JULGAMENTO HISTÓRICO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM 01.12.2011

CLIQUE NOS LINKS PARA ASSISTIR O JULGAMENTO HISTÓRICO DE 01.12.2011

ESTAMOS DISPONIBILIZANDO OS LINKS DO YOU TUBE ENVIADOS PELO PROF. MANOEL AZEVEDO. É SÓ CLICAR E VERÁ OS VÁRIOS MOMENTOS DAQUELE HISTÓRICO JULGAMENTO.

Abaixo, respectivamente, estão os endereços no youtube das partes 1 de 5, 2 de 5, 3 de 5, 4 de 5 e 5 de 5 do vídeo do julgamento histórico no STF.

http://www.youtube.com/watch?v=w4DHkYcKpoo
http://www.youtube.com/watch?v=rRE6L0fu4Ks
http://www.youtube.com/watch?v=gQzH1FNS5Sg
http://www.youtube.com/watch?v=8FqTJqKrjww
http://www.youtube.com/watch?v=z1UKoALstcI

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

SÓ PARA LEMBRAR...


EDIÇÃO DE HOJE, MADRUGADA DE SEXTA FEIRA, 29 DE FEVEREIRO (EPA O ANO É BISSEXTO) DE 2008

Queridos amigos, queridas amigas

Logo mais estaremos no SINDESP para a nossa reunião semanal. Compareça.Venha fortalecer nossa luta.

Lembre-se que o horário mudou. Agora começa as 10 horas.

Sempre teremos novidades. O processo é dinâmico.

Um bom dia para todos.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA...



3a. EDIÇÃO DE HOJE, quinta feira, dia 28 de fevereiro de 2008

Queridos amigos, queridas amigas

Nesta terceira edição vamos "repercutir" os comentários do prof. Gadanha ao artigo Cabeças de bagre? publicado na edição de hoje no jornal O POVO. Quem quiser ler o artigo completo é só clicar no link do título:


ASSIM CAMINHA A JUSTIÇA DO TRABALHO - 01..
CABEÇA DE BAGRE é o disfarce, SENHOR DO DIREITO. Os CÃES DE GUARDA das instituições que promovem a EXTORSÃO DO TRABALHO, querem trabalhar à surdina, sem que haja DIREITO DO TRABALHO.

DIREITO DO TRABALHO É RETROCESSO COMUNISTA PARA OS ESPOLIADORES DA MISÉRIA DE SEUS EMPREGADOS. SÓ HÁ EMPREGO SE HOUVER MAIS-VALIA. A saber, MAIS-VALIA é o valor trabalhado que NÃO É PAGO COMO SALÁRIO, e que por milagre dos céus se transforma na RIQUEZA QUE É OSTENTADA COMO MÉRITO E BENÇÃO DIVINA pelos zelosos cristãos e filantropos EMPREGADORES que são dos ASSALARIADOS, os castigados por Deus por sua miséria e incapacidade administrativa.

Esses ARRECADADORES DE MAIS-VALIA são considerados por protestantes históricos como Calvino, e pelos renovados carismáticos católicos, aqueles inimigos da Teologia da Libertação, como PRIVILEGIADOS PELA BEM AVENTURANÇA DIVINA.

Essa MÁFIA ORGANIZADA DE PRIVILEGIADOS INVESTIDORES DO TRABALHO NÃO PAGO AOS TRABALHADORES se utiliza de INOCENTES ÚTEIS denominados pelo senhor de cabeças de bagre, mas que camuflam na verdade os verdadeiros TUBARÕES DEVASTADORES da SOCIEDADE e do DIREITO. BAGRE TEM UM VENENINHO DOLOROSO PARA QUEM SE ATREVE A TOCAR EM SEUS CALOS, porém MAIS PERIGOSOS E SANGUINÁRIOS SÃO OS TUBARÕES ENGRAVATADOS DETERMINADORES DO ALCANCE DO DIREITO E DA VIDA NESSA NOSSA QUERIDA, ENALTECIDA, EXEMPLAR E FOGOSA SOCIEDADE CAPITALISTA CEARENSE. Prof. de Filosofia do Direito da UECE.
ASSIM CAMINHA A JUSTIÇA DO TRABALHO NO ESTADO - 02.
AQUELE DIREITO QUE FAZ SUCESSO NAS EMPRESAS PRIVADAS DE VENDA DE DIPLOMA e é apoiado pelos empresários capitalistas da educação.

É AQUELE direito MINÚSCULO. O DIREITO que PREPARA seus doutores PARA BURLAR A CONSTITUIÇÃO E SUAS INSTITUIÇÕES EM TUDO AQUILO QUE POSSA ATRAPALHAR A DIGNIDADE E A JUSTIÇA DA REMUNERAÇÃO DO TRABALHO, - Vide o caso do CALOTE TRABALHISTA nos PROFESSORES DA UECE pelo ESTADO desde Fev de 2007.

Uma CONSULTORIA JURÍDICA formada por homens do direito da PROCURADORIA GERAL DO ESTADO em uníssono com outra AUTORIDADE em direito do TRT, conhecida por sua originalidade, estão conseguindo JÁ HÁ UM ANO POSTERGAR A IMPLANTAÇÃO DA DECISÃO DO STF sobre a CONSTITUCIONALIDADE do PISO SALARIAL dos professores.

ME DESCULPE NOBRE ADVOGADO mas não podia deixar de lembrar que o Direito do Trabalho não só é desrespeitado por capitalistas inescrupulosos mas há juristas no executivo do chamado Estado de Direito que os auxiliam.

VISITE O SITE http://pisosalarial.blogspot.com/ - PARA CONSTATAR, com quanta grosseria, documentalmente, se trata uma digna Juiza do Trabalho. Talvez possa se deduzir que tal grosseiro tratamento oficial da PGE, se deve à reconhecida dignidade com que a juiza da 4ª vara se comporta e vai ver que tal tratamento grosseiro tem respaldo daquela autoridade de original assento do TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO que mostra um comportamento não tão original, que ao invés de sentar-se em cadeiras confortáveis que certamente as tem, parece preferir a rigidez desconfortável,desde 18 de Outubro de 2007, dos cinco volumes do processo do PISO SALARIAL DOS PROFESSORES DA UECE, UVA E URCA.

Alberto Dias Gadanha
Prof. de Filosofia do Direito da UECE
Comentário do blog: por que outros companheiros também não se manifestam?

LEMBRANDO FERDINANDO BUSCAPÉ


EDIÇÃO MATUTINA DE HOJE, quinta feira, dia 28 de fevereiro de 2008

Caríssimos amigos, caríssimas amigas

Alguém lembra do Ferdinando Buscapé, aquele caipirão ingênuo de Brejo Seco, personagem dos quadrinhos do caricaturista e cartunista Al Capp?
Por conta de sua ingenuidade, Buscapé era ludribiado por todo tipo de político "esperto".
Os Buscapés ressurectos ingênuos e desinformados que estão a "conversar, negociar ou pressionar" a PGE são os personagens adequados para engulir os sofismas dos alquimistas daquele órgão e de outros lacaios do governo.

Já enunciamos as razões de nossa discordância quanto a esse diálogo espúrio entre opressores e oprimidos, exploradores e explorados, literalmente falando.
São vinte anos de humilhação. Só nas mãos desse governo sedutor e falastrão já decorreu mais de um ano. Com um agravante: agora há uma sentença transitada em julgado desde o dia primeiro de fevereiro de 2007.
Há algumas perguntas que não querem calar na nossa consciência incômoda: é justo oferecer a outra face para quem continua nos esbofeteando?
É justo beijar a mão que nos espanca?
Como cultivar e honrar a memória de 128 colegas que já "se perderam na curva da estrada", como diria Fernando Pessoa, "negociando" com a mesma estrutura de poder que os asfixiou e deles subtraiu a possibilidade de uma vida mais digna e de um legado melhor para seus descendentes?

Reforçaremos apenas o recado já dado nas nossas reuniões ao Presidente do SINDESP, prof. Luis Boaventura pelos profs. Nazareno, Jacinto Luciano e Zaneir: "O PISO SALARIAL É INEGOCIÁVEL"

Endossamos também nas reuniões e no blog a interpelação feita pelo prof. Nazaereno ao deputado-preposto Nelson Martins:"A COMPETÊNCIA SOBRE A DISCUSSÃO DO PISO SALARIAL É EXCLUSIVA DO SINDESP, O PATRONO DA CAUSA. QUALQUER OUTRA CONVERSA É PURA PERDA DE TEMPO"

AGORA VAI O NOSSO RECADO:

NÓS PROFESSORES DA UECE, PARTÍCIPES DA DENOMINADA AÇÃO DO PISO SALARIAL, ENQUANTO CATEGORIA, NÃO SOMOS MERCADORIA PARA SERMOS VENDIDOS NOS BALCÕES DE NEGÓCIOS DA PGE, DA SEPLAG OU DA SECITECE.

TAMBÉM NÃO SOMOS OBJETO DE BARGANHAS POLÍTICAS QUE SUPRIMAM NOSSO LEGÍTIMO DIREITO AO PISO SALARIAL GARANTIDO POR DECISÃO IRREVOGÁVEL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

QUEM ESTIVER PENSANDO EM AUFERIR DIVIDENDOS POLÍTICOS OU ELEITOREIROS ÀS CUSTAS DA NOSSA CAPITULAÇÃO VAI PERDER SEU TEMPO.
RECUSAMO-NOS A ACREDITAR, PELO ABSURDO E INUSITADO DA PREMISSA, QUE O GOVERNO DO ESTADO COOPTOU ALGUNS DE NOSSOS COLEGAS PARA GARANTIR SUAS MANOBRAS REPROVÁVEIS DE RETARDAMENTO DA REIMPLANTAÇÃO DE NOSSO PISO SALARIAL.
NÃO ACEITAMOS MEDIADORES.
NO ATUAL ESTÁGIO NÃO HÁ O QUE CONVERSAR COM O GOVERNO. SÓ DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO PISO.
VAMOS RESISTIR!

AGORA VALE A VERDADE. REIMPLANTAÇÃO DO PISO JÁ!!!

AMANHÃ TEREMOS REUNIÃO NO SINDESP. O HORÁRIO MUDOU PARA AS 10 HORAS EM VIRTUDE DO REINÍCIO DAS AULAS.
NA REUNIÃO ESTAREMOS COMENTANDO AQUILO, QUE POR SER MUITO GRAVE, NÃO PODE SER PUBLICADO AQUI.

COMPAREÇA PARA FORTALECER NOSSA LUTA CONTRA OS ABUSOS E A TENTATIVA DE CALOTE DO GOVERNO!!!

ÚLTIMA HORA: COMISSÃO DE PROFESSORES VAI "CONVERSAR" COM A PGE SOBRE O PISO


EDIÇÃO DA MADRUGADA DE HOJE, quinta feira, dia 28 de fevereiro de 2008
Caríssimos amigos, caríssimas amigas

"Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira".
Artigo I ESTATUTO DO HOMEM (Ato Institucional Permanente) de THIAGO DE MELLO

Fomos informado pelo prof. William Guimarães (também convidado) que logo mais uma comissão de professores estará na PGE conversando sobre o tema Piso Salarial. Nas últimas reuniões deixamos clara a nossa disposição de não ir e nem concordar com a ida de qualquer grupo de professores à PGE para tratar, em nosso nome, sobre o PISO SALARIAL.
Trata-se pois de ingerência indébita.
Vamos alinhar aqui algumas razões de nossa discordância:

1. Ninguém tem legitimidade da categoria para tratar da questão porque não houve assembléia específica convocada pelo SINDESP (patrono da causa) para discutir o assunto.

2. A PGE não quer cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal. Quer aplicar o calote interpretando a seu modo a sentença transitada em julgado no dia primeiro de fevereiro de 2007. Essa "proposta" de conceder o piso até 1990 é tema recorrente desde que o governo perdeu em todas as instâncias ao argüir inúmeras vezes a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar nossa ação porque não éramos mais celetistas. Mas, quem bateu o martelo, em caráter definitivo, foi o Supremo Tribunal Federal para onde convergem todos os processos na etapa final.
A obstinação da PGE pode parecer, à primeira vista, incompetência. Não é. Trata-se de má-fé mesmo. De tanto apregoarem e repetirem uma inverdade estão até conseguindo que ela tenha foros de verdade na cabeça de alguns colegas mal preparados ou até, quem sabe, mal intencionados.
Onde está escrito na sentença que o PISO só deve ser considerado até 1990? Mostrem srs. procuradores!!!

3. As pessoas que vão até a PGE, além de não representarem a categoria, não conhecem minimamente o processo e se tornarão presas fáceis do engodo dos alquimistas da PGE. Não acreditamos que alguém que não conhece o processo possa contraargumentar com os "doutos" (na arte de sofismar) procuradores da PGE.

4. Na concepção do prof. William Guimarães essa ida à PGE só legitima a impostura da mesma e fornece-lhe munição para agir junto ao TRT informando ao desembargador Arízio de Castro que não há pressa no julgamento da "ação cautelar" (que ele inventou alquimiando e transmutando - expressão dele - uma reclamação intempestiva da PGE), porque está havendo uma negociação entre o governo e os interessados. Essa expressão em verde é do próprio desembargador quando questionado por um amigo de infância sobre a demora em colocar o processo na pauta.

5. Na opinião da professora Sandra Melo "O governo está procurando uma forma de legitimar sua desobediência cívica. E os professores, agindo de má fé ou por falta de uma leitura política desse processo, estão vergonhosamente sendo cúmplices das manobras governamentais.Mais uma vez os "cardeais" tupiniquins envolvidos com maracutaias provincianas.

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Tranquilizem-se pois os colegas da resistência das sextas feiras que essas conversas serão inócuas porque não contam com o aval da categoria. São manobras diversionistas que, desgraçadamente, contam com a conivência de alguns colegas ultracrepidários, mal informados e mal preparados para o combate em defesa do nosso direito inalienável ao PISO SALARIAL.

Resistiremos. Não somos mercadoria para sermos vendidos nos balcões de negócios da PGE ou da SEPLAG. Não faremos acordo em relação ao PISO SALARIAL. Cabe ao governo e aos seus lacaios respeitar e cumprir a decisão cristalina e definitiva do Supremo Tribunal Federal. Sem mais subterfúgios, sem mais manobras subterrâneas, sem a desídia e sem o calote.
NADA TEMEMOS. LUTAREMOS ATÉ O FIM DAS ARBITRARIEDADES.VENCEREMOS A QUALQUER PREÇO.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

TRANSPARÊNCIA? QUEREMOS SIM!!! COMENTANDO ARTIGOS DO JORNAL O POVO


EDIÇÃO DA MADRUGADA DA QUARTA FEIRA DIA 27 DE FEVEREIRO DE 2008
Queridos amigos, queridas amigas
Aproveitando o "gancho" de vários artigos publicados hoje na página de Opinião do Jornal O POVO sobre "TRANSPARÊNCIA" (?), tecemos alguns comentários sobre nosso tema recorrente: O PISO SALARIAL. Vamos acreditar e investir no ádagio: "água mole em pedra dura tanto bate até que fura". Transparência nós queremos também!!! Fora com o calote e os subterfúgios para perpetuá-lo!

Se quiserem ler as matérias completas só precisam clicar nos links indicados (link é quando as letras estão de cores diferentes e ficam ruborizadas ao serem tocadas pelo mouse).
Vejam e leiam as matérias a seguir:
Controle social qualificado
Alessander Sales
A corrupção passou a ser a regra, tanto que o Brasil ocupa hoje a 72ª colocação do ranking anual da corrupção elaborado pela Transparência Internacional, de um total de 180 países avaliados
Sr. Procurador:
Acreditamos que V.Excia. já tenha tomado conhecimento da chamada ação do PISO SALARIAL dos professores das IES (Universidades) Estaduais que se arrasta nos desvãos da Justiça há mais de quinze anos. Pois bem, no dia primeiro de fevereiro de 2007 ele transitou em julgado no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL com decisão favorável aos professores.Julgávamos encerrada nossa "via crucis". Ledo engano. Começava a fase mais cruel. A quarta vara determinou a execução. A SEPLAG descumpriu a ordem de reimplantação do PISO no dia 15 de outubro de 2007. Foi determinado o sequestro de recursos pela quarta vara.Aí aconteceu o surreal. Uma reclamação da PGE no TRT obteve acolhimento e foi suspensa a execução. Depois essa "reclamação" foi transmutada(sic) em medida cautelar por conta do "fumus boni iuris" que só funciona a favor do estado. Não há previsão para a discussão tal medida cautelar pelo pleno do TRT. Sr. Procurador Federal: ao longo de 21 anos (a lei é de dez de 1986) 118 companheiros e companheiras já se perderam na curva da estrada tendo seus direitos desrespeitados. Os sobreviventes, muitos enfermos,estão já cansados de lutar contra as incompreensões e a prepotência. A pergunta é: de que modo a Procuradoria da República poderia intervir em defesa de nossa categoria contra o calote, já caracterizado, do governo do estado?
Gilberto Telmo Sidney Marques

Senhor Procurador da República no Ceará, CONTROLE SOCIAL QUALIFICADO é a pérola mais preciosa da democracias, mas, como pode sobreviver o CONTROLE SOCIAL numa sociedade em que O DEUS É O CAPITAL. Esse deus parece continuar soberano para os crentes atuais de todos os tipos, O CAPITALISMO IMPERA, O CAPITALISMO SALVA. Portanto só será controlado aquilo que os capitalistas e seus REPRESENTANTES municipais, estaduais e federais permitirem que seja controlado. Aí está a espada de Dámocles que paira sobre sua excelsa função. O filósofo Hegel, mesmo, não adotado oficialmente nas casas do direito, poderá auxiliá-lo nesta missão democrática. NO ENTANTO COMO PODE SER EXERCIDO CONTROLE SOCIAL pelos professores da Uece, Urca e Uva, VÍTIMAS DE CALOTE TRABALHISTA? Como podemos CONHECER o que é TRANSPARÊNCIA JURÍDICA, se O CALOTE das diferenças salariais, conquistadas com a aprovação do Supremo Tribunal Federal, ESTÃO ESTACIONADAS pelos BECOS DA JUSTIÇA FEDERAL DO TRABALHO, HÁ DOZE MESES. Como podemos explicar para os alunos de nossas universidades O QUE É O ESTADO DEMOCRÁTICO NA PRÁTICA, se estamos sendo ATROPELADOS por ARTIMANHAS JURÍDICAS ARRANJADAS E EXECUTADAS no TRÂNSITO DOS CORREDORES ONDE DEVERIA TRANSITAR A JUSTIÇA? Que sugestões uma autoridade federal poderia dar a NÓS PROFESSORES EMBARAÇADOS neste TRÂNSITO CONFUSO DE INFLUÊNCIAS, embaraçados POR ESSE LABIRINTO DE INFOVIAS JURÍDICAS? Que SUGESTÕES DEMOCRÁTICAS DE TRANSPARÊNCIA o Senhor poderia apresentar para que possamos DIRIGIR NOSSA SANIDADE MENTAL nestes BECOS DA CAMUFLAGEM DE JUSTIÇA E DO ENTERRO DA VERDADEIRA DEMOCRACIA? Professor de Filosofia do Direito da UECE.
Alberto Dias Gadanha

Verdadeira democracia
Socorro França
Constar na Constituição que o Brasil é um Estado Democrático de Direito não realizará, por si, nenhuma democracia

Dra. Socorro França: A TRANSPARÊNCIA tem que ir muito além do discurso. O governo do estado, através da sua Procuradoria (PGE), tem utilizado de meios convencionais ou não convencionais para descumprir decisão do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL transitada em julgado no dia primeiro de fevereiro de 2007. A sra. Silvana Parente, titular da SEPLAG, descumpriu e desacatou decisão judicial da quarta vara da justiça do trabalho no dia 15 de outubro de 2007 que determinava a implantação do PISO SALARIAL dos professores das IES(Universidades) públicas estaduais. Ficou impune. Três perguntas para a respeitável procuradora: Primeira: a sra. sabia desse calote do estado contra os professores das IES do estado? Segundo: A sra. acredita piamente em transparência desse governo que desrespeita direitos consagrados de professores e afronta o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL? Terceira: essas atitudes do governo do estado do Ceará caracterizam realmente o "estado de direito democrático" ou uma ditadura da pior espécie?
Gilberto Telmo Sidney Marques
Que POSTURA DEMOCRÁTICA podem ter os professores da Uece, Urca e Uva, VÍTIMAS DE CALOTE TRABALHISTA, arranjado por AUTORIDADES CEARENSES do Executivo e do Judiciário? Como podemos CONHECER o que é TRANSPARÊNCIA JURÍDICA, se O CALOTE das diferenças salariais, conquistadas com a aprovação do Supremo Tribunal Federal, JÁ CIRCULAM pelos BECOS DA JUSTIÇA, HÁ DOZE MESES. Como podemos explicar para os alunos de nossas universidades o que é ESTADO DEMOCRÁTICO NA PRÁTICA se estamos sendo ATROPELADOS por ARTIMANHAS JURÍDICAS ARRANJADAS E EXECUTADAS no TRÂNSITO DOS CORREDORES ONDE DEVERIA TRANSITAR A JUSTIÇA? Que sugestões a senhora autoridade jurídica estadual, de conhecido desembaraço de personalidade, poderia dar a NÓS PROFESSORES EMBARAÇADOS neste TRÂNSITO CONFUSO DE INFLUÊNCIAS, embaraçados POR ESSE LABIRINTO DE INFOVIAS JURÍDICAS? Que SUGESTÕES DEMOCRÁTICAS DE TRANSPARÊNCIA a Senhora poderia apresentar para poder nos guiarmos por estes BECOS DA CAMUFLAGEM DE JUSTIÇA E DE ENTERRO DA VERDADEIRA DEMOCRACIA? Professor de Filosofia do Direito da UECE.
Alberto Dias Gadanha
Será que a senhora é uma voz que clama no deserto pela transparência das instituições públicas? Só para dar um exemplo, vou citar o PISO SALARIAL DAS IES que apesar de ter transitado em julgado está sendo postergada a sua reimplatação há um ano. E desde 17 de outubro de 2007 um desembargador do TRT segura tal processo e não lhe dá prosseguimento. Pergunto se a justiça pode e tem o direito de abusar dos cidadãos dessa forma? Questionamos a senhora porque nesse caso que é uma ação julgada pela CORTE SUPREMA do nosso país, o Estado não cumpriu a justiça e não foi transparente, ao contrário, se abarrotou de ingerências, abusou como sempre do poder que os cidadãos outorgaram-lhe. A Procuradoria Geral do Estado e a Seplag assumiram posições antidemocráticas e nada transparentes pelo contrário, lançaram mãos de acordos espúrios com a própria justiça. As infovias no nosso país só funcionam nas camarinhas das instituições e o Estado de direito só se realiza nas entranhas destas instituições para darem suporte aos nepotismos, ingerências e abusos contra nós cidadãos. O termo Estado de direito é muito bonito, mas totalmente utópico pois, para a sociedade a lei é está sendo exposta como uma figura desvendada e com uma balança desequilibrada e as instituições política-econômicas não são comprometidas com o bem-estar da coletividade. Para governar com transparência ou exercer qualquer função pública é necessário ter capacidade intelectual, competência e talento voltado para o coletivo e isso não existe ou falta nas instituições ditas democráticas com algumas raras exceções.
Ana Maria Cordeiro Teixeira
Transparência no Governo
Aloisio Carvalho


O portal da transparência permitirá o livre e amplo acesso do cidadão às mais diversas informações, compreendendo a realização da receita, a execução da despesa, os indicadores fiscais, além do acompanhamento dos contratos e convênios
Exmo. Sr. Dr. Aloisio Carvalho A TRANSPARÊNCIA tem que ir muito além do discurso, Excia. O governo do estado, através da sua Procuradoria (PGE), tem utilizado de meios convencionais ou não convencionais para descumprir decisão do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL transitada em julgado no dia primeiro de fevereiro de 2007 que determina a reimplantação do PISO SALARIAL dos professores das IES(Universidades) Estaduais. A sra. Silvana Parente, titular da SEPLAG, descumpriu e desacatou decisão judicial da quarta vara da justiça do trabalho no dia 15 de outubro de 2007 que determinava a reimplantação do PISO SALARIAL dos professores das IES(Universidades) públicas estaduais. Ficou impune. Essas atitudes já caraterizam não apenas a intenção, mas a materialização de um calote. Três perguntas para o respeitável ouvidor: Primeira: o sr. sabia desse calote do estado contra os professores das IES do estado? Segunda: O sr. acredita piamente em transparência desse governo que desrespeita direitos consagrados de professores e afronta o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL? Terceira: essas atitudes do governo do estado do Ceará caracterizam realmente o "estado de direito democrático" ou uma ditadura da pior espécie? Gilberto Telmo Sidney Marques prof. adjunto da UECE
Gilberto Telmo Sidney Marques
É uma COINCIDÊNCIA ASTROLÓGICA, SR OUVIDOR, que o PORTAL DA TRANSPARÊNCIA seja do mesmo mês que a RATIFICAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE DO PISO SALARIAL de professores universitários estaduais PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. É também da CONSCIÊNCIA destes professores a RESPONSABILIDADE PELA MELHORIA DA QUALIDADE DA INFRA-ESTRUTURA HUMANA do Estado. Mas perguntamos será da CIÊNCIA dessa OUVIDORIA que os professores chegaram ao extremo sacrifício de manter uma greve para que os OUVIDOS DO EXECUTIVO percebessem o que toda a sociedade cearense já sabia, o SUCATEAMENTO PELOS GOVERNOS ANTERIORES DA PRINCIPAL INSTITUIÇÃO ESTADUAL RESPONSÁVEL PELA MELHORIA DA QUALIDADE TÉCNICA, A UNIVERSIDADE? Perguntamos ainda quais as providências que esta OUVIDORIA está tomando primeiro para ALTERAR ESSA POLÍTICA MACABRA DE SUCATEAMENTO DO INTERESSE PÚBLICO e segundo para que haja transparência quanto aos SUCESSIVOS SOFISMAS JURÍDICOS E POLÍTICOS UTILIZADOS por sua administração para 1. dar um CALOTE TRABALHISTA JÁ DE UM ANO, nos professores que tem direito a diferença do PISO SALARIAL desde FEVEREIRO DE 2007, e 2. dar um chá de cadeira nos professores DE BOA FÉ que estão acreditando no PLANO DE CARGO ? O PCCV. CUIDADO, SR OUVIDOR, OUÇA COM ATENÇÃO E DESCONFIANÇA AS MÁS LINGUAS DOS PARTIDOS QUE RODEIAM O GOVERNADOR QUE QUEREM TRANSFERIR PARA A E. PRIVADA TODA RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS, COMO É O CASO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA. VINTE ANOS DE GOVERNOS PSEUDODEMOCRÁTICOS E NADA TRANSPARENTES TRANSFORMARAM EM RIQUEZA DE ALGUNS AFORTUNADOS QUE DESFILAM ORA EM FORTALEZA, ORA EM PARIS, A TRANSPARENTE RIQUEZA TRANSFERIDA DO POVO CEARENSE PARA SEUS COFRINHOS PRIVADOS PARTICULARES. Professor de Filosofia do Direito da UECE.
Alberto Dias Gadanha

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O FLAUTISTA DE HAMELIN


3a. EDIÇÃO DE HOJE, domingo, dia 24 de fevereiro de 2008
Caríssimos amigos, carissimas amigas
Quem algum não se encantou com historinhas infantís? Quem não conhece os Irmãos Grimm?
Vamos reproduzir, citando a fonte evidentemente, uma historinha que se adequa ao caso presente nessa etapa da luta pelo PISO SALARIAL. Leiam , reflitam e tomem cuidado com
Há muito, muitíssimo tempo, na próspera cidade de Hamelin, aconteceu algo muito estranho: uma manhã, quando seus gordos e satisfeitos habitantes saíram de suas casas, encontraram as ruas invadidas por milhares de ratos que iam devorando, insaciáveis, os grãos dos celeiros e a comida de suas bem providas despensas.
Ninguém conseguia imaginar a causa de tal invasão e, o que era pior, ninguém sabia o que fazer para acabar com tão inquietante praga.
Por mais que tentassem exterminá-los, ou ao menos afugentá-los, parecia ao contrário que mais e mais ratos apareciam na cidade. Tal era a quantidade de ratos que, dia após dia, começaram a esvaziar as ruas e as casas, e até mesmo os gatos fugiram assustados.
Ante a gravidade da situação, os homens importantes da cidade, vendo perigar suas riquezas pela voracidade dos ratos, convocaram o conselho e disseram: Daremos cem moedas de ouro a quem nos livrar dos ratos.
Pouco depois se apresentou a eles um flautista taciturno, alto e desengonçado, a quem ninguém havia visto antes, e lhes disse: "A recompensa será minha. Esta noite não haverá um só rato em Hamelin".
Dito isso, começou a andar pelas ruas e, enquanto passeava, tocava com sua flauta uma melodia maravilhosa, que encantava aos ratos, que iam saindo de seus esconderijos e seguiam hipnotizados os passos do flautista que tocava incessantemente.
E assim ia caminhando e tocando, levou-os a um lugar muito distante, tanto que nem sequer se poderia ver as muralhas da cidade.
Por aquele lugar passava um caudaloso rio onde, ao tentar cruzar para seguir o flautista, todos os ratos morreram afogados.
Os hamelineses, ao se verem livres das vorazes tropas de ratos, respiraram aliviados. E, tranqüilos e satisfeitos, voltaram aos seus prósperos negócios e tão contente estavam que organizaram uma grande festa para celebrar o final feliz, comendo excelentes manjares e dançando até altas horas da noite.
Na manhã seguinte, o flautista se apresentou ante o Conselho e reclamou aos importantes da cidade as cem moedas de ouro prometidas como recompensa. Porém esses, liberados de seu problema e cegos por sua avareza, reclamaram: “Saia de nossa cidade! Ou acaso acreditas que te pagaremos tanto ouro por tão pouca coisa como tocar a flauta?".
E, dito isso, os honrados homens do Conselho de Hamelin deram-lhe as costas dando grandes gargalhadas.
Furioso pela avareza e ingratidão dos hamelineses, o flautista, da mesma forma que fizera no dia anterior, tocou uma doce melodia uma e outra vez, insistentemente.
Porem esta vez não eram os ratos que o seguiam, e sim as crianças da cidade que, arrebatadas por aquele som maravilhoso, iam atrás dos passos do estranho músico. De mãos dadas e sorridentes, formavam uma grande fileira, surda aos pedidos e gritos de seus pais que, em vão, entre soluços de desespero, tentavam impedir que seguissem o flautista.
Nada conseguiram e o flautista os levou longe, muito longe, tão longe que ninguém poderia supor onde, e as crianças, como os ratos, nunca mais voltaram.
E na cidade só ficaram a seus opulentos habitantes e seus bem repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por suas sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.
E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.
QUALQUER SEMELHANÇA COM A SITUAÇÃO PRESENTE NÃO SERÁ MERA COINCIDÊNCIA.
O MODERNO FLAUTISTA DE HAMELIN PENSA QUE SOMOS RATOS OU CRIANÇAS PARA SERMOS ENCANTADOS PELA SUA FLAUTA MÁGICA E LEVADOS AO AFOGAMENTO.

INFORMES SOBRE A REUNIÃO DE SEXTA FEIRA, DIA 22 DE FEVEREIRO


2a. EDIÇÃO DE HOJE, domingo, dia 24 de fevereiro de 2008
Queridos(as) amigos(as)
Na reunião de sexta feira foram abordados vários assuntos pertinentes à nossa causa PISO SALARIAL. Não se trata de uma ata. É apenas um resumo daquilo foi que tratado de mais relevante.
1. Havia uma solicitação da presença da Dra. Glayddes Sindeaux e do prof. Boaventura na reunião.
O prof. Boaventura foi contatado, mas informou-nos que estava de viagem para o Cariri.
Quanto à Dra. Glayddes, tentamos contato ao longo da semana e fomos informado através de seu escritório que se encontrava viajando.

2. Informou-nos o prof. Boaventura, por telefone, que a Dra. Glayddes Sindeaux esteve em Brasilia, acionando o Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que o pedido de correição feito por ela, já há algum tempo, fosse posto em pauta para a votação do pleno daquela Côrte de justiça.
O julgamento favorável por parte do TST, contribuirá de modo substancial para o imediato retorno da execução da ação.

3. Do ponto de vista da justiça estamos lutando em duas frentes: O Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasilia e o Tribunal Regional do Trabalho da sétima região (Fortaleza).

4. Estamos também com algumas ações diplomáticas e de pressão legítima. Essas exigem sigilo absoluto por enquanto. Todos sabem que há entre nós quem deseje tirar proveito pessoal ou político mesmo tentando passar a perna na categoria (o que não vai conseguir, evidentemente). Mais que nunca o cuidado precisa ser redobrado no blog e nas reuniões de sexta feira. Muitas outras ações não serão mais divulgadas na fase de preparação ou execução
Comentário:
Não é de nossa iniciativa e nem conta com a nossa aprovação a ida de alguns professores à SECITECE e/ou à PGE para tratar de assuntos relativos ao PISO SALARIAL. Do nosso ponto de vista a comissão não tem legitimidade para tanto. Falta-lhe também conhecimento de causa. Discutir, monitorar, pressionar quando a questão é PISO SALARIAL é temerário, não pode ser assumido por leigos ou ultracrepidários. Não deve ser assumido por nenhum de nós para não legitimar as incoerências do governo.
Quando decidimos não retornar à PGE o fizemos com absoluta consciência de que não podíamos representar a categoria por não ter delegação dela, concedida em assembléia específica e majoritariamente, e era inoportuno tratar sobre o assunto com o governo diante de sua intransigência e das agressões que ele praticava contra a categoria por parte da Dra. Silvana Parente e da PGE.
Uma (Dra. Silvana Parente) por desobedecer a ordem judicial de reimplantação do PISO e a PGE por utilizar meios não convencionais para obter a procrastinação da Reimplantação. O desembargador relator afirmou, em conversa com um professor da UECE, que o PISO ia quebrar o estado e que estava havendo "uma negociação entre o governo e a categoria e havia possibilidade de um acordo". São palavras textuais. Temos a informação, mas vamos preservar a fonte.
Não vamos aqui polemizar sobre a ineficiência dessa ingerência. Querem ir, ninguém poderá impedí-los. É uma opção. Mas, quem esteve na última reunião ouviu claramente quando foi dito que "o secretário de Ciência e Tecnologia (leia-se prof. René Barreira) tinha pedido para tratarem primeiro do PCCV e depois do PISO". Quem esteve na reunião ouviu claramente, repetimos. Protestamos na ocasião reafirmando que é por isso que não acreditamos nesse tipo de atuação. Ora, entendemos que a questão PISO SALARIAL precede todas as outras. É o nosso foco principal. Não podemos aceitar manobras diversionistas.
Não vamos mudar nossa diretriz. Apenas vamos ser mais cauteloso. Falar menos publicamente de nossas iniciativas. Não confiamos no governo e também naqueles que estão querendo auferir dividendos políticos às custas da questão já ganha do PISO SALARIAL.

Precisamos fortalecer nossa luta. Há divisões na categoria sim. Não patrocinamos nenhuma delas. Desde o final de 2006 estamos tentando aglutinar e organizar minimamente a categoria.
Só em abril de 2007 conseguimos fazer a primeira reunião, distribuindo pessoalmente panfletos, convidando pessoalmente os colegas, criando o blog.
Esse blog tem a história recente de nossa luta. Informações diretamente das páginas das várias instâncias. Tem sido uma construção penosa. Quem se deteve até hoje em avaliar a trabalheira que dá manter o blog no ar com tantas informações? Quem já fez uma estimativa das preciosas horas investidas na busca de informações? Quem tem acompanhado nossas idas aos órgãos da justiça, à juiza, à advogada? O PISO não é para nós uma obsessão, mas, com absoluta certeza tem sido uma prioridade, uma obstinação. Mas, a nós jamais caberá a paternidade e ou a exclusividade da luta. Estamos nela há menos de um ano como ativista. Muitos outros nos antecederam e se tentassemos resgatá-los teríamos aqui uma listagem longa de pioneiros dessa luta.
Leiam o blog. Resgatem todas as ações executadas com transparência.
Querem conhecer mais sobre a história do PISO procurem as valorosas profas. Helena Frota, Sandra Melo, Vera Couto, o prof. Paulo Bonavides e alguns outros.
Vamos prosseguir na luta. Sem desânimos. Sem olhar para trás. Sem medo dos obstáculos. Nosso compromisso exclusivo nesses dias que antecedem a nossa saída da UECE é com o PISO SALARIAL.
O que esperamos? Gratidão? Reconhecimento?
Em absoluto.
A partir de 1983 brigamos para entrar na UECE e abrir as portas para outros colegas concursados como nós. Lutamos até o fim. Quantos estiveram na reunião do CEPE que prorrogou nosso concurso por mais dois anos? Quantos reconheceram o nosso trabalho?

Quantos acreditavam que iriamos virar o jogo quando as Faculdades de Quixadá, Itapipoca e Crateús tiveram seus cursos cassados em dezembro de 1986 (vide jornal O POVO de 06/12/1986). Era fatal que isso acontecesse.Um mês antes da cassação dos cursos já desconfiávamos que ia contecer o pior (vide jornal O POVO de 05/11/1986 - página 6)Quantos se associaram a nós na luta pelo reconhecimento daqueles cursos? Tinha gente torcendo contra para ser transferida para Fortaleza. Houve até um professor que sugeriu o fechamento daqueles cursos (vide jornal O POVO- Opinião 03/06/90).

Mas os cursos foram reconhecidos seis meses após a nossa posse(16/08/87) na direção da Faculdade de Quixadá (29/01/88 - vide jornais O POVO e Diário do Nordeste de 30/01/1988).

Quantos, lá FECLESC, da FACEDI e da FAEC ainda lembram? Tem alguma placa comemorativa? Nunca quisemos nenhuma.

O que queremos?

O PISO por ser uma questão de justiça. Por merecermos uma velhice digna. Queremos concluir nossa carreira na UECE com mais uma vitória entre tantas outras. Não são bons e suficientes esses motivos?

Após essa luta a nossa missão estará cumprida e nossas ações definitivamente encerradas no capítulo UECE.Página virada.
Mas, por enquanto, estamos na trincheira sem nada temer. vamos dar trabalho. Estrebuchar muito ainda. Esse é o nosso jeito de lutar e só o imponderável poderá mudar nossa trajetória.
Uma boa semana e um grande abraço.
A rosa orvalhada é uma homenagem todas as mulheres envolvidas na nossa luta: professoras e pensionistas cujos companheiros se perderam na curva da estrada.
Ousar lutar, ousar vencer. Venceremos!!!

REPERCUTINDO MATÉRIA DO JORNAL O POVO

EDIÇÃO DE HOJE, domingo, dia 24 de fevereiro de 2008
CARÍSSIMOS(AS) AMIGOS(AS)
FALANDO DE CORDA EM CASA DE ENFORCADO
Mais uma vez o sr. Teodoro, ex-Reitor da UVA, membro do Conselho de Educação do Ceará e deputado estadual (da Comissão de Educação da Assembléia), em tom professoral, esquecendo as suas omissões e ações contra a categoria de professores se manifesta no Jornal O POVO, edição de sábado.
Se você clicar no link abaixo poderá acessar o seu artigo na íntegra.
Vamos ler e refletir parte do que diz o sr. Teodoro:

"E aí entra a atenção para o professor. É preciso repensar o modelo ocidental de profissionalização do professor, modelo que passa por dois pontos cruciais: a formação e a remuneração".
Perfeito. Agora vejamos: o que o sr. Teodoro como reitor da UVA e membro do Conselho de Educação do Ceará fez na direção por ele apontada.
Primeiro quanto à profissionalização: criou na UVA um sistema de franquias que permite a instalação de "cursos superiores" em qualquer lugar, com instalações precárias, professores que jamais foram concursados para o exercício da profissão e a distribuição de diplomas em profusão. E o CEC (Conselho de Educação do Ceará, por ele citado nenhuma providência tomou até hoje para fiscalizar e auditar referidas franquias.
Em segundo lugar, quanto a questão remuneração, o sr. Teodoro, apoiador de todos os governos, jamais se manifestou em defesa da categoria de professores. Pelo contrário, entrou com um embargo de execução contra a reimplantação do PISO SALARIAL de seus colegas professores da UECE, UVA e URCA assinado também pelo sr. Manassés Claudino Fonteles (ex-reitor da UECE) e pela sra. Violeta Gervaseau Arraes (ex-reitora biônica da URCA).
Agora o sr. Teodoro desfruta tranquilamente de um mandato de deputado, conquistado com o voto de milhares de beneficiários (diplomados) de suas franquias. Quanto à qualificação e à remuneração dos professores é só retórica, discurso vazio e nada mais.
Gilberto Telmo Sidney Marques
Prof. Adjunto concursado da UECE - matrícula 20025-1-4

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

COMENTANDO A ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O GOVERNADOR CID GOMES



EDIÇÃO DE HOJE, SEXTA FEIRA, DIA 22 de fevereiro de 2008

Queridos amigos, queridas amigas

Chegou às nossas mãos, finalmente, a ata da audiência pública com o Governador Cid Gomes. Vamos reproduzir aqui na íntegra apenas o que diz respeito à expressão PISO SALARIAL que é o foco de nossa luta. Leiam com atenção. Faremos alguns destaques com cor vermelha daquilo que comentaremos ao final.

Data: 12 DE FEVEREIRO DE 2008 (19:30 às 23:15h)


Rosilmar (Professor UECE) - “Vou introduzir outro assunto que consideramos importante que é o debate sobre o piso salarial. Antes, quero elogiar o governador que recebe democraticamente os professores para esta audiência. No início do Governo Tasso tínhamos o melhor salário do Ceará. Havia até uma certa comparação de que o salário da UECE era melhor que o da UFC. Infelizmente, hoje temos o pior salário.


Neste momento, Cid interrompe a fala do professor e diz que o nosso salário não é o pior e que existem outros dois estados com piores salários.


Rosilmar (Professor UECE) - “Sim, pode até ser, mas isso não justifica a situação de péssimos salários que temos. Precisamos melhorar e até o senhor concorda com isso. Muitos beneficiários do Piso até já morreram. Não há mais para onde apelar, pois o processo já transitou em julgado. O processo já chegou na PGE e só depende do governo implantá-lo. Assim, venho apelar ao Sr. Governador pela implantação do Piso. Pelo número de professores que entraram com a ação do piso não há o que temer em relação a possíveis impactos orçamentários. O que queremos é que a determinação judicial seja cumprida pelo Governo. É importante dizer que isto será bom para a Universidade.
Faço um apelo à sensibilidade deste governo para agilizar a implementação do piso.”


Governador - “Vou fazer uma introdução destacando um princípio pessoal: eu detesto questões judiciais. Detesto mesmo. Tenho pavor a estas questões. Sou favorável ao diálogo e entendimento.
Já solicitei que o Procurador do Estado procure os presidentes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Tribunal de Justiça do Estado (TJ) para negociar todas as questões judiciais pendentes. Muitas pessoas desconfiam, mas o que eu tenho é o meu passado. Em Sobral eu tive o mesmo procedimento e acertei todas elas até o dia 31/12/2004 quando concluí meu mandato de prefeito.
Saí de Sobral, sem nenhuma questão trabalhista pendente. O Fernando (Procurador Geral do Estado) deve dar mais detalhes sobre esta situação do Piso.”


Fernando (Procurador do Estado) - “Não há nenhum questionamento sobre o mérito da questão do Piso. O que estamos discutindo é COMO implementar. Há uma divergência se este piso deveria estar ou não vinculado ao salário mínimo. A PGE entende que esta implantação deve ser apenas para aqueles que estavam no regime celetista. Ou seja, até a implantação do regime estatutário.
Queremos fazer a implementação, mas o processo está pendente porque há uma divergência de como fazê-lo. Não se discute mais o MÉRITO, mas sim a forma de como implementar.”


Governador - “Em 1987, o Governador Gonzaga Mota editou um decreto vinculando (indexando) o salário dos professores de nível superior da secretaria de educação (celetistas) com o salário mínimo. Fez isso por decreto. O Fernando fala que não discutimos mais o mérito da questão, e realmente não estamos mais discutindo o mérito, porém se pensarmos bem isto é absolutamente ilegal. Fazer por decreto! Nós vamos implementar sim. E mais: vamos fazer isto PARA TODOS NA UNIVERSIDADE e não apenas para alguns. Porém, como disse o Fernando, há essa grande questão: o que implantar e como implantar. Feitas as contas, os salários de alguns chega até a R$ 50 mil. Na interpretação do procurador, apenas os celetistas é que têm direito. Repito: não estamos descumprindo nenhuma decisão judicial.”


Governador CID - “É possível negociar tudo. É possível negociar os percentuais. Podemos negociar a agenda. Só estou preocupado com 1 ponto, no sistema de remuneração das gratificações. Queremos implantar o piso. Uma coisa é implantar o piso onde o vencimento é nada e outra é reduzir a VPI a 1/12. O governo vai manter a lógica de incorporar as gratificações ao salário base.
Não estou querendo fazer uma queda de braço. Estou negociando com os policiais e vou mandar a proposta para a assembléia.. Estou preocupado com a composição do piso com os percentuais das gratificações”.

Lia (Professora da UECE) - “Quero fazer uma retrospectiva de todos os passos que demos ao longo destes últimos anos. Fomos muito bem recebidos pelo governador no dia 1o. de janeiro. A partir daquela audiência, montamos uma Comissão para construção do PCCV. As reuniões ocorriam nas sextas-feiras e depois de alguns meses passamos a nos encontrar quinzenalmente. Chegamos a uma proposta da PCCV e, a partir de setembro, passamos por um momento de silêncio/hiato por parte do Governo que não nos deu nenhum retorno acerca da proposta construída pela comissão. Em novembro, resolvemos, como recurso, para abrir novamente as negociações, entrar em greve. De lá para cá já tivemos alguns avanços: inclusive com a realização de algumas audiências inclusive com a apresentação do PCCV do Governo para as entidades. Assim, chegamos até o dia de hoje e ponderamos a necessidade de resolvermos esta situação, pois não nos agrada termos de continuar em greve diante da nossa intenção de voltar às atividades normais. Mas não queremos voltar de,qualquer maneira. Precisamos de algo que realmente represente um novo estímulo para a
categoria”.

Neste momento, o Governador disse que com a implementação do piso ele está sinalizando uma valorização da categoria. E disse, ainda, que o piso será implantado para todos os professores.

Comentário nosso: Que lindo!!! Fenomenal!!! Fantástico!!! Quanta magnanimidade!!!

Analisem as contradições do sr procurador geral:

"Há uma divergência se este piso deveria estar ou não vinculado ao salário mínimo. A PGE entende que esta implantação deve ser apenas para aqueles que estavam no regime celetista. Ou seja, até a implantação do regime estatutário.


Ora, dr. Fernando a implantação não pode ser subordinada ao entendimento da PGE. Não há divergência. Seja claro, Dr. Onde está a divergência? A sentença do Supremo não faz alusão à mudança de regime de celetista para estatutário. Não pode ser relativizada ao sabor de sua interpretação. Ela é cristalina, dr. Fernando. Não dá margens a dubiedades. Ou será que o sr. não leu ainda o acórdão e a ata publicada no DOU?


O sr. sabe perfeitamente porque o processo está pendente no TRT. Foi o sr, que articulou a tal "pendência". Os professores que lutam pelo piso sabem qual é a verdadeira pendência. De fato ela tem outro nome. Pendência é eufemismo dr. Fernado.

Leiamos agora a manifestação de sua excelência o governador Cid Gomes:
“Em 1987, o Governador Gonzaga Mota editou um decreto vinculando (indexando) o salário dos professores de nível superior da secretaria de educação (celetistas) com o salário mínimo. Fez isso por decreto. O Fernando fala que não discutimos mais o mérito da questão, e realmente não estamos mais discutindo o mérito, porém se pensarmos bem isto é absolutamente ilegal. Fazer por decreto! Nós vamos implementar sim. E mais: vamos fazer isto PARA TODOS NA UNIVERSIDADE e não apenas para alguns. Porém, como disse o Fernando, há essa grande questão: o que implantar e como implantar. Feitas as contas, os salários de alguns chega até a R$ 50 mil. Na interpretação do procurador, apenas os celetistas é que têm direito. Repito: não estamos descumprindo nenhuma decisão judicial.”
Sr. governador parece que o Dr. Fernando não lhe contou a história direito. O Governador Gonzaga mota não "editou um decreto" em 1987. Há uma pequena confusão aí. Vamos esclarecer:
O Piso salarial dos professores das IES estaduais foi implantado a partir de janeiro de 1987 por conta de uma Lei votada e aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado do Ceará (Lei 11.247 de 16/12/1986) e por um decreto de número 18.292 de 22/12/1986.
Quanto à ilegalidade, excia., isso fica por sua conta de vez que nunca foi argüida na quarta vara da Justiça do Trabalho, o TRT da sétima Região, o Tribunal Superior do Trabalho e o Supremo Tribunal Federal. Seriam esses juizes, desembargadores e ministros miopes ou leigos ? Parabéns pela sua clarividência, sr. Governador. O sr, enxergou mais longe que todo o judiciário brasileiro.
V. Excia e seu procurador não discutem mais o mérito da questão. Estão mesmo é querendo impor um "mérito" que não existe e que não está escrito em nenhum dos 5 volumes do processo. Não estão descumprindo nenhuma decisão judicial? Sério governador? O Supremo Tribunal Federal foi fechado e seus atos anulados. Ou não valem na República Federativa do Ceará? E a quarta vara que teve a execução do piso suspensa por ardís do sr. procurador e com o beneplácito de V.Excia.

Governador, respeite os longos anos de vida e de trabalho dedicado às nossas instituições. Não queira tripudiar sobre a nossa categoria.

O sr. se supera quando afirma que "Nós vamos implementar sim. E mais: vamos fazer isto PARA TODOS NA UNIVERSIDADE e não apenas para alguns".


Ora governador, o sr. não reimplanta nem para quem já tem sentença transitada em julgado há mais de um ano e faz demagogia de véspera de eleição prometendo implantar o piso para todos.
Mas que piso? O sr. não reconhece o piso. O sr. e seu procurador disseram que "A PGE entende que esta implantação deve ser apenas para aqueles que estavam no regime celetista. Ou seja, até a implantação do regime estatutário".
Essa é a grande mistificação. Acabou de dizer que o Piso é apenas para aqueles que "estavam no regime celetista". E os professores novos estavam no regime celetista? Quantos celetistas existem na UECE hoje?
Durante a audiência ninguém percebeu a contradição e o sofisma. Ou, pelo menos, não contestou. Não está na ata nenhuma contestação aos sofismas do governador e do procurador.


E ainda há quem acredite no governo!!!

Se não estivesse registrado em ata teríamos dificuldade em acreditar que essas declarações foram feitas pelo governador.

Mas estão escritas e os latinos diziam: "Verba volant, scripta manent"

HÁ ALGO NO AR...


EDIÇÃO DE HOJE, quinta feira, dia 21 de fevereiro de 2008
Caríssimos amigos, caríssimas amigas
Aparecido Torrelli, o Barão de Itararé, segundo consta nas suas Máximas e mínimas, afirmava quando o tempo esquentava e ele pressentia algum golpe contra a democracia: "Há algo no ar que não só aviões de carreira".
A boataria está no ar. As mais diversas fontes estão a garantir a iminente implantação do Piso. Que o seja. Será bem-vindo. Já está passando da hora. Com um dinheirinho a mais teremos um fôlego adicional para prosseguirmos na ação. Ufa!!!
A boataria está saindo de fontes bem situadas no governo O governo tem pressa. Parece que vai pedir esmolas nos organismos internacionais e precisa estar com a ficha limpa, sem máculas de calote. Complicado não?
A PGE, na sua obsessão de servir ao governo, está "conversando" com alguns professores que se dizem representantes da ação piso salarial.
Interrompemos o "diálogo" na verdade um monólogo com a PGE porque a nossa presença só legitimaria uma relação suspeita e constrangedora com um governo que, por todas as atitudes de má-fé e truculência tomadas até hoje contra nós do PISO, não merece a nossa credibilidade. Vide artigo da profa. Adísia Sá, Acreditar é impossível. O primeiro presidente norte americano, George Washington dizia: "Todo o povo que aceita a ajuda de outro como dádiva pagará com a liberdade o preço da própria ingenuidade" Mutatis mutandis, quem acreditar nesse governo e nas suas dádivas...
Não é cabível sentar à mesa com quem está permanentemente nos violentado no que tange aos direitos já consagrados pela Corte Suprema do País.
Não nos preocupa essa ingerência atual. Do nosso ponto de vista é inócua e também não nos acarreta riscos. É perda de tempo. Deixamos claro, através do prof. e companheiro Nazareno, o nosso recado para o sr. Nelson Martins, preposto do governo e, anteriormente, em documento assinado e protocolado na SEPLAG e na SECITECE que o patrono da causa é o SINDESP. Só a ele compete discutir oficialmente com o governo e na hora certa.
Na sexta que passou tratamos do assunto na nossa reunião e reafirmamos a nossa diposição.
Negociação só após a implantação do PISO nas condições definidas pela sentença do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Nada de deturpações. Nada de adulterações.
Em setembro estivemos na PGE. Ouvimos o sr. procurador geral e sua "proposta". Sequer submetemos a referida proposta à apreciação dos colegas na reunião da sexta feira. Por uma razão óbvia: ela contraria a sentença do Supremo Tribunal Federal e suprime a referência Piso Salarial.
Não podemos nos deixar ofuscar pelo "valor" do salário proposto. Se concordarmos vamos continuar reféns desse e de outros governos que se sucederão, sejam quais forem as suas legendas. De uns tempos para cá já deu para perceber que os governos são todos iguais.
O que mais incomoda o governo é o vínculo com o salario mínimo. E essa é nossa única garantia. Portanto é inegociável.
A PGE precisa renovar o discurso. Essa história já conhecemos. Trata-se de uma falácia. Uma "transmutação" semelhante àquela ocorrida recentemente por obra e graça de um magistrado. Alquimia pura.
No momento atual, em que pese a ansiedade de alguns e a descrença de outros, prevalecerá sempre o bom senso. Vamos continuar nossas investidas diplomáticas. Na semana em curso avançamos mais um pouco nessa iniciativa e planeamos mais um pouco o caminho na área judiciária. É lá vai ser travada a próxima batalha.
Estamos dependendo de algumas mediações para prosseguir no trabalho. Com persistência, sem perder de vista o horizonte, estamos avançando com passos seguros.
É sintomático esse açodamento do governo tentando implantar o piso de "qualquer maneira". Agora, quem está com pressa é ele porque o tempo que corre contra nós é o mesmo que corre contra ele (embora na justiça seus prazos sejam dobrados). O que queremos dizer é que o tempo é inexorável. E ele precisa se livrar desse imenso fardo que herdou de seu padrinho político.
Nós somos o "espinho na garganta" desse governo. A sua "consciência incômoda" (será que ele sabe o que é isso?), a "mosca na sua sopa" lembrando o saudoso Raul.
Finge que ignora o problema como a avestruz que enfia a cabeça no buraco para se enconder do perigo. Mas, não consegue se livrar dele.
O governo é a avestruz. Nós somos o perigo que o ronda. Não terá paz nunca enquanto tentar nos dar o calote. Será vencido!!! Fragorosamente derrotado!!!
Só depende de nós. À luta companheiros! Estamos na reta final.
Amanhã teremos reunião no SINDESP às 9:00 horas. Compareça. Venha saber aquilo que não podemos e nem devemos publicar nesse espaço público.
Grande abraço e até lá ou a qualquer hora em edição extraordinária.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

REPERCUTINDO COMENTÁRIOS DO JORNAL O POVO REGISTRANDO O RECADO AO DEPUTADO NELSON MARTINS

EDIÇÃO DE HOJE, domingo, dia 17 de fevereiro de 2008
QUERIDOS AMIGOS,QUERIDAS AMIGAS
Conforme o anunciado vamos aqui registrar o recado dado ao deputado Nelson Martins, preposto do governo do estado. Mas antes leia o comentário de Ana Maria Cordeiro, publicado na edição de ontem (sábado) do jornal O POVO sobre a matéria:


(clique no link para ler a matéria na íntegra)

Comentário:

Considero sim uma ação perdulária e provinciana e até mesmo um insulto aos cidadãos cearenses que passam por tantas necessidades que não direito a um simples lazer. Pergunto ao sr governador se esses gastos são por conta do calote dado aos professores das universidades estaduais em relação ao descumprimento da decisão da suprema corte do nosso país, STF, na reimplantação dos salários (leia-se piso salarial) dos professores desde de fevereiro de 2007 que vem sendo postergado até a data de hoje. A sociedade precisa tomar conhecimento que essa causa já decidida pelo STF que o sr governador e seus prepostos tem adiado a reimplantação, tem tirado o direito de muitos professores que hoje se encontram com problemas de saúde, muitos até em situações graves inclusive familiares também de terem um tratamento mais adequado e mais humano. Professores esses que contribuiram durante todos esses anos com a sociedade principalmente não permitindo a falência total das IES públicas. É preciso que se diga que a justiça reconhece e manda que o governo devolva aos professores os seus salários que lhe foram subtraídos durante o governo do então senador Tasso Jereissati há 20 anos.
Ana Maria Cordeiro Teixeira
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Vamos reproduzir agora parte da conversa mantida pelos colegas Gadanha, Jacinto Luciano e Nazareno com o preposto do governo, exmo. sr. deputado Nelson Martins.
Ao término da assembléia de quarta feira, no hall do auditório, o sr. Nelson Martins foi abordado pelos colegas acima nominados.
O prof. Jacinto Luciano cobrou dele "coerência com suas idéias" informando que as pessoas que estavam no ação Piso mereciam respeito. O prof. Nazareno informou ao deputado que o patrono da ação Piso salarial é o SINDESP (ele não sabia ou fingiu não saber) e que qualquer conversa sobre o Piso que não tenha a presença do SINDESP não teria nenhuma validade.
O recado do prof. Nazareno é a nossa mensagem definitiva. O patrono do Piso Salarial é o SINDESP. Torna-se portanto inócua qualquer iniciativa que não tenha a presença do SINDESP. Consideramos inócua também a mediação de quem desconhece a longa caminhada do processo nas instâncias da justiça. Não acreditamos em monitoramentos feitos por quem ignora particularidades e rudimentos do processo. Além de inócuo, contraproducente. Faltam a condição legal e até legitimidade para tanto. O recado do prof. Nazareno foi contundente, objetivo e decisivo.
Nós continuamos acreditando na justiça e cético com relação à postura do governo. "Piso salarial para todos os professores da UECE?" Dá para acreditar? (clique no link)
Concordamos com a professora Adísia Sá, no seu artigo publicado no jornal O POVO de 27/11/2007:
Acreditar é impossível
(Leia o artigo na íntegra clicando no título acima)
Veja a novidade no site da quarta vara. Não se trata de novo embargo como alguém está querendo sugerir. Cuidado com as informações, companheiros. Nada de sinistrose. Veja a novidade. A Dra. Glayddes continua atuante. Confira;

14/2/2008 12:08:42
Peticao
009611/ 2008-Recte-Prosseguimento Do Feito
12/02/08 09:35
A reclamante, Dra. Glayddes pede o prosseguimento do Feito, isto é, a continuidade da execução.
Boa semana queridos amigos e queridas amigas.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

PORQUE HOJE É SÁBADO...

EDIÇÃO DE HOJE, sábado, dia 16 de fevereiro de 2008

Caríssimos amigos, caríssimas amigas

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguem bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
(O dia da criação - Vinicius de Morais)

Recebemos do colega e amigo Alberto Vitor Ferreira Cintra:
O Governo do Estado do Ceará continua a procrastinar (delongar, demorar, adiar...) a reimplantação dos salários reais dos professores da UECE.
De uma vez contraria dois princípios democrático-jurídicos: irredutibilidade de alimentos (salários) e desobediência a uma decisão da Suprema Corte de Justiça do país (STF).
Conseguiu, desse modo, entristecer e desanimar os vivos que sustentam a base intelectual da Universidade e desamparar as famílias dos 118 mortos pelo caminho da insensatez (oposto à razão) e desídia (inércia mental) governamentais.
Governantes que se anunciam como inquilinos do mal!
É isso aí caro Alberto Vitor. Ainda há entre nós quem acredite nele (no governo). Ultimamente, em relação o PISO SALARIAL, o governo e seus prepostos (ou seriam lacaios?) andam falando os mais absurdos disparates (veja a redundância proposital). Não temos o "privilegiado" acesso ao governo. Às vezes ele finge ignorar a questão PISO SALARIAL, portando-se como avestruz, enfiando a cabeça no buraco para não ver o que acontece no seu entorno. Outras vezes faz algumas manifestações incoerentes. Vejamos algumas dessas pérolas:

"O Piso salarial é inconstitucional" - governador Cid Gomes em entrevista ao repórter Egidio Serpa em um canal de televisão local

"O governador nunca tratou comigo sobre piso salarial" secretário René Barreira, da Ciência e Tecnologia , a um diretor de Centro da UECE, por ocasião do lançamento de um livro do Ministro Ubiratan Aguiar.
"Vocês ganharam a questão, mas eu tenho uma dúvida" - Dr. Fernando Antônio Costa de Oliveira em audiência conosco ( e ainda com o Prof. Fernandes, a profa. Sandra Melo e o prof. William no dia 20/09/2007)

"Eu não conheço o processo" Dr. Fernando Antônio Costa de Oliveira - na mesma ocasião
"Vou lutar até o fim (contra o pagamento do piso)" idem

"O governo vai pagar aquilo que a justiça determinar" Dra. Silvana Parente, titular da SEPLAG em entrevista ao vivo na TV o POVO quando interrogada pelo entrevistador. Estava presente o prof. Boaventura e nós fomos barrado na entrada do estúdio.
"Só quem tem direito ao PISO são os professores da UVA e da URCA" - teria dito o governador Cid Gomes no Cariri - esta nós não temos como provar

"Vou estender o Piso Salarial a todos os professores da UECE" - teria dito o governador Cid Gomes na última reunião que teve com professores da UECE.

Se o saudoso Stanislaw Ponte Preta, Sergio Porto fosse vivo aproveitaria todas essas frases em uma nova edição do seu FEBEAPÁ - Festival de Besteiras que assola o país. Ou até mudaria o título para FESTIVAL DE INSANIDADES QUE ASSOLA O CEARÁ.

QUANTA BOBAGEM ESSES CALOTEIROS PROPAGAM POR AÍ. ACREDITAM ELES ESTAR LIDANDO COM UMA CATEGORIA DE ZUMBIS, DESPROVIDOS DE QUALQUER TRAÇO DE INTELIGÊNCIA.

VAMOS DESTACAR ALGUMAS DESSAS "PÉROLAS" :"

"O Piso salarial é inconstitucional" - ora, sr governador, todas as instâncias da Justiça do Trabalho e o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL se detiveram cuidadosa e demoradamente durante quinze anos (1992-2007) nos autos dos processos (ADIN do Tasso, ação do SINDESP, Rescisória do Tasso) e não viram isso. A seu julgamento, excelência, juízes, desembargadores e ministros compõem uma grande legião de míopes e incompetentes. Só o sr., excelência, enxergou essas filigranas. Parabéns pela sua perspicácia, pela sua competência jurídica e pela sua lucidez. O sr. descobriu a pólvora. Merece ser presidente do Supremo Tribunal Federal quando cansar da política.
"Eu não conheço o processo" - Dr. Fernando quem é que da PGE conhece realmente o processo? O sr. não é funcionário de carreira e nem especializado em questões trabalhistas, possivelmente. É compreensível que não conheça o processo. Mas, se alguém aí, como por exemplo o Procurador-Geral Adjunto
Francisco Antonio Nogueira Bezerra e o Procurador Assistente João Regis Nogueira Matias, conhecesse o processo e não sofresse de amnésia, aconselharia a V. Sa. a desistir dessas manobras. O que nos parece é que o sr. não se contenta em apenas fazer o trabalho na área jurídica. Faz o trabalho "diplomático" da defesa do indefensável. Tem sido tema recorrente dessa PGE afirmar que a justiça do trabalho não é competente para julgar nossa ação porque não somos mais celetistas. Onde está escrito isso? Quem foi que fez a última manifestação no processo?
Foi o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - ponto de convergência final de todas as instâncias sejam da justiça comum ou do trabalho (ação transitada em julgado em 01 de fevereiro de 2007 - há mais de um ano portanto. Que absurdo!!! Se fosse contra nós já estaria liquidada)
Ninguém na PGE tem convicção do que está fazendo ou escrevendo. Nem dúvidas quanto ao processo. Com sua sapiência jurídica, que não podemos negar, todos têm absoluta certeza que o governo ao qual servem, perdeu definitivamente. Estão violentando suas próprias consciências e comprando um desgaste desnecessário e inconseqüente. É dever de todo devedor assumir a dívida e pagar.
Estão agindo de ofício porque, do alto de sua vaidade, querem impor a rendição da categoria, pelo cansaço e pelo desespero, para agradar o governo e garantir prestígio e seus cargos. É SADISMO PURO.
Quanto vai custar essa ação para o governo? Vai pagar um preço extremamente alto por conta de sua teimosia.Toda ação tem um custo.
E a chamada sucumbência? (clique no link para saber o que é).
Querem deixar mais barato com um sofisma de que a sentença só vale até 1990. Sentença cumprida pela metade é afronta ao Supremo Tribunal Federal. Mentira. Malandragem pura. Calote. Cinismo. Não podemos evitar que depositem dinheiro na nossa conta. Mas, não faremos nenhum acordo para abdicar da referência PISO e a ação prosseguirá.
Falta-lhes (ao governo e seus áulicos) decência, humildade e pudor. Estão afrontando trabalhadores qualificados a quem a sociedade cearense deve muito. Uma dívida impagável.
"O governo vai pagar aquilo que a justiça determinar" - É mesmo da. Silvana Parente? Verdade? O que estão esperando? Por que a Sra. descumpriu a decisão judicial da quarta vara no dia 15 de outubro de 2007? O pior é que a sra. agiu de má-fé, pedindo um prazo para implantar o PISO, alegando questões técnicas e aproveitou para ganhar tempo. A sra. não se envergonha disso? Acreditou na impunidade?
A justiça já determinou. O que a sra. está esperando agora para confeccionar as folhas de pagamento conforme a decisão do SUPREMO? As ordens do patrão governador ou uma intervenção no estado e uma multa pesada no seu salário?
Quanto à declaração em off do secretário de Ciência e Tecnologia, deixamos de comentar porque ele sempre mostrou indiferença quanto à nossa causa. É natural que não saiba nada porque não quer mesmo saber. Mas, se o governador não trata do assunto com o sr., evidencia um grande desprestígio. Não estaria na hora de pegar o boné e sair, excelência?
Isso tudo vai terminar. Não há mal que sempre dure. A nossa luta agora é para que o processo que corre no TRT seja julgado. Vamos lutar até o fim. Não é nosso fim. É o fim dos abusos. E a definitiva vitória da justiça passando como um trator sobre todos aqueles que, com manobras de todas as naturezas, torturam trabalhadores da educação e tripudiam sobre a memória dos nossos mortos. E a justiça será feita. De maneira plena e avassaladora.
Abaixo a prepotência. Paciência tem limites. Estamos reagindo. Exigimos respeito!!!
O amanhã virá e amanhã será um novo dia!!!
“Podem arrancar uma flor, muitas flores, mas não deterão a chegada da primavera.” (Extraído do livro Os Carbonários: memórias da guerrilha perdida. São Paulo, Global Editora, 1980, 3ª edição, p. 85-86.)
Na próxima postagem estaremos publicando, ainda hoje, a abordagem feita ao preposto do governo na Assembléia Legislativa, sr. Nelson Martins no hall do auditório da UECE.
Obs. deixaremos de publicar todos os comentários que possuam no seu texto qualquer referência à eleição para reitor da UECE, para evitar ilações e especulações.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

LEMBRANDO VINÍCIUS:UMA REFLEXÃO PARA O DE SEMANA!


EDIÇÃO DE HOJE, sexta feira, dia 15 de fevereiro de 2008

Queridos amigos, queridas amigas

Deixemos por conta de Vinicius as considerações dessa manhã de sexta feira, lembrando de nossa reunião do SINDESP às 9:00 horas.

Operário em Construção

Vinícius de Moraes
E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.E Jesus, respondendo, disse-lhe:– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.Lucas, cap. V, vs. 5-8.
Era ele que erguia casas
Onde antes so' havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa quer ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!

E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Nao fosse eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma subita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa-
Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operario em construção.
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu tambem o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Excercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edificio em construção
Que sempre dizia "sim"
Comecam a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uisque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pes andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão. E
o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar.
As bocas da delação.
Comecaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
- "Convençam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário.
E ao dizer isto sorria.
Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porem, por imprescindivel
Ao edificio em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo contrário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ver
Sera' teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não ves o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que e' meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martirios
Um silêncio de prisão.
Um siêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silencio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construido
O operário em construção
Nós somos esse operário!!
OUSAR LUTAR. OUSAR VENCER. VERNCEREMOS!!!