O QUE VAI ACONTECER AGORA?

EDIÇÃO DE HOJE, DIA 26 DE JUNHO DE 2009

QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS

Desde a publicação do acórdão do TRT que algunbs colegas têm solicitado informações sobre os próximos passos.

Há perguntas que ninguém, de sã consciência, pode responder com absoluta precisão. Essa é uma delas. Ao longo de dezoito meses, período em que aconteceram nossas reuniões semanais, o proverbial prof Jacinto Luciano, nosso decano, sempre solicitava a palavra e, ao cabo de sua oração fazia duas perguntas:

1) Quanto vou receber?

2) Quando vou receber?

Essas perguntas são tão dificeis de responder que nem as Pitonisas do oráculo de Delfos se arriscariam. Estamos vivendo no estado "democrático e de direito", mas as instituições...

Ora, depois de mais de vinte anos de demanda, ganhando em todas as instâncias, por duas oportunidades (4a. Vara, TRT, TST e STF) não há nenhuma explicação racional para a interrupção de uma execução já em curso. Mas, o estado, essa hidra perseguidora, arranjou um jeitinho através de uma ação inominada, incompetente na sua proposta e paupérrima em termos argumentação racional.

Mas, o ordenamento jurídico do País é frouxo e permite ao estado opressor, mau pagador e caloteiro utilizar as frestas da legislação para interpor "recursos" extemporâneos. O estado que se julga onipotente, mas não é, opta por trilhas ou veredas mal iluminadas, caminhos obscuros...

Mas, o que vai acontecer agora, queridos amigos e queridas amigas?

Pela ordem natural das coisas, a EXECUÇÃO abortada de maneira injustificável, vai prosseguir e produzir efeitos. O PISO SALARIAL, depois de tantos anos deverá ser restabelecido.

Acreditamos que todas as instâncias da Justiça já estão sobejamente convencidas e indignadas com a má fé do Estado, já condenado, ipso facto, como LITIGANTE DE MÁ FÉ.

Companheiros e companheiras:

A batalha jurídica está vencida em caráter definitivo. Na fase de liquidação do processo poderão e deverão ser feitos alguns ajustes. O Estado, para não fugir à regra, poderá contestar valores, tentar impor regras para os cálculos. Poderá apelar, em esforço derradeiro, para tentar nos desqualificar como categoria. Isso, na prática, ele sempre fez.

O que fazer?

Essa é a hora de somar esforços. Cabe-nos uma grande articulação, uma grande mobilização.

Mais que nunca cabe ao SINDESP manter a categoria mobilizada, reunir em assembléia geral, informar o que está acontecendo ou o que pode acontecer. Deve adotar procedimentos para evitar que os ritos finais possam apresentar trantornos como aqueles já mencionados. E, em caso de necessidade, acionar a mídia ainda que seja através de anúncios (matéria paga). Afinal é esse seu papel indelegável.

O inimigo foi a nocaute. Entrou em pânico. Não podemos permitir que ele se reanime e invista contra nós. Não merece nem o nosso respeito nem a nossa confiança. Merece nosso repúdio em nome de tantas humilhações que nos forma impostas, dos nossos 171 mortos e de seus familiares.

Solicitei ao companheiro Rodrigues encaminhar, via e-mail, para todos os companheiros cadastrados, uma carta aberta longa onde fizemos algumas reflexões e alinhamos algumas sugestões passíveis de críticas, de enriquecimento e até de supressão. Não era conveniente que disponibilizassemos as autocríticas e as sugestões neste espaço público.

Desejamos um execelente fim de semana e que a próxima seja tão pródiga de boas notícias como esta.

A luta vai prosseguir, sem desânimos, até o fim alimentada pelo combustível de nossa indignação.

Ousar lutar, ousar vencer.
Um grande abraço