DECISÃO HISTÓRICA:
"Como se vê, as recentes decisões do STF e do TST, só vêm corroborar o entendimento desta julgadora de que inexiste obstáculo para retomada da execução, vez que, repito, as medidas que recomendavam a suspensão do feito foram revogadas.
. "Assim, urge a adoção de providências no sentido de determinar que as reclamadas reimplantem em folha de pagamento dos substituídos o piso salarial deferido em sentença"(DO DESPACHO DA DRA. CHRISTIANNE - JUÍZA DA QUARTA VARA EM 12.03.2012)
JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011
CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011
ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.
Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.
TRISTEZA E INDIGNAÇÃO UECE PERDE MONICA LENZ CESAR E UVA PERDE JOSÉ EDNARDO ALBUQUERQUE SILVEIRA
EDIÇÃO DE HOJE, 24 DE JUNHO DE 2013
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS
Esta postagem é uma homenagem póstuma a uma colega da UECE e a um colega da UVA recentemente falecidos.
Permito-me hoje deixar de lado o
plural elegante ou majestático. Vou escrever na primeira pessoa para expressar
melhor os sentimentos que me dominam e invadem minha alma nesta manhã de segunda feira.
FIQUEI TRISTE AGORA
1.Nossa homenagem a Monica Lenz Cesar
Encontro o colega Silas na manhã de
sábado no posto de gasolina. Silas Lenz Cesar é professor de física da UECE. Fomos admitidos na UECE
através do mesmo concurso (de 1983) no e para a mesma unidade, a FECLESC-
Quixadá. Algumas vezes viajamos juntos nos velhos ônibus da Empresa Redenção
que levavam horas na velha e maltratada Estrada do Algodão. Silas é filho do prof. Homero Lenz Cesar da UFC e da profa. Hulda Lenz Cesar ,
educadora exemplar que prestou relevantes serviços à UECE na PROEX e em outros
setores.
Há cerca de quatro anos não nos
encontrávamos. A aposentadoria prematura
nos afastou do saudável convívio do Itapery, do nosso escritório na Tapioca do
Bili, da conversa com as mangueiras. Sim, as mangueiras da UECE falam. Na maioria
das vezes expressam queixas, desabafos,
saudades. Mas, isto é outra história...
Na conversa com Silas o nosso tema
recorrente seria o PISO SALARIAL. Mas não foi.
Ao me dirigir a palavra Silas me
informou:
- “Você sabe que perdi a Mônica...”
Eu não sabia. A Mônica era a sua
esposa, também professora do curso de Física da UECE. Foi coordenadora da antiga licenciatura curta
e depois da licenciatura plena de Física que ajudou a criar. Nunca se limitou
apenas ao exercício da sala da aula. Sempre fez muito mais.
Comentei com ele que ninguém me
avisara. Os meus amigos da física silenciaram. Parece que estamos ficando desumanos ou que a morte
de colegas se tornou um acontecimento rotineiro e banal. Não li no site da UECE
nenhuma nota de pesar. Talvez até conste alguma referência. Mas, certa feita,
na administração anterior, fui reclamar
da omissão do referido site e me disseram que o portal era nacional e não
poderia dedicar seu espaço à divulgação de uma nota de falecimento, restrita à
comunidade ueceana, que, na opinião de quem administrava, talvez não merecesse tanta atenção.
E já se vão dois meses da partida
da Mônica. A gripe suína foi a causa mortis, informa o colega Silas.
A esta altura da conversa já não
dava mais para falar de PISO SALARIAL. Ainda escutei um último comentário do Silas:
- “A Mônica é mais uma que não viu
a justiça ser feita”.
Naquele momento a ficha caiu.
Mergulhei no drama pessoal do Silas que perdera a companheira do lar e do
trabalho, ainda muito nova. Indignei-me
ante a injustiça. Um nó me apertou a garganta, ainda assim, consegui dizer:
-“Fiquei triste agora”.
Depois de tantos anos e vendo os colegas e as colegas tombarem, um a
um, nesta luta desigual, sinto-me fragilizado a cada baixa no nosso cordão de
lutadores.
Entrei no carro com os olhos
embaçados. Saí sem rumo tentando me recompor porque ainda tinha algumas tarefas
a cumprir naquele sábado. Abalado pela
notícia, dirigi algum tempo até que pudesse retomar o comando de minhas ações.
Confesso que ainda estou triste e
revoltado. Mais revoltado que triste.
2.Nossa homenagem ao colega José Ednardo Albuquerque Silveira
Do colega Célio Andrade recebo o
seguinte comentário:
Colegas de “dignidade insubstituível”, faleceu
hoje,17 de junho, mais um colega, alargando a lista dos que não viram nossa
vitória se concretizar, o que é uma lástima. Trata-se do professor José EDNARDO
Albuquerque SILVEIRA, colega da UVA. Meus
respeitos e minhas condolências à família do amigo querido Ednardo um ser
humano que merecia muito ter vivenciado a implantação deste famigerado Piso,
visto que foi uma pessoa que viveu sempre com poucos recursos, dedicou toda sua
vida à educação, especialmente à UVA!
Cid Gomes, você fica devendo esta ao seu amigo
Prof. Ednardo, pessoa que sempre lhe teve muita consideração! A você e ao seu
honrado pai!
Lamentável! Estou triste!
DE CORAÇÃO A CORAÇÃO
Conta-nos o amigo prof. Rodrigues que,
um pouco antes de sua morte, o prof. Ednardo mandou-lhe um recado. Queria
vê-lo. Ednardo estava na UTI de um hospital. Já não falava. Em um pedaço de
papel escreveu uma pequena mensagem. Queria ver o Rodrigues. Avisado pelos
familiares, Rodrigues foi visitar o amigo.
Na UTI, Ednardo não podia mais falar
com o Rodrigues. A voz ficou presa na garganta, mas reconheceu o amigo e com os olhos
transmitiu sua mensagem de despedida. Já falava a linguagem dos anjos, de
coração para coração. Parecia dizer:
“Estou partindo meu caro Rodrigues.
Quis te ver pela última vez para pedir que prossigas lutando como sempre o
fizestes por quem já não pode mais lutar”.
Alguns dias mais tarde, precisamente
no dia 17 de junho, Ednardo iria se juntar a tantos outros que ficaram à margem
da estrada e não lograram alcançar a “Terra Prometida” ou usufruir o tão
sonhado PISO SALARIAL.
SENHORES E SENHORAS DA JUSTIÇA:
NÃO PERMITAM QUE ESSE GENOCÍDIO SE
PERPETUE!!! SÓ DEPENDE DE VOCÊS DAR UM BASTA NESTE SOFRIMENTO.
NÃO ESPEREM MAIS.
NOSSA GENTE ESTÁ SENDO DIZIMADA!!!
É HORA DE DAR UM BASTA EM TANTO
SADISMO!!!
CONTRA O DIREITO DA FORÇA DESSE GOVERNO DESALMADO IMPONHAM, DEFINITIVAMENTE, A FORÇA
DO DIREITO.
Fiquemos com Castro Alves:
Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa... chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha! Fiquemos também com a Massenet, Meditação para Thais
Sua tristeza, sua revolta e indignação, também são minhas. Assim como você, tinha pelo Silas e a Mônica uma aproximação muito intensa. Cheguei a viajar com o Silas e as nossas famílias para passar o final de semana na praia. Sempre me encontrava com ele no Itaperi. Meus colegas da Marinha, da área de física, eram amigos deles... Tomei conhecimento da enfermidade da Mõnica através desses nossos colegas em comum. A norte por si só já bastaria para mexer conosco, mas quando ela ocorre em meio a uma conduta desumana do governante, nosso sentimento de perplexidade ganha uma dimensão sem limites. É triste. Mas, como nada dura prá sempre e o cosmos tem as suas Leis, esses senhores pagarão todo o mal que nos tem causado. Nem precisamos desejar isso. Abraços amigo. Antonio Guerra.
Prezados, nós do Curso de Física-CCT UECE, também ficamos extremamente triste com noticia de seu falecimento, eu Prof. Antonio Carlos Santana dos Santos(Coordenador), soube dessa infeliz noticia após uma semana de seu falecimento e entendimento que tivemos foi que a família não gostaria da divulgação e em respeito o fizemos, isso foi confirmado na ultima reunião de colegiado do curso, pelo Prof. Marcony Cunha. Espero que os colegas que postaram alguns cometários fazendo pré-julgamentos de nossos sentimentos entenda que a não condolências oficialmente não feita, não foi opção nossa.
Prof. Dr. Carlos Santana Coordenador do Curso de Física
A título de informação: Particularmente, tenho alguns amigos no Curso de Física, entre eles um quase-irmão Carlos Jacinto por quem tenho uma especial estima, um ex-professor Alfredo Serejo, o prof. Marcony, o Ávila. Dirigi-me a estes colegas com os quais tenho intimidade. Não mencionei a coordenação da física nem generalizei o desabafo e relação a outros professores a quem sequer conheço como o sr. Portanto não cabe à COORDENAÇÃO se dirigir a nós para tomar satisfações ou pedir explicações. Não conheço V.Sa., repito, e vou encerrar aqui a conversa. Os meus amigos entenderam a minha manifestação. Estive com o Silas, que lê o blog todos os dias e ao contar sua perda não me pediu reservas e nem silêncio obsequioso. Reafirmo que me dirigi "aos meus amigos da Física" com os quais convivi alguns e com os quais, para quem não sabe, participamos da criação das licenciaturas plenas de física e química a partir de Quixadá onde começou nossa trajetória na UECE. A minha gratidão e meu reconhecimento ao trabalho do Carlos Jacinto estão expressos em artigo publicado no jornal do leitor (Jornal O POVO) de 15 de maio de 2005 com o título de CADÊ A CHUVA JACINTO?". Dirigi-me aos "meus amigos da física" e o Carlos Jacinto já me explicou por e-mail, de maneira urbana o que aconteceu. A mim Silas abriu o coração. QUESTÕES ENTRE AMIGOS DEVEM SER RESOLVIDAS ENTRE ELES SEM A INGERÊNCIA INDÉBITA DE TERCEIROS. Cordialmente Gilberto Telmo
4 comentários:
Caríssimo Telmo.
Sua tristeza, sua revolta e indignação, também são minhas. Assim como você, tinha pelo Silas e a Mônica uma aproximação muito intensa. Cheguei a viajar com o Silas e as nossas famílias para passar o final de semana na praia. Sempre me encontrava com ele no Itaperi. Meus colegas da Marinha, da área de física, eram amigos deles... Tomei conhecimento da enfermidade da Mõnica através desses nossos colegas em comum. A norte por si só já bastaria para mexer conosco, mas quando ela ocorre em meio a uma conduta desumana do governante, nosso sentimento de perplexidade ganha uma dimensão sem limites. É triste. Mas, como nada dura prá sempre e o cosmos tem as suas Leis, esses senhores pagarão todo o mal que nos tem causado. Nem precisamos desejar isso. Abraços amigo. Antonio Guerra.
Muito obrigado pela homenagem, prof. Célio Andrade.
Neil Silveira.
Prezados, nós do Curso de Física-CCT UECE, também ficamos extremamente triste com noticia de seu falecimento, eu Prof. Antonio Carlos Santana dos Santos(Coordenador), soube dessa infeliz noticia após uma semana de seu falecimento e entendimento que tivemos foi que a família não gostaria da divulgação e em respeito o fizemos, isso foi confirmado na ultima reunião de colegiado do curso, pelo Prof. Marcony Cunha. Espero que os colegas que postaram alguns cometários fazendo pré-julgamentos de nossos sentimentos entenda que a não condolências oficialmente não feita, não foi opção nossa.
Prof. Dr. Carlos Santana
Coordenador do Curso de Física
A título de informação:
Particularmente, tenho alguns amigos no Curso de Física, entre eles um quase-irmão Carlos Jacinto por quem tenho uma especial estima, um ex-professor Alfredo Serejo, o prof. Marcony, o Ávila. Dirigi-me a estes colegas com os quais tenho intimidade. Não mencionei a coordenação da física nem generalizei o desabafo e relação a outros professores a quem sequer conheço como o sr. Portanto não cabe à COORDENAÇÃO se dirigir a nós para tomar satisfações ou pedir explicações. Não conheço V.Sa., repito, e vou encerrar aqui a conversa. Os meus amigos entenderam a minha manifestação. Estive com o Silas, que lê o blog todos os dias e ao contar sua perda não me pediu reservas e nem silêncio obsequioso. Reafirmo que me dirigi "aos meus amigos da Física" com os quais convivi alguns e com os quais, para quem não sabe, participamos da criação das licenciaturas plenas de física e química a partir de Quixadá onde começou nossa trajetória na UECE. A minha gratidão e meu reconhecimento ao trabalho do Carlos Jacinto estão expressos em artigo publicado no jornal do leitor (Jornal O POVO) de 15 de maio de 2005 com o título de CADÊ A CHUVA JACINTO?".
Dirigi-me aos "meus amigos da física" e o Carlos Jacinto já me explicou por e-mail, de maneira urbana o que aconteceu. A mim Silas abriu o coração.
QUESTÕES ENTRE AMIGOS DEVEM SER RESOLVIDAS ENTRE ELES SEM A INGERÊNCIA INDÉBITA DE TERCEIROS.
Cordialmente
Gilberto Telmo
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