Agora nos chega a notícia de manifestações de descontentamento de policiais militares eclodindo em vários pontos do estado do Ceará, na capital e no interior.
Os jornais de Fortaleza, subservientes ao poder pouco divulgam. Leiamos o que diz o blog IPAUMIRIM:
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Depois de fecharem o 2º Batalhão da Policia Militar em Juazeiro do Norte e o 4º Batalhão em Canindé, aproximadamente 20 mulheres de policiais, fecharam a 1ª Companhia do 5º Batalhão no bairro Aldeota em Fortaleza. As manifestantes impediram a saída e entrada de viaturas. O protesto é contra os baixos salários, carga horária excessiva, atrasos nas promoções, e a falta de assistência à saúde dos Militares e de seus familiares.
Já é a 3ª paralisação em menos de 10 dias. As mulheres prometem intensificar o movimento se o Governador Cid Gomes não atender as reivindicações dos policiais.
Os militares e familiares, estão preparando para o dia 06 de março às 07:30h, mais uma manifestação em frente a Assembléia Legislativa.
O policial comenta que, muitas vezes, a categoria recorre a recursos como esse para conseguir descansar e se tratar. Além das licenças, pedem atestados médicos ou doam sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), ato que dá direito a uma folga de 24 horas. Ele mesmo já pediu uma licença médica. ``Na época, estava com problemas financeiros e conjugais. Emagreci, fiquei debilitado, no limite.``
Na última sexta-feira, 26/03, O POVO mostrou que, somente este ano, a Coordenadoria de Perícia Médica do Governo do Estado concedeu 1.146 licenças médicas a policiais militares no Ceará, uma média de 15 por dia. Como o efetivo é reduzido, o afastamento temporário desses policiais acaba dificultando o fechamento das escalas de PMs que trabalham nas ruas.
O PM ouvido pela reportagem confirma que há policiais fazendo ``greve branca``. Mas ele lembra que não se trata de ``fazer corpo mole``. ``As pessoas que fazem isso ficam marcadas na Companhia (de policiamento) como profissionais que não querem trabalhar. Mas não é isso``, explica. Segundo ele, é a insatisfação da categoria que leva os policiais a tomarem essas medidas.
Além do salário considerado baixo e da escala de trabalho (seis por um), há outras questões que desmotivam a categoria. ``É a falta de estrutura, de assistência. Praticamente não se tem curso de reciclagem. Eu mesmo só dei 11 tiros em treinos e já estou há 12 anos na PM. O policial vai para a rua despreparado``, reclama.
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