JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

CORRUPÇÃO: ARTIGO DO PROFESSOR PÁDUA RAMOS

EDIÇÃO DE HOJE, SEGUNDA FEIRA, DIA 26 DE JANEIRO DE 2015
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS

Embora não seja um fenômeno recente, a corrupção está na ordem do dia. Na nossa infância, nos idos de 1950,  vimos o verbete escrito pela primeira vez na propaganda de um candidato a governador do estado já falecido que se dizia "contra o roubo e a corrupção". Derrotado para o governo do estado foi eleito deputado federal e, pouco tempo depois, trocou o mandato por um cartório no Rio de Janeiro. Naquela época perguntei a minha mãe professora o que era corrupção. Em termos objetivos ela definiu: "corrupção é podridão". É este o conceito que firmei até os dias de hoje como a sua mais perfeita tradução.
Recebemos do colega professor Pádua Ramos o primoroso artigo que publicamos com prazer nesta postagem.

CORRUPÇÃO

Pádua Ramos

  
Aqueles que, nos anos cinquenta do século passado, acompanhavam os acontecimentos políticos, recordam-se de que a eloquência devastadora do jornalista Carlos Lacerda liderou a demolição do Governo Vargas agitando a bandeira da anticorrupção. Então se acreditava, e hoje volta-se a acreditar, que a corrupção se constituía e se constitui no maior problema do país. Em seguida, no seguimento da história, o verbo daquele jornalista voltou-se contra os governos de Juscelino e Jango, sempre sustentando a mesma bandeira.
   Embora ninguém, em sã consciência, deixe de sentir indignação diante da apropriação privada do dinheiro público, hoje se sabe, para lá de uma visão expressionista e impressionada, que o maior problema não é o da corrupção. Mas é sim o de todo um temário de questões sociais entrelaçadas, que passa pela cultura patrimonialista, pela pobreza extrema, pelo analfabetismo, pela insalubridade, pelo sofrimento das famílias menos favorecidas, – tudo se resumindo no apartheid inconfesso que divide este país em classes e em regiões.
***
   Não se diga que os paulistas sejam preconceituosos contra os nordestinos. Mas se diga sim que alguns deles – justamente destacados líderes – o são. O caso de FHC, em cujo governo se extinguiu a SUDENE e foram concebidos os “eixos nacionais de desenvolvimento”, segundo concepção avassaladora do conceito regionalista de Nordeste. Achara insuficiente transformar a SUDENE, que ele tratava como qualquer coisa, numa coisa qualquer: a ADENE. O caso de José Serra, de quem li alentada tese oposta à criação das zonas de processamento de exportações (zpe´s): espaços econômicos beneficiadores de produtos exportáveis, consoante uma das vocações de nossa economia regional. Elas só vieram a vingar porque nossa tese, de resto favorável ao desenvolvimento do país como um todo, contou com a adesão proativa de Delfim Netto, autor de emendas inteligentes ao projeto.
***
   O temário das questões sociais registra déficits, notadamente no tocante à educação, os quais remontam ao fundo dos tempos. E dão como resultante algo como uma “subcidadania”, entendida como tal o não-exercício, pelo cidadão, de sua prerrogativa de vigiar o desempenho dos homens públicos, assim criando o ambiente propício à corrupção, como subproduto de peso, mas subproduto. 
            A cultura de Carlos Lacerda foi durante certo tempo subordinada aos princípios marxistas, absolutamente. Não incorporava as luzes do marxismo, que existem, às outras luzes,  para a obtenção de uma visão totalizante e não parcial da História. Nem era, pois, mesmo assim, para sua atuação circunscrever-se a um aspecto, repita-se, grave do desenrolar da vida pública, de todo modo relativo. Admite-se que tenha sido sua aproximação com o pensador católico Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde) e por seu intermédio com os monges do Mosteiro de São Bento, a circunstância que o tenha feito acrescentar o espiritualismo ao seu anterior entendimento limitado da existência. Que o tenha feito elevar sua compreensão sociológica da vida dos povos. Daí vieram certamente desdobramentos de sua maneira de pensar, como a descoberta do arbítrio da pessoa humana como mais um fator que com outros se conjuga para a construção dos fatos. A consciência de que o homem comanda até certo ponto a faculdade de decidir e de agir terá aguçado em Carlos Lacerda a consciência de suas responsabilidades pessoais perante aquela quadra da História.  No novo panorama social visionado por Carlos Lacerda a corrupção ainda ocuparia espaço como detestável antivalor, mas não como dado avassalador dos demais segmentos da problemática social.
   Este novo Carlos Lacerda realizou, implicitamente, algo como um mea culpa, ao atravessar o Atlântico para, com humildade, dialogar com aquele mesmo Juscelino que tanto combatera, implacavelmente, como era de seu modo de ser. E tentar formar a Frente Ampla, esta sim, voltada para o valor supremo da democracia. Pagou preço decisivo por isso.
   Seguiu-se, àquela, sua visita a Jango, no Uruguai. Com o sentido ainda mais profundo de mea culpa, pois não só a este combatera, como igualmente combatera a Getúlio, ferozmente: a Getúlio, o patrono político de Jango.
***
   O processo civilizatório é lento. Por não se darem conta disso, numerosos brasileiros depreciam nosso País, comparativamente aos chamados países do primeiro mundo. Não percebem que, por exemplo, as nações europeias, ao percorrerem o roteiro que as levaria enfim ao atual patamar de civilidade, percorreram-no atravessando tragicamente guerras externas e guerras intestinas. Lembrando que uma delas se denominou “Guerra dos Cem Anos”; lembrando o derramamento de sangue da Revolução Francesa; lembrando que do lado de cá do Atlântico os Estados Unidos vivenciaram a sangrenta Guerra de Secessão, a qual se prolongou por cerca de quatro anos.
    Os conflitos bélicos, como se sabe, geram estados de necessidade – falta de energia, de água, de alimento, de remédio e assim por diante – levando ricos e pobres, compulsoriamente às vezes e pedagogicamente sempre, a se ajudarem em duas mãos, em conformidade com essa democracia do sofrimento compartilhado e, assim, quiçá amenizado. Incutindo em todos o senso da solidariedade, da disciplina, da coexistência equilibrada de deveres e de direitos, tudo valendo como elevado preço para alcançar o patamar da civilização.
    Proclama-se a toda hora que somos o País da impunidade. Como assim? Que dizer daquelas cenas nas quais apareceram Jáder Barbalho algemado, Paulo Maluf preso e a cúpula do PT na cadeia, para só citar estes exemplos entre tantos outros?
   O velho Carlos Lacerda esbravejava no interior da moldura da UDN – partido com vocação para o golpe, porque era uma corrente política sem povo. O povo nunca concedeu à UDN a oportunidade de assumir o poder. Carlos Lacerda, como se viu, mudou, sim. A UDN – velha, fascista, elitista, neoliberal, morta mas insepulta – não. Cabendo, porém, a ressalva honesta de que ali militaram também grandes homens, como Afonso Arinos, Prado Kelly e o Brigadeiro Eduardo Gomes. Este último era dotado de profunda espiritualidade. E se atribui a ele, no fim da vida, desgostoso por saber que se praticava tortura nos porões da Aeronáutica, o desabafo de que não criara a Força Aérea para abrigar torturadores.  
   O Brasil está parindo uma nova civilização tipicamente nacional brasileira, progressivamente, sem dar saltos, como a natureza. Trata-se de parto com dor, certamente, todavia como opção alternativa aos banhos de sangue constitutivos do preço pago pelas nações ditas civilizadas quando da conquista dramática da bonança dos dias de hoje.

   A Paz esteja conosco.




Antonio de Pádua Franco Ramos é advogado, administrador de empresas, escritor, professor titular aposentado da UECE. Ocupou vários cargos executivos nos Governos  dos Estados do Ceará e do Piaui e foi pro-Reitor de Planejamento da UECE.



Morre o cantor grego Demis Roussos


O cantor grego Demis Roussos morreu na noite de sábado (24), aos 68 anos, em Atenas, na Grécia, disse sua família nesta segunda. As informações são da agência Efe.
Emily, a filha do famoso músico conhecido, confirmou a notícia ao jornal francês "Le Figaro". Segundo a France Presse, ele morreu em um hospital particular. "Depois de ficar internado por um longo tempo no Hospital Igia, o conhecido artista Demis Roussos faleceu", diz a nota.
Roussos, que construiu grande parte de sua popularidade na França, inicialmente se destacou como integrante do grupo Aphrodite's Child e, depois, com sua carreira solo na década de 1980. (Do portal G1)
Para lembrar o extraordinário  cantor desaparecido fiquemos agora com 

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