EDIÇÃO DE HOJE, SEXTA FEIRA,
DIA 28 DE JUNHO DE 2013
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS
AMIGAS
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O apoio dos remanescentes de 68 |
Vamos começar nossa postagem
cotejando um comentário de um(a) colega da luta pelo Piso Salarial:
Professor Telmo,
esperamos não ser garfados pelo governo do estado com a colaboração das novéis
"Ofélias." Se o piso salarial deriva de uma norma; se um acórdão
reconhece o direito dos substituídos, nada a temer, pois creio que todos
sabemos ler. Assim, observados os dispositivos da lei, por que planilhas
diversificadas? Não faz sentido. Uma só tabela é suficiente, pois a tal lei não
deve abrir margem a que hermeneutas de última hora encontrem nela motivos para
prejudicar os vencedores. Não é demais lembrar; decisão judicial não se
discute, cumpre-se. A parêmia vale pra lá e pra cá. Por isso, temos só que aguardar.
Caso não recebamos a prestação jurisdicional à luz do ordenamento jurídico em
vigor, adeus às ilusões e só nos resta amargar uma vitória de Pirro... Claro
que devemos esperar pelo melhor... Praza aos céus que todos confiem na justiça;
desconfiem do governo e permaneçam serenos.
Quanto ao você, todos só têm que render graças ao amigo e à sua valorosa
equipe.
Grande abraço
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na manifestação o PISO SALARIAL é lembrado |
O comentário resume as
apreensões e as esperanças da maioria dos companheiros e das companheiras. Esta não será uma vitória de Pirro que você teme. Assistem-nos algumas boas razões para estarmos otimista. Senão vejamos:
Há cerca de um mês uma fonte
credenciada nos informou, em primeira mão, sobre a disposição do governador de
admitir a derrota do governo e iniciar gestões para a reimplantação do PISO
SALARIAL. Com os amigos mais próximos socializamos a informação. Caímos em
campo para buscar evidências na UECE, no DEPES. A única informação disponível
era que o ofício do SINDESP que tratava da situação dos excluídos e das
pensionistas tinha sido despachado para a PGE onde o SINDESP deveria ir buscar.
No entanto a informação se
confirmaria dias depois. A reunião com o governador inaugurava uma nova etapa
de nossa luta.
Mantivemos o sigilo para
evitar que a matéria fosse tratada como especulação ou sua divulgação pudesse
inibir a inciativa do governo por eliminar o fator surpresa que as vezes tem
sido usado como arma de guerra. Além disso quase ninguém iria acreditar na
informação.
Vencemos e estamos na
iminência de ter nossos direitos restaurados por determinação da justiça, sem
favores, sem concessões.
As informações postadas no
dia de ontem foram plenamente confirmadas no dia de hoje. Vamos relembrar:
1. O
governo do estado encaminhou quatro planilhas para o gabinete do Desembargador
Jefferson Quesado Júnior que, ato contínuo, as enviou para o escritório da
advogada do SINDESP.
2. O
SINDESP contratou três (3) contadores para analisar as planilhas do governo e
produzir uma nova planilha nos termos definidos pela cortes superiores.
3. Há
informações que os contadores não estavam entendendo quais os critérios que
embasaram os cálculos das aludidas planilhas.
4. A
reunião de conciliação solicitada pelo governo ainda não aconteceu
Tratamos também de um pedido
de vistas do
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no Abolição com Fernanda (cunhada) |
desembargador Antonio Parente para o processo já julgado pela
terceira turma do TRT. Quanto a isso o rábula de Catolé dos Macacos nos
tranquilizou: “deve ser alguma pequena alteração no texto para a republicação”.
Não há possibilidade de retrocesso.
Pelo que fomos informado não há mais pendências.No TRT só basta sepultar a cautelar inominada de vez que ela já está literalmente
morta, a partir das últimas decisões da
3ª. turma do TRT.
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abolição - manifestação 21,06,2013 |
Mas,temos uma novidade:
após a consolidação das planilhas o SINDESP vai puxar uma assembleia geral para
informar à categoria sobre elas.
Como se processará a negociação,
se é que vai existir, não sabemos. Do nosso ponto de vista não temos o que
negociar. Nem os precatórios. Os precatórios, a rigor, não nos pertencem. Serão um legado para nossos
filhos e netos. Então não podemos negociá-los. Seria irresponsabilidade nossa.
A nova lei dos precatórios, que divulgaremos
no blog brevemente, é draconiana e não facilita a vida de litigantes de má fé.
Já afirmamos aqui que
ninguém está autorizado a fazer qualquer negociação em nosso nome. A negociação
para os que pretenderem, será individualizada. E quem negociar não se arrependa
mais tarde e não diga que não foi avisado
Ademais, devemos entender
que as condições objetivas nos
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abolição - manifestação 21.06.2013 |
são amplamente favoráveis. Há um recado dado
pelas manifestações de rua que é taxativo. As novas gerações estão nos
ensinando a tomar nosso destino em nossas mãos Já não mais espaço para a
acomodação. O silêncio foi rompido. O
gigante despertou de um sono letárgico de muitos anos. E como diz Geraldo Vandré
“quem sabe faz a hora”... E a hora é essa.
nota do blog:
As fotos registram familiares de professora exibem cartaz reivindicando o PISO SALARIAL na primeira manifestação (Castelão - jogo do Brasil).
As demais foram produzidas no Palácio da Abolição um pouco antes da invasão e das bombas.
Nossas estatísticas apuradas às 22:51h
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7 comentários:
Grande Telmo, pelas notícias, pelas expectativas e por suas delicadeza e gentileza GAUDEAMUS IGITUR... Alegremo-nos, pois.
PAX VOBISCUM.
Hugo
Obrigada, Telmo. Fiquei muito feliz com as notícias.
Caros colegas:
Acredito que na próxima semana a reimplantação do Piso e o bloqueio das diferenças entrem na contagem regressiva. Aguardemos...
Agora chegou o momento daquele paladino da justiça falar para seus irmãos da PGE: - Paguem o que devem aos professores da causa do piso salarial para que não haja perigo de demora e que a boa justiça seja feita. Como ele gosta de um bom latim pode usar as seguintes expressões: PERICULUM IN MORA e FUMUS BONI IURIS. Agradeço ao senhor google a compreensão desses termos. Abraços.
Caro Telmo, lê-se na obra A Luta pelo Direito, do jurista Rudolph von Ihering, que surripiar um centavo de um súdito inglês é ferir de morte a rainha da Inglaterra. O texto ilustra a importãncia do respeito ao direito de propriedade, previsto nas Constituições democráticas. Ceder nossos direitos a quem conosco litigou, e de forma desleal e desonesta, é demonstrar não só pusilanimidade mas também desconhecimento de um princípio legal por que lutam os homens que sabem o que querem. Presumo que nós sabemos o que queremos, por isso qualquer negociação com o governo relativamente aos precatórios deve ser levada a efeito com serenidade, sem ações de afogadilho, mas de olho no que diz o jurista, cujo nome aqui se evoca. Mesmo que haja alguma tendência a algum laivo de concessão de nossa parte, que isso seja permeado pelo bom senso.
"Dictum sapienti sat est" (Plauto)
"Gladium sine libra, vis; libra sine gladio, impotentia juris." Ihering.
Seu amigo Hugo
Gladius sine libra, vis; libra sine gladio, impotentia juris. Essa é a grafia correta da parêmia, grande Telmo. A palavra gladius não é neutra. Correçãozinha de somenos, mas essencial para não tropecemos na grafia do velho latim clássico.
Abraços.
Hugo
Caro Telmo e demais companheiros de luta:
Quando estivermos com o Piso reimplantado em nossos comprovantes de pagamento, vamos marcar, talvez um almoço, com todos os professores envolvidos no processo. Não nos esqueçamos de convidar e homenagear todos aqueles que, direta ou indiretamente, tiverem contribuído para a nossa vitória.
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