª. Instância, da vara de Eusébio para a
relatoria de um “recurso” assinado pelo mesmo procurador que tentou
desqualificar a Dra. Milena e que agora teve a audácia de tentar intimidar a
juíza da quarta vara Dra. Christianne
Diógenes através de um documento provocador já publicado neste blog informando sobre a cautelar do sr. Judicael
que impede de novos bloqueios e no parágrafo final trata de informar de
pretensas irregularidades na planilha.
A súbita aparição no
processo do juiz Sudário de Pinho é uma intervenção indébita. Ele deveria, por
uma razão de foro íntimo, não ter aceitado a relatoria de um processo relacionado
ao Piso Salarial dos professores das Universidades Estaduais. Pelo menos três
razões ele teria para se considerar impedido e recusar essa tarefa:
1.
Não pode negar que, em muitas ocasiões, já
declarou publicamente na UNIFOR, onde trabalha como professor, ser contra o
PISO SALARIAL e até teria dito “se o Cid quiser eu faço com que ele não pague o
Piso Salarial”(sic).
2.
Não pode negar que trabalhou durante alguns
anos, na gestão do ex-reitor prof. Dr. Manassés Claudino Fonteles como um assessor remunerado da PROJUR da
UECE, junto à CEV, na época em que era juiz trabalhista em Sobral.
3.
Tem relações pessoais, que não pode
negar, com o governador Cid Gomes, com o
secretário Ivo Gomes e tem como amigos no facebook os srs. Ciro Gomes e Mauro
Benevides Filho (secretário da Fazenda).
Uma outra razão: Não podemos provar e, por
isto, não afirmamos, mas há quem diga, que ele subsidiou um embargo de
execução impetrado pela UECE em 06.12.1996 (pags. 321-329) e assinado pelo
procurador Márcio Espíndola Emygdio de Castro – OAB- Ce 10029. O referido procurador recebeu delegação do reitor da época através
de procuração datada de 02.12.1996 assinada pelo prof. Manassés Claudino Fonteles
(pag.330 do processo). Tal petição foi copiada, ipsis literis, pelas
procuradorias da URCA e da UVA. Alguns dias antes – 28.11.1996 - a então juíza
do trabalho Cláudia Maria Martins de Saboya, que após a aposentadoria mudou de
lado e hoje é corregedora- geral da PGE,
havia determinado a reimplantação do
PISO SALARIAL(pag. 331 do processo).
Em tempo: Recebemos de nosso
assessor jurídico-
informático a informação que segue:
Depois de reter o processo
por vários dias- de 23 de outubro
quando reconheceu a suspeição e o impedimento
de todos
os componentes da 2ª. Turma até o dia 12 de novembro o
sr. Sudário de
Pinho resolveu devolver o processo para a redistribuição, por determinação
judicial,conforme registro
no site do TRT.E, só agora publicou o despacho que
está
publicado acima.
Veja a evolução do processo
no TRT
13/11/2012
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RECEBIDOS OS AUTOS - DE GAB11 EM 13/11/2012 10:32
P/ DJALMA MARTINS ROSA
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13/11/2012
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REMETIDOS OS AUTOS
DO(A) GAB JUIZ JUDICAEL SUDÁRIO P/DISTRIBUIÇÃO TRT - REDISTRIBUIR POR
DETERMINAÇÃO JUDICIAL
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12/11/2012
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DECLARADO IMPEDIMENTO
OU SUSPEIÇÃO - 12/11/2012 ÀS 16:22:01 HORAS - JUDICAEL SUDÁRIO DE PINHO
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12/11/2012
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CONCLUSOS PARA -
JULGAMENTO - (RELATAR)
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12/11/2012
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RECEBIDOS OS AUTOS - DE ADF EM 12/11/2012 14:07
P/ ANGELA MARIA DE O. CORREIA
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12/11/2012
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REMETIDOS OS AUTOS DO(A) DISTRIBUIÇÃO TRT P/GAB
JUIZ JUDICAEL SUDÁRIO - RELATÓRIO
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12/11/2012
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EXPEDIÇÃO - DE CERTIDÃO
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12/11/2012
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DISTRIBUÍDO - POR DEPENDÊNCIA - AO PROC:
0009776-87.2012.5.07.0000
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Voltando à frase de Marx: estamos vivendo na repetição de
uma história que nunca acaba ou que o governo fica adiando o término para “o
dia que nunca há de vir” segundo a digna e corajosa juíza dra. Christianne
Diógenes. Esta repetição é uma grande farsa e uma tragédia porque ao longo do
tempo quase um terço de nossos companheiros tombou e ficou na curva da estrada da vida.
E é por eles e por tantos outros que já não podem lutar que estaremos na
trincheira desta guerra desigual até o fim. Ninguém nos silenciará, nada nos
deterá. Até o fim.
Notícias da UVA:
Os colegas e as colegas da UVA receberam neste mês de novembro duas parcelas: uma no dia 01.11.2011 e outra no dia 08.11.2011. Parabéns. Mas vamos continuar lutando para a reimplantação definitiva. Não podemos nos acomodar.
Informe:
Obs. A ex-juiza Cláudia Maria Martins de Saboya, citada nas considerações anteriores, é hoje
procuradora do Estado e, por uma certa ironia do destino, se manifesta no
sentido da não reimplantação do Piso. A ela é atribuída a expressão: “ganharam
mas não vão levar”. Atualmente a
ex-juiza do trabalho é corregedora geral da justiça da PGE. Lastimável!
De um amigo a quem muito devemos recebemos o e-mail que fazemos questão de registrar.
Prezado amigo telmo,
bom dia !
Atendendo ao seu nobre apelo, transferi ,no dia 01 de novembro de
2012 para sua conta da poupança , a quantia de R#
400,00 (quatrocentos reais) relativa à contribuição
para gastos com a defesa do nosso piso
salarial . Admiro a sua luta e garra e fico pensando o que
seria dos professores da uece sem este seu empenho. O blog do piso é o meu
alimento diário. Os seus comentários revelam a sua profunda inteligência
. Você não é somente um exímio professor de química. É um excelente
advogado e crítico profundo.Sempre admirei a sua luta desde o Curso
Cabral e continuo valorizando o seu trabalho,seu desprendimento e altruísmo Não deixe de exigir a contribuição ,pois as despesas são muito
grandes e sei que você tira dinheiro do seu bolso ,para defender a nossa causa.
Isto é inaceitável. Espero que todos os professores vejam este seu esforço e
contribuam de boa vontade.A causa é justa e nada se faz sem dinheiro no
bolso...Que Deus lhe recompense por este seu esforço, dando-lhe muita
paz,saúde e tranquilidade para você e toda sua família.
Jesus Dias Cabral
Nossa resposta:
Fomos companheiros de luta em defesa dos professores de ensino médio (PNE) nos longínquos anos de 1967 e 1968. O Lauriano e o Rodrigues lembram desse tempo. Participamos de duas greves no período por causa de um atraso de pagamento de vários meses. Ambos fomos perseguidos e punidos. Cabral foi transferido para um colégio distante de sua casa. E nós perdemos o emprego. Foi aí que o Cabral, generosamente, nos empregou no Curso Cabral e garantiu nossa sobrevivência. A minha e a da minha família.
É uma dívida eterna. Cabral continua o mesmo: generoso nas palavras e nos gestos. Que Deus te ilumine e te conserve com saúde, querido amigo.
NOTA DO BLOG:
ESTAMOS CONSOLIDANDO, COM ALGUMAS DIFICULDADES, ALGUMAS INFORMAÇÕES PARA MOSTRAR UMA PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL.
AINDA ESTAMOS FAZENDO ALGUMAS NEGOCIAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS ETAPAS 2 E 3 DO TET.
NOSSO PEQUENO GRUPO ESTÁ TRABALHANDO DURO EM VÁRIAS FRENTES. NOSSO CAFÉ DA MANHÃ,NOSSO ALMOÇO E NOSSO JANTAR SÃO O PISO. TEMOS FEITOS EM MÉDIA DUAS REUNIÕES POR SEMANA.
PEDIMOS UM POUCO DE PACIÊNCIA.
2 comentários:
Prezados colegas de “dignidade insubstituível”, sentado aqui no tamborete de minha insignificância, mesmo assim, solidarizo-me com o combatente professor Gilberto Telmo e sua trupe! Muito esclarecedor e reconfortante o histórico que acaba de publicar no seu Blog!
Sob o meu ponto-de-vista, já vivemos dias piores! Também sob o meu ponto-de-vista, temos a Justiça de nosso lado, esta, representada pelas bravas e honradas Juízas da 4ª. Vara, por isso, mantenho a chama da esperança acesa, para desgosto daqueles que nos persegue e que teimam em não quererem cumprir o que as Supremas Cortes Superiores determinam. É uma questão de tempo! Não há SUDÁRIO nenhum que ponha abaixo tudo que já conquistamos! Não há!
Tem mais: este pessoal pode pagar caro depois por tudo isso, e, em assim acontecendo, valho-me da valha máxima que diz: “rir melhor quem rir por último!” E vamos rir muito mesmo! Tenhamos paciência. Afinal, nada como um dia atrás do outro com uma noite escura no meio!
Minha solidariedade colega Telmo; a você e sua trupe honrada, esta sim, de “dignidade insubstituível”!
E viva a República, a Justiça e o Voto! Viva! Viva!
Prof. Célio Andrade.
Caro Telmo:
Faço ideia de como deve ser a rotina estafante de vocês, incansáveis lutadores em prol da reimplantação do nosso piso. Portanto, não se preocupem agora com qualquer tipo de prestação de contas. Mais importante é o empenho que os colegas têm dedicado à causa, que lhes rouba preciosas horas de repouso. Não somos crianças e sabemos como são extremamente onerosas qualquer intervenção na mídia, como também viagens para fora do estado, hospedagem, alimentação... O que foi arrecadado certamente não cobre a maior parte das despesas. Contudo, um número significativo de colegas prefere deixar que outros assumam a responsabilidade que é de todos os envolvidos, adotando uma atitude mesquinha, egoísta e imatura.
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