"Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira".
Artigo I ESTATUTO DO HOMEM (Ato Institucional Permanente) de THIAGO DE MELLO
Fomos informado pelo prof. William Guimarães (também convidado) que logo mais uma comissão de professores estará na PGE conversando sobre o tema Piso Salarial. Nas últimas reuniões deixamos clara a nossa disposição de não ir e nem concordar com a ida de qualquer grupo de professores à PGE para tratar, em nosso nome, sobre o PISO SALARIAL.
Trata-se pois de ingerência indébita.
Vamos alinhar aqui algumas razões de nossa discordância:
1. Ninguém tem legitimidade da categoria para tratar da questão porque não houve assembléia específica convocada pelo SINDESP (patrono da causa) para discutir o assunto.
2. A PGE não quer cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal. Quer aplicar o calote interpretando a seu modo a sentença transitada em julgado no dia primeiro de fevereiro de 2007. Essa "proposta" de conceder o piso até 1990 é tema recorrente desde que o governo perdeu em todas as instâncias ao argüir inúmeras vezes a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar nossa ação porque não éramos mais celetistas. Mas, quem bateu o martelo, em caráter definitivo, foi o Supremo Tribunal Federal para onde convergem todos os processos na etapa final.
A obstinação da PGE pode parecer, à primeira vista, incompetência. Não é. Trata-se de má-fé mesmo. De tanto apregoarem e repetirem uma inverdade estão até conseguindo que ela tenha foros de verdade na cabeça de alguns colegas mal preparados ou até, quem sabe, mal intencionados.
Onde está escrito na sentença que o PISO só deve ser considerado até 1990? Mostrem srs. procuradores!!!
3. As pessoas que vão até a PGE, além de não representarem a categoria, não conhecem minimamente o processo e se tornarão presas fáceis do engodo dos alquimistas da PGE. Não acreditamos que alguém que não conhece o processo possa contraargumentar com os "doutos" (na arte de sofismar) procuradores da PGE.
4. Na concepção do prof. William Guimarães essa ida à PGE só legitima a impostura da mesma e fornece-lhe munição para agir junto ao TRT informando ao desembargador Arízio de Castro que não há pressa no julgamento da "ação cautelar" (que ele inventou alquimiando e transmutando - expressão dele - uma reclamação intempestiva da PGE), porque está havendo uma negociação entre o governo e os interessados. Essa expressão em verde é do próprio desembargador quando questionado por um amigo de infância sobre a demora em colocar o processo na pauta.
5. Na opinião da professora Sandra Melo "O governo está procurando uma forma de legitimar sua desobediência cívica. E os professores, agindo de má fé ou por falta de uma leitura política desse processo, estão vergonhosamente sendo cúmplices das manobras governamentais.Mais uma vez os "cardeais" tupiniquins envolvidos com maracutaias provincianas.
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Tranquilizem-se pois os colegas da resistência das sextas feiras que essas conversas serão inócuas porque não contam com o aval da categoria. São manobras diversionistas que, desgraçadamente, contam com a conivência de alguns colegas ultracrepidários, mal informados e mal preparados para o combate em defesa do nosso direito inalienável ao PISO SALARIAL.
Resistiremos. Não somos mercadoria para sermos vendidos nos balcões de negócios da PGE ou da SEPLAG. Não faremos acordo em relação ao PISO SALARIAL. Cabe ao governo e aos seus lacaios respeitar e cumprir a decisão cristalina e definitiva do Supremo Tribunal Federal. Sem mais subterfúgios, sem mais manobras subterrâneas, sem a desídia e sem o calote.
NADA TEMEMOS. LUTAREMOS ATÉ O FIM DAS ARBITRARIEDADES.VENCEREMOS A QUALQUER PREÇO.
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