JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

quinta-feira, 3 de maio de 2018

CADÊ O PISO? APÓSTROFE DA PROFESSORA HELOÍSA BARROS LEAL

EDIÇÃO DE HOJE, 03 DE MAIO DE 2018
CARÍSSIMOS AMOS, CARÍSSIMAS AMIGAS

Estamos publicando nesta edição artigo da lavra da professora Heloísa Barros Leal, nossa colega e pioneira da luta pela reimplantação do PISO SALARIAL.






Mais ou menos 32 anos – O Grito: Cadê o piso?

Oh justiça, oh justiça, onde estás que não respondes? Em que ­­­­sala, em que vara tu te escondes?
Há mais ou menos 32 anos te enviamos um grito que, em vão, ecoa no infinito. Onde estás, senhora?
Há mais ou menos 32 anos nosso grito soa retumbante e tu fazes ouvido de mercador e ficas calada. Sabemos que não és surda. Senhora minha, mas por que ficas calada? Por que o silêncio?
Há mais ou menos 32 anos aceitas inerte e nos empurra com a barriga, embora sabedora dos golpes baixos, ficas calada e não fazes nada. Tu sabes, senhora, que quem cala consente. Cadê o piso? Por que és tão conivente?
Há mais ou menos 32 anos és passada para trás e não fazes nada... cadê o piso senhora?
Há mais ou menos 32 anos és desrespeitada, desmoralizada e continuas atendendo de cabeça baixa os desmandos de quem não te obedece, nem te respeita, por que essa passividade? Cadê o piso?
Há mais ou menos 32 anos tu continuas a acatar às ordens de quem não te dá valor. Aí eu me pergunto: a troco de quais benesses? Vale a pena? Não sei não. Que poder é este? Sempre soube que eras de conduta ilibada, incorruptível. Será? Cadê o piso?  Hoje temos certeza que tu és cega de verdade para tudo aquilo que não queres ver, senão, como é que, nesses mais ou menos 32 anos não viste que estivemos te esperando, clamando? Provavelmente, o teu caminho é árduo, cheio de contradições, de interferências, de maledicências, sobretudo quando dizem, cara Senhora, que és cega. Será? Dizem por aí que tu tardas, mas chega. Trazendo o piso? É difícil de acreditar. Serás que não estás adormecida, nocauteada? É por isso que não respondes nosso apelo?
Há mais ou menos 32 anos o nosso grito de novo retumba varando salas e varas, mas nem assim respondes? Continuas calada, escondida, vermelha de vergonha e não aparece. Tens medo de tomar decisão? Tens medo dos “outros”, dos que te “dão ordens”?
O problema, Senhora, é o pêndulo, pra lá e pra cá. O tempo passa e tu continuas sem saber o que fazer. De um lado estamos nós, esperando, gritando, clamando por tua interferência justa em nossas vidas. Do outro lado estão “os outros”, impondo, ameaçando, te fazendo de boba. E o piso...?
Por que não te miras na atuação dos teus parentes daquela cidade que estão dando um show de seriedade, de honestidade, de coragem? Não tens inveja? Liberta-te, cara “Senhora”, joga longe esse medo, essa subserviência aos “outros”. Basta de se deixar manipular. É hora de fazer “direito” e dar direito a quem tem direito. Afinal, há mais ou menos 32 anos te clamam, te procuram. Resgata a tua dignidade!
É uma luta insana. Eu sei. São muitas as perdas.
Há mais ou menos 32 anos nessa espera por ti, por tua decisão, muitos ficaram no meio do caminho, esperando o piso. Resta agora salvar os que ansiosamente te esperam.
É hora de calar o nosso grito.
É hora de devolver o nosso piso!

Heloisa Barros Leal
Administradora e professora da UECE

N.B.  Parafraseando Castro Alves       ( Navio Negreiro) 

nota do blog: Este artigo, publicado na íntegra, reflete o ânimo de muitos de nossos companheiros e de nossas companheiras quanto à porosidade dos códigos que permitem tantas manobras sujas para postergar decisões consagradas pela justiça e ainda a falta de pulso dessa mesma justiça para impor suas determinações.
Fiquemos agora com Ivan Lins


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