JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CAJUAZ: A MORTE DA JUSTIÇA

EDIÇÃO DE HOJE, SEXTA FEIRA,DIA 27 DE SETEMBRO DE 2013
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Nosso escrevinhador Cajuaz nos brinda com mais um de seus primorosos artigos. Leiamos:

A Morte da Justiça

José Saramago, em um de seus contos, narra uma história que parece estar acontecendo no Brasil e ,mais precisamente, no Estado do Ceará.
Diz ele que, em uma cidade, certo dia, os sinos, logo cedo, começaram a dobrar a finados
Todo o povoado ficou em polvorosa, pois não tinham conhecimento de que havia um morto que fizesse jus àqueles dobres.
Ninguém sabia dar informações a respeito. Cessadas as badaladas, não se viu o sineiro. Nesse momento, entra, então, no recinto da igreja um camponês. Perguntam-lhe pelo sineiro.
- Não está aqui.
- Como não está aqui se tocaram os sinos a finados?
- Quem tocou os sinos fui eu respondeu o camponês.
- Mas, morreu alguém?
- Ninguém que tivesse nome e figura de gente. Toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta.
O camponês dá explicação da morte da Justiça: Um poderoso senhor queria tomar minhas terras. Procurei resolver o problema com as autoridades, mas o poder e o dinheiro só dão direito aos poderosos.
Fui à Justiça à procura de meu direito. Ela reconheceu, mas, diante dos poderosos fica fraca. Por isso também não resolveu. A ganância dos poderosos continuou querendo tomar minhas terras. Então, desesperado, resolvi dizer para meu povoado que a Justiça estava morta.
Será isso pura ficção do escritor ou tem algo mais que ele quer divulgar?
Não é ficção é a pura realidade. A Justiça está morta.
Para comprovar essa afirmação, trago à consideração dos leitores, para que tirem suas conclusões, dois casos: Há vinte e seis anos os professores da UECE, URCA E UVA lutam pela reimplantação de seu piso salarial surripiado que foi pelo então governador Tasso Jereissati arguindo inconstitucionalidade do pleito. Foram às autoridades, no caso os governadores. Nada feito. 
Foram, então, como o camponês, à Justiça. A pendenga começou aqui e transpôs limites. Foi à Brasília, ao Supremo Tribunal Federal que reconheceu o direito dos professores, julgou e devolveu o processo ao TRT7 com a decisão final: reimplantar o piso dos professores, executar a sentença decisiva.
Essa decisão data de 2007. O TRT7 iniciou o processo de execução, mas, como no conto de Saramago, ela emperrou. Por quê? Será que só Deus, em sua onisciência, saberá? Não, não. Todo mundo sabe. É como diz o Barão de Itararé: Há algo mais no ar além dos aviões de carreira.
Saramago esclarece: Diante dos poderosos, a Justiça se enfraquece.
Será verdade? Como é que pode? Por quê? A Justiça não manda dar ao outro aquilo que lhe devido? O Estado está devendo aos professores o direito que lhes foi roubado. A Justiça reconheceu, julgou e decidiu. Por que esta demora em reimplantar o piso ?
Em segundo lugar, o recente caso do mensalão. Que coisa triste!
Hoje, como o camponês, nós, brasileiros, tocamos os sinos a finados para dizer à sociedade que a Justiça está morta. Que tristeza!
Se nos perguntarem, como Hemingway: “Por quem os sinos dobram?” A resposta é semelhante à do camponês de Saramago: “A justiça está morta”.
Não quero acreditar nesse paralelismo. Para isso a Justiça tem que fazer valer a força do direito e não o direito da força e demonstrar que ainda está viva, pois, se morta, a sociedade fica mergulhada num caos. TRT7 desminta estas minhas afirmações.

Prof. José Cajuaz Filho

Voltaremos logo mais a noite com novidades!

Para descontrair fiquemos agora com versão  moderna e mais compreensível pela galera,  do hino nacional. Com todo o respeito.




3 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre, a sabedoria e a dialética - no melhor dos sentidos - do colega professor José Cajuaz Filho é um primor! Parabéns, mestre Cajuaz!

Um detalhe importante para que todos tenham conhecimento: se o nome completo do honrado colega (este sim, de “dignidade insubstituível”) for JOSÉ CAJUAZ FILHO, como o próprio se assina na brilhante crônica, é MAIS UM cujo nome NÃO CONSTA nas surreais planilhas esmeraldamente elaboradas pelas ínclitas PGE/SEPLAG e que foram acostadas (acostadas é ótimo!) nos autos do nosso processo que se encontra na escrivaninha do senhor doutor desembargador José Antônio Parente Silva, (sobralense?) que quer porque quer agora, depois do processo ter transitado em julgado pelas colendas Supremas Cortes deste Brasil varonil, fazer um acordo conosco, acordo este que eu o denominei de “ACORDO CARCARÁ”, ave de rapina que pega, mata, e come como diz o poeta!

Pois é professor Cajuaz, dos 787 nomes constantes na relação de professores da decana UECE, incluindo ai alguns repetidos, inclusive com três da UVA, seu nome NÃO CONSTA nas tais planilhas! Podemos confiar num trem destes? E os seus valores? Ah, estes nem se fala!

Agora nossas atenções merecem ser voltadas para as planilhas que a nossa advogada deve estar mandando elaborar por imposição do supracitado desembargador e lhes apresentar até o próximo dia 4 de outubro, ou seja, em 15 (quinze) dias! E cadê a Lei do Idoso? Lixo nela!

Oxalá que nelas, conste o nome de todos, sem repetição e sem erros, e que o meu nome conste não como nas duas planilhas que o Governo “improbus litigator” elaborou, ou seja, que eu NÃO TENHA DIREITO a nenhuma vantagem como: tempo de serviço; regência de classe; incentivo profissional; e dedicação exclusiva!

Em ambas, onde estes valores todos os outros professores são referenciados, no meu caso, eles são ZERO! Inclusive na planilha o que o bacharel contador que o SINDESP pagou para fazer contraponto às do Governo litigante de má fé, e que ele “construiu” usando a mesma metodologia do Governo (no que foi uma graçinha!), também é ZERO! Pareceu coisa do Ricardinho Lewandowski, fazendo contraponto ao honrado Joaquim Barbosa, no caso mundialmente conhecido como MENSALÃO do PTZÃO corrupto!

E Viva a República, a Democracia; a Liberdade de Expressão; a Justiça; e o Voto! Viva!

Prof. Célio Andrade.

Anônimo disse...

Mais uma para a PGE recorrer: ontem, os Ministros do Supremo Tribunal Federal decidiu que os servidores públicos estaduais e municipais devem ser ressarcidos da perda salarial que tiveram quando houve mudanças de moedas – de Cruzeiro Real para URV (Unidade Real de Valor) em 1994! (sic). Fonte: O Povo, p. 230, de hoje, 27.09.2013

Este imbróglio, com certeza, terá também a ver conosco com relação ao nosso Piso Salarial, ou não?
Pergunto: será que esta determinação, também transitada em julgado pela Colenda Suprema Corte deste País varonil, a PGE vai dar de ombros? Quem sabe entrar, amanhã, através do seu Procurador em Brasília, a Ilha da Fantasia, com um EMBARGO INFRINGENTE! Está na moda, gente!

E Viva a República, a Democracia, a Justiça e o Voto! Viva! Viva!

Prof. Célio Andrade.

Ricardo Bacurau disse...

O advogada do Sindesp deveria entrar no STF, com um EMBARGO INFRINGENTE, para que o ilustríssimo doutor desembargador, jose antonio parente silva (é assim mesmo, sem acentos e com letras minísculas), explique o inexplicável, por que tanta demora em cumprir uma decisão transitado em julgado pelas cortes superiores, será que é por que ele é SOBRALENSE? mas acho que não, como ele mesmo disse em uma reunião no TRT7, que não tinha medo de ninguém, imagina se tivesse!!!
Professor. Ricardo Bacurau