AS DÚVIDAS DO PROFESSOR HUGO MARTINS E DE DE OUTROS(AS) COLEGAS

EDIÇÃO DE HOJE, QUARTA FEIRA, DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2014
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS

Recebemos do amigo professor Hugo Martins as considerações que vamos reproduzir abaixo:

Querido Telmo

Hoje acordei exultante. Depois de uma refrescante ducha nesses dias de calor, vesti meu terno branco de linho XPTO, calcei sapatos luzidiamente engraxados e saí,  todo lampeiro, rumo à agência da Caixa Econômica. A gravidade da indumentária lembrava aqueles senhores de antanho, que, nos trinques, iam levar seu voto às urnas. Eu ia receber uma parcela da verba de execução que o Estado do Ceará vem pagando a duras penas, como num parto difícil, em meio a chiliques de procuradores (de manobras mágicas) que não medem esforços para burlar uma obrigação que, por direito, nos é devida.

Chegado à Caixa, solenemente dirigi-me ao terminal e enfiei-lhe o cartão magnético, dei-lhe umas cutucadas a ver se o saldo da conta bancária me dava bolas, acenando-me com numerários que correspondessem às minhas expectativas. Qual não foi minha surpresa: gravemente e desafiar a minha argúcia e meu estarrecimento lá estava um saldo chinfrim, representando como que cinqüenta por cento de cada uma das quatro parcelas que eu recebera antes...

Então pensei: eles aqui devem ter abatido o valor correspondente a cinqüenta por cento do simulacro de reimplantação que o governo do Estado, dolosamente, concedeu a uma parcela de professores.

Caso seja essa a hipótese, ocorreu, de outra parte, um cochilo de Homero: execução é execução; reimplantação é reimplantação. Se se pretende abater alguma quantia considerada já paga a algum professor, ela tem que ser feita no ato da implantação e não na dinâmica de uma insólita execução que já vem sendo levada a efeito. Inverter ordem natural das coisas burla o direito de outrem ou trata este como um trouxa. O raciocínio leva em conta o fato de o Estado do Ceará, como já ficou dito, e é consabido de todos, estar firme e dolosamente, convencido de que “reimplantou” o malfado piso salarial.

No meu tempo de menino, ante situações insólitas como essa, dizia-se que o sujeito “trocava alhos por bugalhos”, confundia “fusa com semifusa”, “caçarolinha de assar leitão com Carolina de Assis Leitão” ou, ainda: “botaram o carro à frente dos bois.”

Esperamos uma explicação. Caso esta não nos chegue, vou rasgar o volume Introdução à Lógica, de Irving M. Copi, que folheei, sob a grave e irônica orientação do magnânimo professor Lauro Mota, no tempo em que cursei Filosofia no prédio do antigo Seminário da Prainha.

Grande abraço para você, prodigamente extensivo ao grupo que trabalha com você.

Francisco Hugo

NOTA DO BLOG:

Aconteceu o mesmo com outros colegas "agraciados" com a famigerada VPNI. 

Leiamos o e-mail enviado pelo professor Francisco César Teixeira do CCT:

Francisco Cesar	08:17 (Há 5 horas)
para mim

Prof. Telmo, a quantia depositada na minha conta está diferente do valor citado na planilha enviada para os email cadastrados. A quantia na planilha é R$ 3.705,55 além da VPNI, visto que sou 20 horas, e o valor depositado foi R$ 2.610,25, uma diferença de R$ 1.095,30. Obviamente que essa diferença não é decorrente dos 20% da advogada, pois o dela é descontado do total bloqueado pela juíza da 4ª vara e os 80% restantes é que são rateados proporcionalmente entre os professores. Provavelmente isto deve ter acontecido com outros colegas, vou aguardar pra ver. A minha pergunta é: a quem devo reclamar? A advogada ou ao Sindesp. Agradeço antecipadamente por qualquer informação!!

Prof. Cesar Teixeira (CCT)

Estamos procurando entender. Precisamos de mais depoimentos e da contribuição da defesa para que tudo seja esclarecido.

VOLTAREMOS MAIS TARDE!!!