2a. EDIÇÃO DE HOJE, DIA 03 DE OUTUBRO DE 2013
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
"O medo nunca levou ninguém ao topo".
(Publilius Syrus, sec. I a.C.)
Prólogo
Hoje, dia de indignação, aniversário de uma liminar desprovida de ética e de razão de ser, infame, perversa e injusta, publicamos o primoroso artigo de nosso querido amigo Cajuaz. Além de expressar os sentimentos da maioria silenciosa, Cajuaz produz seus textos em linguagem leve, agradável e enriquecedora. Nos seus alfarrábios o escriba vai buscar lições da História e nos propicia valiosas informações de seu vasto cabedal cultural consolidado nos bons tempos em que, sem as tecnologias e as teorias pedagógicas de hoje, se aprendia muito mais. Como nunca é tarde para aprender, temos aprendido muito com o lúcido e intimorato mestre através de seus escritos. Agradecemos ao mestre pelo prestigio que ele concede ao humilde blog, nossa trincheira contra o arbítrio. Não cumpre apenas seu ofício de escrevinhador. Com certeza o faz de maneira prazerosa, comprometido que é com nossa causa. Obrigado mestre e amigo Cajuaz.
Sentenças
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Publilius Syrus |
A língua latina é
rica em sentenças sintéticas que encerram ensinamentos profundos.
Vários são os
escritores latinos que enveredaram por este caminho. Entre eles se encontra
Publilius Syrus que viveu no século I antes de Cristo.
Seu nome indica sua
origem. Nasceu na cidade de Antioquia, cidade da Síria, na Ásia Menor.
Foi um escravo
trazido a Roma após a conquista da Ásia Menor pelos romanos. Seu próprio amo o
educou com muito esmero. Liberto, por causa de seu talento, entrou na vida
literária e começou a escrever suas peças teatrais chamadas “mimos” dos quais
se retiraram suas sentenças argutas e de notável elevação moral que ficaram
para a posteridade.
Destas, uma, no
momento atual, cai como uma luva. Ei-la: Bonis
nocet quisquis pepercerit malis. Prejudica os bons, quem poupa os
maus.
Que verdade! Isso foi
dito há mais de dois mil anos e ainda hoje tem seu valor. É uma advertência
muito séria àqueles que, por medo ou por covardia deixam de tomar uma decisão
justa prejudicando os bons.
É o que se está havendo
com a suspensão da implantação do piso
salarial dos professores das universidades estaduais pelo Tribunal Regional do
Trabalho 7ª Região.
Onde cabe a
advertência de Publilius Syrus?
Foram às barras da
justiça para defenderem seu direito, o Estado do Ceará e o Sindicato dos Docentes
do Ensino Superior. O que é normal, pois cada um julgava ser detentor da
verdade. Quem de fato a teria?
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A foto é de setembro de 2010 quando visitamos o ministro Marco Aurélio de Mello |
Provas de ambos os
lados. Quem vai decidir? A querela chegou ao Supremo Tribunal Federal. A decisão do colegiado dessa Corte foi unânime e afirmou que quem tem o direito são
os professores: a reimplantação do piso
salarial é justa e constitucional.
Agora, a obrigação do
Estado é obedecer à determinação do Supremo Tribunal Federal e a do TRT da 7a
Região é reimplantar o piso conforme manda o STF. Sem delongas mesmo que doa a
quem doer.
O Estado foi
considerado pelo TRT da 7ª Região litigante de má fé e litigator improbus, sendo assim uma entidade má, perversa, injusta
e autoritária. Aqui cabe a sentença: Prejudica
os bons quem poupa os maus.
Não se concebe, portanto,
que haja tanta demora na continuação da execução ordenada pelo STF e iniciada
pela quarta Vara do TRT da 7ª Região.
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Quintus Ennius |
Essa demora demonstra
o espírito fraco do responsável pela reimplantação do piso e lembra uma
afirmação de Ênio, outro escritor latino: Animum
aegrum semper errat. Um ânimo fraco sempre erra.
São as atitudes
corajosas e não as circunstâncias que determinam o valor de cada pessoa.
Assim pensava Zíbia
Gasparetto, escritora espiritualista:
“Dizer sim quando
quero dizer não é dar mais valor aos outros do que a mim, é não colocar meus
limites e isso é não me respeitar. Dizer sim quando for sim e não quando for
não, isso é dignidade.”
TRT da 7ª Região: quando procedemos com justiça, imparcialidade e destemor
somos respeitados.
Prof. Cajuaz
Obs. do blog: Para saber mais clique nos links
Um comentário:
Prof. Cajuaz, você é um mestre! Como é bom ler seus “escritos”! O dia parece rejuvenescer! Obrigado, professor!
Prof. Célio Andrade.
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