Apenas 11 dos 19 postulantes à vaga de desembargador do TJ-CE compareceram a debate ontem
Pedro Alves pedroalves@opovo.com.br
A advogada Eliete Sampaio Pinheiro chegou a afirmar que “de maneira nenhuma, a escolha (de alguns candidatos em uma lista de eleitos) é correto”.
A sugestão, dada pelo presidente da Associação dos Advogados do Ceará (AACE), Hélio Winston, é de que os conselheiros da OAB-CE apenas homologassem o nome dos seis mais votados. “Já houve caso em que o candidato mais votado pela categoria não foi escolhido para a lista sêxtupla”, justificou Winstou, que já pediu à OAB-CE mudanças no processo. A crítica foi reforçada por José Afrânio Plutarco Nogueira, também postulante ao 5º Constitucional, que também defendeu que os advogados precisam exigir apoio das instituições de sua categoria. Dos 19 advogados candidatos, só 11 comparecem ao encontro ontem à tarde. A eleição acontece no próximo dia 30.
O POVO tentou contatar o presidente OAB-CE, Valdetário Monteiro, mas ele não atendeu as ligações.
COMO É O 5º CONSTITUCIONAL O processo de escolha do desembargador se inicia com a eleição interna da categoria dos advogados, que elegem 12 nomes que serão encaminhados ao conselho da OAB-CE que, sem eleição direta, reduz essa lista para seis nomes.
Estes, por sua vez, são informados ao TJ-CE, que reduz essa lista para três nomes. Feito o corte, a lista tríplice vai para as mãos do governador Cid Gomes, que dá o veredicto final sobre quem será o novo desembargador pelo Ceará.
A quem quiser contestar vão aí as informações. Processo 0039/92 e o despacho da desembargadora Dulcina Palhano , datado de 25 de maio de 2009 e está a disposição dos interessados no TRT da 7a. Região. Conclusão: Estado condenado como litigante de má fé. Antes, fomos procurado pelo sr. Fernando Oliveira em setembro de 2007 que reconheceu a derrota propôs um acordo que ele denominou eufemísticamente de tese. Aprovamos o tal acordo em assembléia geral da categoria e protocolamos a ata. A partir de então o sr. Fernando Oliveira jamais nos recebeu e fechou as portas até para o presidente do Sindicato e o Reitor da UECE. Agora ele se candidata para ser um operador da justiça. Que justiça é essa que ele pretende praticar? Em nome de quem ele vai ser exercida? Em nome dos opressores?
Parágrafo único - Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Em qual dessas categorias (MINISTÉRIO PÚBLICO ou ADVOGADO) se enquadra o Dr. Fernando? Há apenas alguns meses ele era um fiel servidor do governo do estado. E agora quer ser desembargador. Isto é ético, racional, aceitável?
Um comentário:
MPF questiona inscrição de ex-procurador-geral do Estado na eleição para desembargador
Segundo o procurador, o candidato não atendia à exigência de 10 anos de exercício profissional anteriores à data do requerimento de inscrição
23/07/2010 11:27
Atualizada às 12h
O procurador da República Alexandre Meireles Marques expediu, nesta semana, a recomendação nº 32/2010, destinada à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Regional Ceará. A recomendação diz respeito ao processo eleitoral para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado.
A peça recomenda: “A anulação do ato que admitiu a inscrição do candidato Fernando Antônio Costa de Oliveira no processo de escolha de magistrado, em vaga aberta no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, decorrente do denominado quinto constitucional, reservada a advogados”.
Segundo o procurador, o candidato Fernando Oliveira, por sinal ex-procurador-geral do Estado, não atendia à exigência de 10 anos de exercício profissional anteriores à data do requerimento de inscrição. Nesse período de 10 anos, Fernando Oliveira também exerceu cargo de diretor-adjunto operacional da Assembleia Legislativa, incompatível com a advocacia.
Caso a OAB-CE não atenda a essa recomendação, de acordo com o procurador Alexandre Meireles, medidas judiciais serão interpostas para anular o processo eleitoral.
Sobre o questionamento, o presidente da OAB do Ceará, Valdetário Monteiro, informou: “Já recomendamos à Comissão Eleitoral analisar o caso e tomar as providências cabíveis. Vamos aguardar”.
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