QUERIDOS(AS) AMIGOS(AS)
Domingo é dia de reflexão.
"Há enganos tão bem elaborados que seria uma estupidez não ser enganado por eles" (Ch. C. Colton prelado e escritor inglês, 1780-1832)
O decantado PCCV tacitamente aceito por alguns professores da UECE, está na ordem do dia para ser votado na próxima terça feira pela Assembléia Legislativa. Vitória e presente para alguns. Para nós da ação Piso Salarial, vitória de Pirro e presente de grego conforme já assinalamos em postagem anterior.
Não temos nenhuma dúvida de que o anteprojeto do governo será aprovado na A.L. por conta da esmagadora maioria que forma a chamada base de sustentação do governo ou base aliada. De há muito a Assembléia Legislativa do Ceará foi transmutada em uma Secretaria da máquina estatal, um mero apêndice do Palácio Iracema.
Nesse blog, que já funciona há mais de um ano, revelamos a nossa preocupação com o destino de todos aqueles professores que compõem o bloco da ação denominada de PISO SALARIAL.
Na sua maioria, os tais professores já estão com idades que superam os cinquenta anos. Muitos estão acometidos de enfermidades e passando privações, junto com familiares. Alguns são reféns das financeiras. Cento e sessenta e oito já "se perderam na curva da estrada" como diria Fernando Pessoa.
Pois bem, todos nós que estamos no mesmo barco do PISO SALARIAL seremos prejudicados pelo PCCV. O PCCV trará um nivelamento por baixo. Representa um empréstimo compulsório para o governo. Ele retira, de imediato,percentuais preciosos de gratificações consagradas e devolve mais tarde, ao longo de três anos e meio.
Há um documento circulando nas caixas postais de alguns colegas que afirma "O PCCV garante e amplia direitos aos professores da ativa e aos aposentados e pensionistas;". Em que medida isso ocorre?
O mesmo documento diz lá para as tantas: "A disparidade remuneratória entre professores diminui um pouco com o PCCV, pois se adotou um percentual de 4% nos interstícios;". Isso é que é justiça? Diminuir a disparidade reduzindo percentuais?
Aparentemente essa questão não nos diz respeito. Mas, só aparentemente.
Mesmo sem discutir o mérito da questão do PCCV, sobretudo os prejuízos que dele advirão, causa espécie a forma como ele é imposto. Todos nós estamos incluídos no PCCV. Quem solicitar a exclusão perderá o abono e terá reajustes nos índices dos demais servidores. Isso é isonomia? E a justiça está morta para permitir esse descalabro?
Chantagem, coação e terrorismo são essas as armas sutís que o governo do estado está empregando para submeter uma categoria que ao longo de mais de 30 anos ajudou a duras penas a construir e a consolidar no interior e na capital universidades maltratadas mas, resistentes e dignas.
Na sua prepotência não respeita os seniores já cansados, sofridos cujo único patrimônio é a honra e a decência.
Fernando Pessoa diz ainda: "morrer é só não ver visto". Aqueles companheiros que já não podem ser vistos e cujo número ascende hoje a cento e sessenta e oito, também estão sendo vilipendiados, violentados. Deixaram para a família um apenas um legado de dignidade e quase nenhum patrimônio. E sua partida levou seus entes queridos a muitas privações.
Depois de mais de vinte anos de luta o governo do estado do Ceará desacata decisões do Supremo Tribunal Federal usando subterfúgios que afrontam os mais comezinhos princípios da ética.
Hoje é um domingo que antecede a grande e anunciada farsa que terá como palco a Assembléia Legislativa do Estado do Ceará.
A doutrina cristã no seu catecismo, que conhecemos na nossa já remota infância, classifica alguns pecados como se fossem os chamados crimes hediondos de hoje em dia.
São os pecados que bradam os Céus e pedem a Deus vingança. Entre eles há um que diz: "oprimir, velhos, órfãos e viúvas". É essa a prática do governo. Crueldade sem fronteiras.
Mesmo lutando em duas frentes, porque temos um julgamento previsto para a tarde de terça feira no TRT, resistiremos!!! Não vamos aqui informar aos inimigos do lado de lá e do lado de cá (esses muito mais perigosos) de que modo resistiremos. Estamos vivos!!!
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