JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

sábado, 26 de abril de 2014

ARTIGO DO PROFESSOR PÁDUA RAMOS: AINDA O BOLSA FAMÍLIA

EDIÇÃO DE HOJE, SÁBADO, DIA 26 DE ABRIL DE 2014
QUERIDOS AMIGOS, QUERIDAS AMIGAS

Na semana que se encerra algumas incursões foram bem sucedidas e esperamos bons frutos para breve. Estamos aguardando a devolução, pela PGR, dos autos da reclamação 8613 para as mãos do ministro Luiz Fux do  STF. O próximo passo seria uma decisão monocrática do ministro ou a remessa ao pleno do STF.
A nível local, esperamos a manifestação da Presidente do TRT quanto aos recursos de revistas do governo do estado contra os julgamentos de dois agravos que nos foram favoráveis.
Uma das nossas missões é manter a todos bem informados para impedir a propagação de boatos quaisquer que sejam as origens. Nada está resolvido ainda. Ainda temos uma estrada a percorrer. Esperamos que seja curta porque já está passando da hora da justiça se impor e obrigar o governo litigante de má fé e trapaceiro a cumprir seu dever reimplantando o nosso PISO SALARIAL nos termos previstos nas planilhas oficiais constantes no processo desde 2007.



Do caríssimo amigo professor Pádua Ramos, companheiro de lutas pelo PISO SALARIAL,  recebemos um artigo que estamos publicando abaixo:


AINDA O BOLSA FAMÍLIA
         Pádua Ramos*

         Como recurso de exposição, as ideias aqui expostas passam pelos seguintes conceitos: “perspectiva histórica”, “sindérese” e “realinhamento de preços”. A perspectiva histórica nos ensina a ser mais compreensivos para com os que conduziram os fatos do passado e foram conduzidos por eles. Por exemplo, nossos tataravós mantinham escravos. Tamanha desumanidade sancionava-se pela cultura da época, que o historiador contempla de longe, meio que aceitando, via a atenuante da perspectiva histórica. “Naquele tempo...  Naquele tempo as coisas eram assim”.
A sindérese nos diz, como sabemos, que a pessoa humana já nasce com certa noção ainda que não trabalhada do Bem e do Mal. Este fenômeno, cuja existência foi proclamada na Idade Média, confirmou-se em nossos dias por experiência realizada na Universidade de Yale com crianças ainda não influenciadas pela cultura praticada pelos adultos e pelos valores professados por eles.    
Tenho para mim que a sindérese opera silenciosamente o interior da consciência, a ponto de aos poucos ir afrontando exitosamente a cultura sempre imperfeita de cada época. Terá sido ela, aliada a pressupostos humanísticos já presentes à civilização, o motor que fez de Castro Alves grande defensor dos escravos, cuja poética assumiu seu ponto culminante em “O Navio Negreiro”. Assim o verbo iluminado do grande tribuno que foi Joaquim Nabuco.  Assim as palavras de fogo de José do Patrocínio. Assim a irradiação de aurora da alma da Princesa Isabel, ao assinar a Lei Áurea.
Indo ao ponto. Quem, no futuro, contemplar em retrospecto as relações de trabalho de empregadas domésticas, de babás, de caseiros que prestam serviços em sítios, de alguns operários de algumas fábricas e de outros profissionais subordinados todos à classificação geral de executores de tarefas subalternas, – verá nessas relações de trabalho relações de escravatura: escravatura que nós, contemporâneos dela, assim não consideramos, porque nos falta a perspectiva histórica. Perspectiva histórica que, sobrevindo no futuro, poderá até perdoar, mas fará o diagnóstico da escravatura.
O Bolsa Família, ao oferecer assistência financeira modesta, abaixo, muito abaixo, do valor do salário mínimo, de todo modo propicia ao trabalhador ou trabalhadora a opção de libertar-se da escravatura. A opção de se descobrir como Pessoa. Como Gente. Que se deixa ficar em casa, quem sabe, ao balanço de rede de tucum a cismar a cisma de seu comovente reencontro consigo mesmo ou consigo mesma.
O Bolsa Família foi bem concebido, no sentido de que, ao tempo em que a assistência financeira é concedida, abrem-se alternativas de novas frentes de trabalho, como saídas dos assistidos e como caminho para que migrem para o sistema produtivo. Há os que preferem burlar o sistema e portanto merecem nossa reprovação. O que porém não explica a cruzada sacrossanta, e suspeita, dos que invectivam colericamente contra os pobres infelizmente desonestos, mas que contemplam indiferentes a burla (falsificação de notas fiscais e outras trapaças) por parte de uns tantos empresários (não por parte de todos) frente à cachoeira, verdadeira cachoeira, de incentivos fiscais municipais, estaduais e federais. Dois pesos, duas medidas. (Para quem eventualmente não saiba, “incentivo fiscal” é em suma dispensa de pagamento de imposto sob certas condições).
O Bolsa Família devolve ao trabalhador o senso da dignidade perdida. E lhe confere poder de transação. Agora, bem que ele poderá atender ao chamamento dos patrões, mas impondo, quem sabe, salários muito superiores aos de que antes usufruía. Impondo o realinhamento do preço (defasado, escandalosamente defasado) de seu trabalho. Daí aquela reação negativa das costureiras aprendizes que não aceitaram, depois de treinadas, empregar-se com a fruição do salário mínimo, segundo história que correu pela Internet em clima de admiração e de ignorância, sobretudo de ignorância. O realinhamento de salários consiste na mais legítima, na mais natural redistribuição de renda entre classes, dentro das regras do capitalismo honesto que quase todos almejamos. Realinhamento de salários agora conjugado com o realinhamento da consideração, segundo nova postura dos empregadores, no trato respeitoso com os que trabalham.
O Bolsa Família, enfim, devolve ao trabalhador o senso da dignidade perdida. Perdida e reencontrada.
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*Pádua Ramos é Administrador.

FIQUEMOS AGORA COM DALIDA INTERPRETANDO J'ATTENDRAI



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2 comentários:

Ricardo Bacurau - URCA disse...

ALERTA AO COLEGAS DO PISO SALARIAL.
Existe uma quadrilha (NÃO OFICIAL) agindo de Brasília a Fortaleza, com a promessa de pagamentos de Precatórios e etc.
Meu pai funcionário Publico Federal aposentado, que tem questões na justiça deste país a mais de 15 anos, recebeu um telefonema para ligar para Brasília afim de receber precaótrios.Eles usam nomes de Defensores Públicos, Juízes, Procuradores de Fazendas Públicas, Desembargadores e uma rede de laranjas, principalmente em Fortaleza, com contas em Bancos, C.P.Fs, RGs, Telefones, falsos.
CAROS COLEGAS DO PISOS FIQUEM ATENTOS NÃO RESOLVAM NADA POR TELEFONE. SEI QUE É DIFÍCIL, MAS PROCUREM O SINDICATO OU DENUNCIEM NESTE BLOGGER.
Prof: Ricardo Bacurau - URCA

Anônimo disse...

A presença do governador na posse dos novos Desembargadores do TRT com papos informais demonstra o empenho de não pagar o que deve!
Concordo quando dizem que nossa defesa poderia fazer uma reunião para informar aos professores o andamento da ação.