DECISÃO HISTÓRICA:
"Como se vê, as recentes decisões do STF e do TST, só vêm corroborar o entendimento desta julgadora de que inexiste obstáculo para retomada da execução, vez que, repito, as medidas que recomendavam a suspensão do feito foram revogadas.
. "Assim, urge a adoção de providências no sentido de determinar que as reclamadas reimplantem em folha de pagamento dos substituídos o piso salarial deferido em sentença"(DO DESPACHO DA DRA. CHRISTIANNE - JUÍZA DA QUARTA VARA EM 12.03.2012)
JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011
CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011
ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.
Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.
CADÊ O PISO? APÓSTROFE DA PROFESSORA HELOÍSA BARROS LEAL
EDIÇÃO DE HOJE, 03 DE MAIO DE 2018 CARÍSSIMOS AMOS, CARÍSSIMAS AMIGAS Estamos publicando nesta edição artigo da lavra da professora Heloísa Barros Leal, nossa colega e pioneira da luta pela reimplantação do PISO SALARIAL.
Mais ou menos 32 anos – O Grito: Cadê o piso?
Oh justiça, oh
justiça, onde estás que não respondes? Em que sala, em que vara tu te
escondes?
Há mais ou menos
32 anos te enviamos um grito que, em vão, ecoa no infinito. Onde estás,
senhora?
Há mais ou menos
32 anos nosso grito soa retumbante e tu fazes ouvido de mercador e ficas
calada. Sabemos que não és surda. Senhora minha, mas por que ficas calada? Por
que o silêncio?
Há mais ou menos
32 anos aceitas inerte e nos empurra com a barriga, embora sabedora dos golpes
baixos, ficas calada e não fazes nada. Tu sabes, senhora, que quem cala
consente. Cadê o piso? Por que és tão conivente?
Há mais ou menos
32 anos és passada para trás e não fazes nada... cadê o piso senhora?
Há mais ou menos
32 anos és desrespeitada, desmoralizada e continuas atendendo de cabeça baixa
os desmandos de quem não te obedece, nem te respeita, por que essa passividade?
Cadê o piso?
Há mais ou menos
32 anos tu continuas a acatar às ordens de quem não te dá valor. Aí eu me
pergunto: a troco de quais benesses? Vale a pena? Não sei não. Que poder é
este? Sempre soube que eras de conduta ilibada, incorruptível. Será? Cadê o
piso? Hoje temos certeza que tu és cega
de verdade para tudo aquilo que não queres ver, senão, como é que, nesses mais
ou menos 32 anos não viste que estivemos te esperando, clamando? Provavelmente,
o teu caminho é árduo, cheio de contradições, de interferências, de
maledicências, sobretudo quando dizem, cara Senhora, que és cega. Será? Dizem
por aí que tu tardas, mas chega. Trazendo o piso? É difícil de acreditar. Serás
que não estás adormecida, nocauteada? É por isso que não respondes nosso apelo?
Há mais ou menos
32 anos o nosso grito de novo retumba varando salas e varas, mas nem assim
respondes? Continuas calada, escondida, vermelha de vergonha e não aparece.
Tens medo de tomar decisão? Tens medo dos “outros”, dos que te “dão ordens”?
O problema,
Senhora, é o pêndulo, pra lá e pra cá. O tempo passa e tu continuas sem saber o
que fazer. De um lado estamos nós, esperando, gritando, clamando por tua
interferência justa em nossas vidas. Do outro lado estão “os outros”, impondo,
ameaçando, te fazendo de boba. E o piso...?
Por que não te
miras na atuação dos teus parentes daquela cidade que estão dando um show de
seriedade, de honestidade, de coragem? Não tens inveja? Liberta-te, cara
“Senhora”, joga longe esse medo, essa subserviência aos “outros”. Basta de se
deixar manipular. É hora de fazer “direito” e dar direito a quem tem direito.
Afinal, há mais ou menos 32 anos te clamam, te procuram. Resgata a tua
dignidade!
É uma luta
insana. Eu sei. São muitas as perdas.
Há mais ou menos
32 anos nessa espera por ti, por tua decisão, muitos ficaram no meio do
caminho, esperando o piso. Resta agora salvar os que ansiosamente te esperam.
É hora de calar
o nosso grito.
É hora de
devolver o nosso piso!
Heloisa Barros
Leal
Administradora e
professora da UECE
N.B. Parafraseando Castro Alves ( Navio Negreiro)
nota do blog: Este artigo, publicado na íntegra, reflete o ânimo de muitos de nossos companheiros e de nossas companheiras quanto à porosidade dos códigos que permitem tantas manobras sujas para postergar decisões consagradas pela justiça e ainda a falta de pulso dessa mesma justiça para impor suas determinações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário