DECISÃO HISTÓRICA:
"Como se vê, as recentes decisões do STF e do TST, só vêm corroborar o entendimento desta julgadora de que inexiste obstáculo para retomada da execução, vez que, repito, as medidas que recomendavam a suspensão do feito foram revogadas.
. "Assim, urge a adoção de providências no sentido de determinar que as reclamadas reimplantem em folha de pagamento dos substituídos o piso salarial deferido em sentença"(DO DESPACHO DA DRA. CHRISTIANNE - JUÍZA DA QUARTA VARA EM 12.03.2012)
JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011
CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011
ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.
Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.
EDIÇÃO DE HOJE, SÁBADO, DIA 09 DE FEVEREIRO DE 2013 QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS Esta postagem é produzida pelo nosso insigne mestre prof. Cajuaz. Como sempre ele nos brinda com um artigo elegante e contundente. Leiamos:
Meus amigos e minhas amigas
Paz e Bem
Mesmo no período momino em que predomina a
alegria,sim,mas também a falsidade e uma liberdade desenfreada,
trago-lhes um momento de reflexão sobre a comemoração das
bodas de prata do piso salarial.Quisera não falar mais nisso,mas como o apóstolo Lucas nos Atos dos Apóstolos eu digo: Quanto a mim o que vejo e ouço não posso calar.
Shalom!
Cajuaz
A coragem da
decisão
Navegando na
internet e visitando o Blog do Piso Salarial como, sempre o faço, encontrei a informação
da movimentação do processo do piso salarial, 7ª Região do TRT, que está
comemorando suas bodas de prata. Como se sabe os processos são sorteados entre
os membros do pleno do TRT para que sejam escolhidos os desembargadores que serão o relator e o
revisor da tal liminar inominada
e emitam seus pareceres.
O caso em tela
já não tem nada mais a decidir, pois o mérito já foi julgado pelo Supremo
Tribunal Federal e a própria 7ª Região do TRT já considerou todos os recursos
somente protelatórios com o único objetivo de brecar a execução já em
andamento. Por esse motivo, o Tribunal considerou o estado litigante de má fé. Agora era só jogar na lixeira esses recursos e
proclamar o direito dos professores.
Acontece que, após
o sorteio do relator e do revisor, vem a desistência dos sorteados alegando
impedimento de foroíntimo. Então
tudo volta de novo à estaca zero na execução e os professores que se...
Sabem os juízes que
devem julgar, pois essa é a sua função e profissão, mas na hora da decisão, falta-lhes
não sei o quê. Ou não têm coragem, ou têm medo de alguém que eles julgam
superior a quem devem favores e não querem desgostá-lo, esquecendo-se de que
essa é sua função e que no exercício dela nada devem temer nem os vínculos
familiares nem os políticos, nem os sociais desde que sigam as normas da ética
e da moral, do direito e da justiça. Medo de perder o emprego? Não. Seu cargo é
vitalício. Por que isto, meu Deus?
Essa atitude fez
lembrar-me de uma fábula, o Gato e o Rato de La Fontaine, escritor francês que
se notabilizou, à semelhança de Esopo, de Fedro e de Monteiro Lobato, por
escrever fábulas.
O que são fábulas?
São pequenas histórias que transmitem uma lição de moral. Os personagens são
animais que representam tipos humanos como o egoísta, o prepotente, o tirano, o
ingênuo, o bajulador, o espertalhão, o medroso, o pusilânime e tantos outros que
povoam a nossa sociedade. Ei-la numa tradução livre:
“Um gato de nome
Faro-Fino fez tantos estragos na rataria de uma casa velha que os
sobreviventes, sem coragem para saírem das tocas, estavam quase a morrer de
fome.
Tornando-se muitíssimo
séria a situação, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão.
Aguardaram para
isso certa noite em que Faro-Fino andava pelos telhados, fazendo versos à lua.
- Penso – disse
um deles – que o melhor meio de nos defendermos de Faro-Fino é atando-lhe um
guizo ao pescoço. Assim, quando ele se aproximar, o guizo denuncia-o e fugimos
a tempo.
Palmas e bravos
saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado por unanimidade. Só votou
contra um rato bastante casmurro, que pediu a palavra e disse:
- Está tudo
muito certo. Mas quem vai amarrar o guizo ao pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral.
Um desculpou-se por não saber dar nós. Outro, porque não era tolo. Todos,
porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se em meio de geral consternação”.
Também a este
propósito, recordei-me de uma reportagem policial televisiva. Um rapaz foi
apanhado pela Polícia. Era usuário de droga. Foi preso. Chamaram – lhe a mãe e
lhe disseram: E agora?
Ela respondeu
sem titubear: É meu filho. Está errado. Há punição para esse crime. Dói-me
muito dizer isto, mas a verdade é inquestionável e cristalina.Seu fugir
dela,violento minha consciência que, para quem crê,é a voz de Deus dentro de
mim Deve ser preso e pagar por seus erros. Que decisão!
Não arguiu ela
foro íntimo (era mãe) nem outro impedimento para pronunciar sua sentença. A
verdade era palpável. Por isso devia ser preso.
São duas
posições diferentes: uma de covardia, outra de coragem.
A pendenga do
piso salarial chegou ao fim. A decisão do Supremo final, por unanimidade, é
inquestionável. A 7ª. Região iniciou o processo de execução e já se tinham
esgotado todos os recursos possíveis.
Como o velho
rato da fábula, eu pergunto: Quem vai relatar? E como os policiais: E agora?
Os juízes devem
julgar, devem dizer quem tem ou não tem
razão.Eles não devem ter o objetivo de agradar ou desagradar ,mas somente
proclamar a verdade.A verdade, neste caso é óbvia, é ululante, é palpável. Não
há mais o que discutir nem se julgar impedido por qualquer motivo. É só dizer:
Cumpra-se a decisão do Supremo Tribunal Federal, proclame-se a verdade doa a
quem doer, faça-se justiça e c’est fini. É a função do Tribunal de Justiça. Não
interessa quem ganhou ou perdeu. Vale quem tem direito a ser respeitado. Que
beleza! Deve ser assim.
O importante: a Justiça foi feita. Faça-se justiça mesmo que o mundo
desabe!
Mas... quem
vai dar o veredicto final para acabar com esse puxa-encolhe se
quase todo o pleno do tribunal se julga impedido?
Qualquer semelhança do processo do piso
salarial com a fábula do Gato e do Rato é mera coincidência.
Comentário do blog:
Às vezes, pensamos como seria bom que algumas autoridades tivessem lido as fábulas de Esopo, Fedro, La Fontaine e Monteiro Lobato. Quem sabe teriam aprendido algumas normas de conduta.
O carnaval que gostaríamos de ter ainda não chegou. Breve chegará mesmo fora de época. Acreditem e cuidem-se.
Fiquem com a saudosa Nara Leão:
7 comentários:
Prof. Manoel Azevedo
disse...
É só para mais uma vez parabenizar e agradecer ao Prof. Cajuaz por mais essa brilhante crônica. Ele nos brinda com essa pérola e consegue mostrar a verdade de forma simples e cristalina, além de nos confortar nesse momento difícil do processo.
Artigo primoroso, como todos os outros do Prof. Cajuaz. Merece ser encaminhado às redes sociais, para ser lido e comentado por muitas pessoas. Parabéns ao Mestre!
É estranho, muito estranho, que todos os juízes designados para o nosso processo estejam impedidos. Percebe-se logo que foram tolhidos pelo medo, pela subserviência. Esqueceram que a Justiça tem que ser cumprida a qualquer custo, doa a quem doer.
Justiça? Estado Democrático de Direito? Onde os "3 poderes" interferem um no outro? Não há nesse pais 3 poderes independentes. Isso é a conclusão mais lógica. O STF condena membros do mensalão...e o legislativo teima em não cassar. Presidente eleito do Senado Federal é público e notório bandido de colarinho branco. O que está acontecendo no TRT-CE é a mesma coisa. Cid Gomes não tá nem ai pra nada, porque existem muitos membros da justiça a seu serviço. Não adianta notas em jornais, poesias, poemas..o povo não tá nem ai para o nosso problema. Por favor. Têm de agir no CNJ. A ditadura não acabou por causa de mortes não...foi porque os militares não sabiam mais lidar com a questão econonica. então vamos parar de ir a mídia...e vamos nas intituições de direito. Poesia só serve para letra de música. VAMOS A LUTA AONDE DÊ RESULTADO.
Também concordo com o jovem Eduardo no que diz respeito de se buscar as instituições de direito para assim usando dos mecanismo legais obrigue o governador a cumprir as diversas obrigações que já lhe fora imputadas pela justiça; é a nossa única esperança, de outra forma iremos esperar mais alguns anos para ver o nosso tão sonhado piso seja reimplantado; não podemos esquecer da outrora famigerada liminar.
7 comentários:
É só para mais uma vez parabenizar e agradecer ao Prof. Cajuaz por mais essa brilhante crônica. Ele nos brinda com essa pérola e consegue mostrar a verdade de forma simples e cristalina, além de nos confortar nesse momento difícil do processo.
Um forte abraço.
Manoel Azevedo
Artigo primoroso, como todos os outros do Prof. Cajuaz. Merece ser encaminhado às redes sociais, para ser lido e comentado por muitas pessoas. Parabéns ao Mestre!
Triste constatação de que todo o Tribunal esteja comprometido não com a justiça e sim com um governo torto.
Só um contato no STF pode nos salvar.
É estranho, muito estranho, que todos os juízes designados para o nosso processo estejam impedidos. Percebe-se logo que foram tolhidos pelo medo, pela subserviência. Esqueceram que a Justiça tem que ser cumprida a qualquer custo, doa a quem doer.
Justiça? Estado Democrático de Direito? Onde os "3 poderes" interferem um no outro? Não há nesse pais 3 poderes independentes. Isso é a conclusão mais lógica. O STF condena membros do mensalão...e o legislativo teima em não cassar. Presidente eleito do Senado Federal é público e notório bandido de colarinho branco. O que está acontecendo no TRT-CE é a mesma coisa. Cid Gomes não tá nem ai pra nada, porque existem muitos membros da justiça a seu serviço. Não adianta notas em jornais, poesias, poemas..o povo não tá nem ai para o nosso problema. Por favor. Têm de agir no CNJ. A ditadura não acabou por causa de mortes não...foi porque os militares não sabiam mais lidar com a questão econonica. então vamos parar de ir a mídia...e vamos nas intituições de direito. Poesia só serve para letra de música. VAMOS A LUTA AONDE DÊ RESULTADO.
Talvez o jovem Eduardo tenha razão. Precisamos mesmo ir, o quanto antes, às mais altas instâncias da Justiça denunciar essas barbaridades.
Também concordo com o jovem Eduardo no que diz respeito de se buscar as instituições de direito para assim usando dos mecanismo legais obrigue o governador a cumprir as diversas obrigações que já lhe fora imputadas pela justiça; é a nossa única esperança, de outra forma iremos esperar mais alguns anos para ver o nosso tão sonhado piso seja reimplantado; não podemos esquecer da outrora famigerada liminar.
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